quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A química na engenharia

Todo aluno de engenharia, seja lá qual a modalidade, sabe que matérias exatas fazem parte mais do que integralmente do curso. Das áreas do conhecimento conhecidas como exatas, temos a matemática, a física e a química. A matemática é a principal ferramenta de qual a física e a química dependem para resolver seus problemas. Por fim, a química depende da física, uma vez que a química veio da física. E no curso de engenharia, na maioria das modalidades, a influência da química é um tanto desprezada. No curso de engenharia civil, por exemplo, é muito lembrado o uso da física e da matemática. Mas a química é um tanto desprezada. Talvez até a geografia é mais valorizada que a química, uma vez que em matérias como topografia e geologia, conhecer a região é importante. Mas e o material que tem que ser usado especificamente naquela região? Quem ajuda? É a química.
A química no meu curso não foi algo a fundo como na escola, estudar átomo por átomo e molécula por molécula. Foi mais conhecer as substâncias químicas e materiais mais usados na construção civil. Foi uma introdução a matéria de Materiais de Construção (ou Matcon para os íntimos), que eu considero um das mais importantes do curso. A engenharia evoluiu não apenas por processos físicos ou matemáticos. Os materiais também evoluíram na mesma velocidade. Os químicos descobriram novos compostos. Novos compostos podem formar novos materiais ou melhorar os existentes. O cimento que hoje nós usamos na construção civil e até naquelas reformas de fim de ano em nossas casas não é o mesmo de quando foi inventado na Inglaterra do Século XIX. Digo o cimento Portland, evolução de outros tipos de cimento já conhecidos, uma vez que o tipo Portland não se dissolvia na água e era obtido artificialmente de matérias-primas como calcário, argila e gesso. Ao longo do tempo, novas adições foram acrescentadas para criar cimentos mais específicos para um tipo de construção ou para criar novas estéticas. Graças a química, isso foi possível.
Novas estéticas abrem caminho para novas adições. As tintas passaram por processos assim, para dar um leque maior de cores. Mas não só foi apenas estético. As tintas foram apresentadas a novas aditivos para terem não só características estéticas, mas apara resistirem melhor a água, a umidade, terem uma melhor aderência nas paredes e a estabilidade. Isso não só vale para as paredes, mas para os carros e móveis, a pintura é importante. Não só pela estética, mas sobretudo a tinta dá proteção contra a corrosão, sobretudo em peças metálicas. A química está por trás de tudo isso.
Peças metálicas, constituinte de muitas coisas existentes. Desde objetos a meios de transporte, de estruturas de construções até baterias, muito se testou para se chegar ao material perfeito. Com a ajuda da física e dos processo que ela explica, a química encontrou materiais perfeitos, com átomos e moléculas que realizam bem aquela função. Ligas metálicas são usadas desde de muito tempo. E toda hora eles mudam, pois na falta de um material, já que alguns metais são mais raros ou escassos, outra liga foi criada.
Ou as peças metálicas, por sofrerem oxidação (processo de troca de moléculas com o ar oxigenada, que origina a famosa ferrugem) em maior ou menor grau, podem ocasionar problemas ao longo do tempo. Como por exemplo os canos de água, que antes eram de ferro. Por causa da oxidação, os canos enferrujavam e as tubulações sofriam com problemas como entupimentos. E o reparo era quebrando a parede. Com a evolução dos materiais poliméricos, os canos metálicos foram substituídos por estes que não sofrem de oxidação e que facilitam os reparos. Graças a química, a construção civil consegue um grau cada vez maior de economia, segurança e conforto.
Esses foram só uns exemplos. Na área da civil não faltam outros casos, mas na outras a química também não falta. Nos componentes elétricos, nos combustíveis, na constituição de máquinas, computadores e até nos alimentos. Não faltam exemplos de como essa área que investiga os fenômenos microscópicos e tenta entender os componentes deste universo. A química ainda vai ajudar muito nos avanços que teremos mais a frente. Seja com novos materiais, que é o principal ou para auxiliar em novos processos de produção, ela tem um papel tão fundamental tão grande quanto a física na área. Não digo isso por causa que química era uma das minha matérias favoritas e sim pela crescente dependência entre as duas áreas. Tanto que engenharias que envolvem muita química aumentam, como a Engenharia Química e a Engenharia de Materiais. A primeira tem como função melhorar os processos químicos nas indústrias de diversas áreas como a farmacêutica, de combustíveis e de minerais. Já a segunda, como o nome indica, de encontrar novos materiais.
Pois é amigos, as moléculas estão por aí, constituindo tudo nesse mundo. Em várias áreas, a química ajudou o ser humano a evoluir o que já existia e a descobrir novas invenções ou novos horizontes no universo. Por isso, desde já, não tente desmerecer um químico, pois um dia precisará dele para descobrir uma nova maneira para abrir novas janelas e inovar no mundo!

2 comentários:

  1. Muito interessante ver a dependência até nas matérias, pois sempre algo ou alguém vai depender uns dos outros,ou mais cedo ou mais tarde.Fica essa dica pra cada um de nós como explicada no texto acima sobre o uso da Química para Engenharia.

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  2. A química está presente em quase tudo em nossas vidas, com a presença nos principais medicamentos modernos. sem ela, os cientistas não poderiam sintetizar novas moléculas, que curam doenças e fortalecem a vida humana.

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