sábado, 22 de agosto de 2015

As 7 bandas de rock brasileira com os melhores instrumentistas

Mais um post de música aqui no blog. E mais uma vez sobre Rock. Mas ao contrário da outra matéria classificatória quer foi de bandas gringas, agora vou apresentar as sete melhores bandas instrumentalmente nacionais. Isso mesmo, o blog é BR, e acha que as bandas do país ficariam de fora?
Bem galera, o Brasil é um país de muitos ritmos. E o Rock agregou estes ritmos em muitas de suas vertentes. E tornaram nosso Rock algo único, puxando sempre para um lado. E eu gosto de outros ritmos fora o Rock, mas o Rock é Rock. E eu, mesmo não sendo músico, tenho ouvido bom para avaliar (eu acho). 
Nada é melhor do que escutar uma música, seja para relaxar, estudar, curtir ou namorar. E estas 7 bandas são ótimas para escutar a qualquer momento da vida. Bem, chega de enrolar. Vamo para o que é bom.
7 - Nação Zumbi (anteriormente, Chico Science e Nação Zumbi)
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No centro da imagem, o falecido Chico Science.
Começamos lá no Nordeste. Em Recife, na década de 90, surgiu uma das bandas mais originais da música brasileira: trata-se do Nação Zumbi. A banda pernambucana ainda hoje em atividade, levava o nome também de seu principal líder, o cantor e compositor Chico Science. O grupo criou junto da banda Mundo Livre S/A o chamado manguebeat ou música do mangue. As músicas tinham fortes temas sociais, especialmente sobre a desigualdade do mangue da região. E um som único, misturando rock com hip hop, funk (não o carioca) e o maracatu, popular ritmo musical da região Nordeste. 
A banda fez muito sucesso no Brasil com hits como "Maracatu Atômico", "A cidade", "Da Lama ao Caos" e "Maguetown". Infelizmente, a voz de Chico Science foi silenciada em 1997, vítima de um acidente de carro. Apesar da morte do líder da banda, o Nação Zumbi continuou firme e forte, influenciando artistas novos e até consagrados da música brasileira. Jorge du peixe (atual vocalista e antigo tocador de alfaia), Alexandre Dengue (baixista), Lúcio Maia (guitarra) que é um dos melhores guitarristas brasileiros e Pupillo (Baterista) também está entre os melhores bateristas do Brasil. Completam ainda a banda Gilmar Bola 8 (atual tocador de alfaia e um dos vocalistas), Gustavo da Lua (alfaia), Tom Rocha (Alfaia) e Toca Ogan (Alfaia). 
A banda pernambucana é uma das melhores a misturar vários ritmos diferentes. E suas músicas viram verdadeiras obras de artes escutadas até hoje. Para se ter uma ideia, quando a MTV Brasil saiu da TV aberta e foi para a TV a cabo, o último clipe exibido pela emissora foi justamente da banda (Maracatu Atômico), pois ela realmente representa o Brasil. Foi uma ótima escolha antes da morte da emissora (na TV aberta).

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6 - Roupa Nova
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Saindo de Pernambuco, vamos direto para o Rio de Janeiro. Lá surgiu uma da smais populares bandas de pop/soft rock do país: trata-se do Roupa Nova. A banda surgiu no começo da década de 80, a partir da antiga banda Os Famks e permanece de pé até hoje com todos os seis integrantes originais, algo raro em bandas de rock. As músicas românticas e até grudentas ainda fazem muito sucesso e estão até hoje nas trilhas das novelas nacionais.
Dona de hits como "Dona", "A viagem", "Whisky a Go Go", "Linda Demais", "Volta pra mim" e "Coração pirata", além do "Tema da Vitória" tocada nas vitórias do saudoso Ayrton Senna na F1 e ainda presente na vitória dos pilotos brasileiros da categoria, sem contar o tema do Rock in Rio de 1985. A banda se destaca também pela técnica de seus integrantes. Serginho Herval, líder da banda, é um dos poucos músicos que você vê tocando bateria e sendo o principal vocal da banda, apesar de sofrer com hérnia de disco. Paulinho é o vocalista principal em outras músicas, além de ser percussionista. Soma-se ainda o guitarra-solo Kiko, o guitarrista e tecladista Ricardo Feghalli, o baixista Nando e o tecladista Cleberson, estes dois últimos os principais compositores da banda.
Apesar da simplicidade das músicas e elas serem músicas românticas, é inegável que seus integrantes sejam dos mais técnicos do país, sendo que seus integrantes também são produtores e instrumentistas convidados por vários artistas da música brasileira e de ritmos variados. Os singles da banda continuam serem escutados por gerações e a banda é um das que mais venderam no país, com mais de 8 milhões de cópias vendidas. Um sucesso!


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5- Oficina G3
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Formação atual da banda
Indo para São Paulo e com mais uma banda surgida na década de 80 (em 1987), mas que se mantém até hoje graças a Deus. Trata-se da banda cristã Oficina G3, popular não só nas igrejas como também por não-crentes. A banda que surgiu com muita resistência das igrejas por causa do seu ritmo pesado para a música gospel e seus membros tatuados, hoje é uma da mais populares do gênero.
A banda tem como grandes sucessos músicas de louvor como "Aos pés da cruz", 'Espelhos Mágicos", "Incondicional" e "Confiar", além de músicas um pouco mais comerciais como "O Tempo", a música mais popular da banda. O sucesso da banda é uma combinação com belas composições e a técnica de seus integrantes, como Juninho Afram. Vocalista e guitarrista da banda, Juninho é tido por muitos o melhor guitarrista do país, além de ser o principal compositor da banda. Ele é o único membro na banda desde sua origem. Na história de quase 30 anos da banda, ela teve 4 vocalistas: Túlio Régis (1987-1990), Luciano Manga (1990-1997), PG (1997-2003) e Mauro Henrique, o atual vocal da banda desde 2008. Passaram também os baixistas Wagner Garcia (19887-1993) e o atual desde 1994 Duca Tambasco e os bateristas Walter Lopes (1987-2002) e Anderson Aposan (2001-2014), sendo Aposan um dos melhores do Brasil em seu instrumento, além do vocalista e tecladista Jean Carllos (desde de 95 na banda).
As mudanças de vocalistas e outros membros fizeram a banda passar por fases com letras mais ou menos religiosas e sons mais ou menos pesados, passando por muitas vertentes do rock, especialmente o pop rock, hard rock e metal progressivo. Ganhadora de diversos prêmios da música por seus álbuns, incluindo um Grammy Latino na categoria de melhor disco cristão em língua portuguesa. Muitos músicos surgiram tocando em igrejas. Alguns seguiram por outro caminho, mas é inegável dizer que as igrejas não revelam ótimos músicos. Com letras edificantes e um som inconfundível, o Oficina G3 aparece no nosso ranking. 

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4 - Sepultura
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Formação atual.

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Formação Clássica com os irmãos Max e Igor Cavalera.
Agora subindo para Belo Horizonte, surge na década de 80 a banda brasileira mais conhecida no exterior. Tratava-se de dois irmãos fãs de Motörhead (de onde tiraram o nome da banda, pela música "Dance of your grave") em 1984 com mais dois amigos. Assim surgiu o Sepultura. A banda foi ums das pioneiras no país do metal extremo. Começando com músicas de Death Metal, foi para o Trash Metal e para o Groove Metal. A banda fundada pelos irmãos Max e Igor Cavalera começou a fazer sucesso graças a discos piratas vendidos aos EUA e na Europa. O som pesado, com uma bateria rápida como jamais havia antes (a banda foi um das pioneiras do bumbo duplo na bateria graças a Igor) e vocais guturais se tornou uma das melhores do gênero. 
A banda começou a fazer sucesso com álbuns como "Beneath the Remains", "Arise", Chaos A.D" e "Roots", sendo o último o melhor e mais conceituado álbum da banda, figurando entre os melhores do metal. Singles como "Arise", "Refuse/Resist", "Territory", "Inner Self" e a mais conhecida, "Roots Blody Roots", fizeram sucesso no Brasil e no exterior. O sucesso máximo da banda foi alcançado com a mais clássica formação da banda, a melhor em todos os tempos: o vocalista e guitarrista Max Cavalera, o guitarrista Andreas Kisser, o baixista Paulo Jr. e o baterista Igor Cavalera, sendo que todos estão entre os melhore de seus instrumentos no Brasil. Infelizmente, a melhor formação da banda acabou quando Max saiu no auge do sucesso, em 1996 por desavenças com outros integrantes. Igor sairia em 2006 e junto de seu irmão, criaram a banda Cavalera Conspiracy, de estilo semelhante ao Sepultura. Max ainda criou o Soulfly, uma das bandas pioneiras do Nu Metal. Andreas e Paulo continuam na banda (Paulo é único membro original ainda) e se juntaram a eles o vocalista estadudinense Derrick Green e o atual baterista, Eloy Casagrande (ex-Glória), considerado o melhor baterista do Brasil na atualidade e que deu sangue novo a banda. Passaram pela banda ainda o também baterista Jean Dolabella (2006-2012), e no início da banda passaram pela guitarra-solo Jairo Guedez e Wagner Lamounier, sendo que este último ex-vocalista do Sarcófago (que formou após sair da banda), tida como uma das melhores bandas de Balck Metal da história e hoje, doutor em economia.
O Sepultura vendeu mundialmente mais de 20 milhões de discos. Tocaram em todos os continentes possíveis. E a banda absorveu ainda influências de vários ritmos como música tribal, música indígena (como em "Ratamahatta") e música oriental. Seus membros estão vários projetos paralelos, como Andreas Kisser toca no supergrupo latino De La Tierra. Ao longo dos últimos anos, fez parcerias com bandas como O Rappa e artistas como os franceses do Les Tambour du Bronx, Carlinhos Brown (rei da música baiana ou como diria Cosmo, "Ou será que não") e Zé Ramalho, um dos maiores artista brasileiros (o show dele com a abnda em 2013 no Rock in Rio foi o melhor da edição). Juntando uma sonoridade pesada com um grande guitarrista como Andreas e bateristas como Max Cavalera (um dos melhores bateristas do mundo em minha opinião) e Eloy (jovem promissor das baquetas) e misturando com outros ritmos, a banda garantiu seu lugar na história e influenciando artistas tanto aqui como no exterior,


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3 - Os Paralamas do Sucesso
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No terceiro lugar, voltamos novamente ao Rio de Janeiro. Lá surgiu uma das maiores bandas do Brasil. Um trio filho de funcionários públicos no fim dos anos 70 começou a misturar rock com reggae, sendo sucesso há mais de 30 anos. Trata-se dos Paralamas do Sucesso, sucesso até os dias de hoje. A banda que quase acabou em 2001 deu a volta por cima e ainda continua em pé.
A banda de sucessos como "Óculos", "Aonde quer que eu vá", "Alagadas", "Melô do Marinheiro", "Uma Brasileira". "Vital e sua Moto" e "Meu Erro" além de outras, começou com os amigos Herbert Vianna (o Professor Xavier brasileiro) e Bi Ribeiro em Brasília. A banda começou tendo como baterista Vital Dias, que faleceu recentemente, sendo que antes foi homenageado pela banda com o sucesso que leva seu nome. Vital ficou pouco tempo na banda e deu lugar a Carlos Trilha, que também permaneceu pouco tempo na banda. Daí em diante, entrou João Barone no ano de 1981 e que permanece na Banda até hoje. O trio lançou clássicos misturando bem o reggae com o rock, além de outros ritmos com o tempo. Herbert Vianna se tornou um dos maiores vocalistas do país, bem como um ótimo guitarrista, que apesar das limitações atualmente, se adaptou e continua com seus bons solos. Some-se isso ao bom baixo de Barone e a velocidade de Barone nas baquetas, um dos maiores bateristas brasileiros de todos os tempos. A combinação dos três é excelente ao vivo, sendo os Paralamas uma das melhores bandas ao vivo do país. O DVD ao vivo com Os Titãs é impossível de não ouvir.
A banda quase teve um fim quando Herbert sofreu um acidente caindo de um ultraleve em 2001. Além de ter ficado paraplégico, Herbert ainda perdeu sua esposa Lucy no acidente. Ficou mais de 40 dias em coma, mas apesar disso, superou a falta de memória (demorou para se lembrar do português, tendo falado francês) e voltou aos palcos com a banda que já tem mais de 35 anos de estrada. E uma longa estrada por sinal.

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2 - Dr. Sin
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Infelizmente, o trio se desfaz neste ano.
Mais um trio aqui no nosso ranking. A banda pode não ser tão conhecida dentro do país, mas com certeza você aquela música "Futebol, Mulher e Rock N´Roll". Apesar da música ter sido um sucesso nos anos 90, poucos lembram o nome da banda. A banda se chama Dr. Sin e é de um estilo que não chega a ser tão tocado no país: o hard rock. A banda se destaca muito no exterior pela sua qualidade técnica.
A banda formada pelos irmãos Andria e Ivan Busic surgiu em São Paulo em 1991. Andria chegou a ser baixista da atual banda de palco do Danilo Gentili, Ultraje a Rigor. Mas junto de seu irmão e de Felipe Ardanuy, formaram a banda. Felipe é um dos melhores guitarristas brasileiros e também mundial, chegando a tocar com nomes como Steve Vai. Felipe foi eleito pela revista Cover Guitarra o melhor guitarrista brasileiro por 10 anos. Andria, vocalista e baixista da banda também integra o time dos melhores em seu instrumento. Ivan não fica muito atrás dos dois. O som veloz da banda com várias variações faz um som de qualidade. Os grandes sucessos da banda são músicas em inglês como "Fire" (presente na novela de sucesso da Record Chamas da Vida), "Emotional Catastrophe", "Fly Away" e "You Stole My Heart". Isso sem contar "Futebol, Mulher e Rock N´Roll", sucesso entre os anos de 1997 e 1998, com a ilustre participação do locutor Sílvio Luís e seu "olho no lance..."
A banda infelizmente anunciou seu fim este ano e está fazendo uma turnê de despedida. O motivo se deve ao cansaço pelos anos passados, além de o cenário para o rock no Brasil não estar bem nos últimos anos. Apesar disso, a banda sempre será lembrada por sua técnica e som de qualidade.

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1 - Angra
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Formação atual com Fabio Lione e Bruno Valverde.

André Matos na banda, junto com
 Luis Mariutti. Abaixo, formação
com Edu Falaschi
E o primeiro lugar do ranking vai para uma das maiores bandas de Heavy Metal do país. Trata-se dos paulistas do Angra, banda formada no começo dos anos 90. O Power Metal (gênero em alta na época) nacional fez sucesso também no exterior e seus membros sempre são reconhecidos como os melhores em seus instrumentos. Além é claro da temática da banda, sempre com letras variáveis em seus álbuns, Apesar das muitas mudanças do Angra ao longo do tempo, a sonoridade não chegou a sofrer muito e cada membro que entra adiciona mais a banda.
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Conhecida por músicas como "Carry On, "Angels Cry", "Nova Era", "Rebirth", "Heroes of the Sand" e "Bleeding Heart", sem contar a versão de "Pegasus Fantasy" feita pelo ex-vocalista da banda Edu Falaschi para o anime Cavaleiros do Zodíaco, sendo uma das melhores aberturas de todos os tempos (sem contar o encerramento feito pelo mesmo em "Blue Forever"). Pela banda, passaram muito dos melhores em seus instrumentos no país. Nas guitarras, com membros intocáveis até hoje, estão Kiko Loureiro e Raffael Bittencourt. Ambos estão sempre entre os melhores guitarristas do país, sendo Kiko o melhor guitarrista nacional em minha opinião. A velocidade aliada a técnica de Kiko são um dos segredos do sucesso. Isso sem contar os bons baixistas que passaram pela banda, desde Luis Mariutti (1991-2000) ao atual baixista Felipe Andreoli (não confundir com o ex-repórter do CQC). Ambos estão entre os melhores do baixo no país. Pelas baquetas, passaram nomes como Marco Antunes (1991-1993), Ricardo Confesiori (com duas passagens pela banda, tendo saído recentemente) e Aquiles Priester (baterista sul-africano naturalizado brasileiro), que ficou na banda entre 2001 e 2007. Ricardo é considerado um dos bateristas mais rápidos do país. Aquiles então, é considerado um dos melhores bateristas de todos os tempos, sendo que após sair da banda foi indicado para entrar no Dream Theater e substituir nada mais, nada menos que Mike Portnoy, um dos melhores do mundo no instrumento (mas perdeu para o também fantástico Mike Mangini). Atualmente, o posto de baterista da banda é do promissor Bruno Valverde, considerado um dos melhores bateras da nova geração ao lado de Eloy Casagrande. Já pelos vocais da banda, três grandes vocalistas: o primeiro e considerado por muitos o melhor de todos é André Matos (1991-2000), depois passando a bola para o já citado Edu Falaschi (2001-2012), que embora criticado por não ter uma voz tão aveludada quanto a de André, fez um bom papel em várias músicas da banda. Atualmente, o vocalista é o italiano Fabio Lione, que é vocalista também da banda Rhapsory of Fire e Vision Divine. Embora Fabio tenha levado a banda para uma pegada mais progressiva, o Angra não comprometeu em seu último álbum, além de ser uma ótima voz para a banda.
Apesar das constantes saídas de seus membros (dizem as más línguas, por causa de Kiko Loureiro), nenhuma banda brasileira apresentou membros de tão alto nível. Tanto que ex-membros como André Matos, Ricardo Confesiori e Luis Mariutti formaram o Shaman, banda tão boa musicalmente como o Angra. Sem contar outras bandas, como Viper (também do vocalista André Matos), Almah (do ex-vocalista Edu Falaschi) e outros projetos paralelos dos integrantes da banda. Recentemente, Kiko Loureiro se tornou o novo guitarrista da consagrada banda Megadeth, uma das grandes bandas do Trash Metal mundial liderada por Dave Mustaine, um dos maiores guitarristas do metal. Embora diferente do estilo que toca, Kiko mostrou que pode mudar de algo mais refinado para algo mais cru. Apesar disso, a banda segue de pé, fazendo sucesso no exterior e aqui no Brasil e no top do nosso ranking. 
Só por causa disso, vai uma música para cada vocalista...

                                                       Com André Matos:


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                                                                Com Edu Falaschi:

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Com Fabio Lione: 
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Bônus
Mais três bandas de bônus para vocês (farei isso com as bandas gringas):

Krisiun
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Banda gaúcha de Death Metal, formada pelos irmãos Max Koslene (bateria), Moyses (Guitarra) Koslene e Alex Camargo (Baixo e vocal). Junto de bandas como Sepultura e Angra,é a banda mais reconhecida no exterior. O som pesado e extremamente rápido levou os gaúchos a tocarem no mundo inteiro, sendo considerados entre os melhores do estilo, com mais de 25 anos de carreira.

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Planet Hemp
A polêmica banda carioca formada por Marcelo D2, BNegão, Rafael Crespo, Formigão e Bacalhau 9que não toca mais na banda atualmente), junto de Skunk (falecido em 1994), mistura o rock com rap. Foi chamada de "Rage Against the Machine brasileira" por semelhanças do som da banda. A banda foi acusada por apologia ao uso de drogas, já que é a favor da legalização da maconha. Apesar disso, a banda traz músicas de cunho social de bom gosto. Embora tenham acabado em 2001, após 8 anos de carreira, os integrantes voltaram a se reunir para alguns shows a partir de 2010. Fizeram um grande show no Lollapalooza de 2013, que os levou a tocar fora do país no mesmo festival no ano passado.

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Por aqui, encerro este post. Qual a sua opinião, faltou alguma banda aqui? Podem encher o saco a vontade. Até 2030 (quando terminar minhas Dps). 

















terça-feira, 18 de agosto de 2015

Samurai X nos dá aula de história

Voltei as aulas e as férias acabaram. E fiquei demorando semanas para escrever uma matéria. Até tinha a ideia, só não estava com tempo para escrevê-la. Mas agora consegui um tempinho para escrever, mas vocês á devem reparar que eu escrevo as matérias por partes. E essa não será diferente.
Samurai X ou Rurouni Kenshin, sendo o último o título original, é uma mangá que virou anime escrito por Nobuhiro Watsuki e que fez muito sucesso no Japão e no mundo. Tanto o Anime quanto o Mangá, apesar das inúmeras diferenças, estão entre os melhores já feitos. A história se passa no Japão do século XIX, em um momento de transição da história do Japão, que passava por uma mudança radical de regime, passando de um feudalismo do Xogunato Tokugawa (conhecido também como período Edo) para o poder centralizado na figura do imperador Meiji. A série mostra um Japão bem diferente do que nós conhecemos, que era um país atrasado, agrícola e até violento. Mas também mostra os avanços da tecnologia, questões filosóficas, colonização, globalização e é claro, épicas lutas de espadas. A protagonista, o ruivo samurai Kenshin Himura é um ex-retalhador conhecido como "Battousai". Vagando pelo Japão após 10 anos ter parado de matar pessoas e participado da restauração Meiji, vivia ajudando quem precisasse com sua espada com lâmina ao contrário, a Sobakatsu. Até parar em um dojo na cidade de Edo (atual Tóquio), aonde conhece a doce e bipolar Kaoru Kamiya, que viria a se tornar sua esposa (a segunda, na verdade). Ao longo da série, ele enfrenta antigos inimigos, pessoas que querem assumir o controle do país e outros criminosos comuns. Mas conhece outros que se juntam a turma, como o ex-trombadinha Yahiko, o ex-lutador de aluguel e ex-membro da tropa Sekiho (Sekihoutai) Sanosuke Sagara, a ex-fabricante de drogas e agora médica Megumi Takani e por fim, a ninja Misao Makimachi.
Embora seja uma história fictícia, Samurai X apresenta diversos problemas atuais e muito sobre a história do Japão e até mesmo mundial. A história pode ser considerada uma grande aula de história, filosofia, sociologia e geografia. A história oriental (seja indiana, japonesa ou chinesa) é muito ignorada nas escolas e pouca gente sabe efetivamente a grandeza dessas civilizações e seus feitos. Até se ensina na parte sobre Revolução Industrial sobre o Japão de Meiji. Mas nunca explica como foi ao poder e como iniciou este processo, mas já trás o porém do país ter abandonado o isolamento dos países ocidentais. Mas a história de Kenshin mostra gente que não queria este governo e pensava de jeitos muito diferentes. Fora outras questões que serão apresentadas agora:

Revolução Industrial

Imagem do episódio 22, com passageiros assentados no trem.

O mundo no século XIX começava a apresentar mudanças ainda mais profundas do que os séculos anteriores. A Revolução industrial mudara o mundo de tal forma que influenciou não só na tecnologia, mas na política, economia e na sociedade como um todo. Mas naquela época, o mundo já caminhava para a segunda revolução industrial. Antes, apenas concentrada na Inglaterra e na França, ela se espalhou para outras nações europeias, como a recém surgida Alemanha, Império Russo e a Bélgica e fora da Europa, especialmente nos EUA e no Japão. Na época de Kenshin Himura, grandes novidades tecnológicas já estavam presentes no Japão e muto graças a acordos com as potências do época, como Inglaterra e Alemanha. No episódio 22 (episódio não presente no mangá), Kenshin e sua turma fazem uma viagem pelo primeiro trem japonês, que ia de Tóquio para Yokohama. O trem era um dos grandes avanços tecnológicos da Revolução Industrial, com o seu motor abastecido com carvão (principal combustível para a época). Apesar disso, as personagens desconheciam tais avanços, especialmente Sanosuke que achava tudo muito estranho. No mesmo episódio, também é mostrado a máquina fotográfica, que assustou Kenshin e Sano. Mas na tentativa de saque ao trem, eles foram heróis. Como sempre.
Já na Saga de Shishio, foi mostrado outro avanço da Revolução Industrial e usado pelo vilão: o navio feito de aço. No episódio, Shishio afirma ter gastado muito no navio, mas que ele seria útil. Na cidade de Osaka, o navio sairia para Tóquio e atacaria a cidade com seus poderosos canhões. Tudo isso mostrado no episódio 46. Além do navio, Makoto Shishio em sua batalha final contra Kenshin, luta em local onde se queimava gasolina. E o próprio Shishio utilizava gasolina e pólvora em usa espada, mais a gordura humana armazenada em sua espada e junto de atrito, inflamando sua espada e criando técnicas com chamas.
Shishio em seu navio de aço.
No anime, ainda veríamos na Saga de Kaishu Katsu (entre os episódio 79 e 82, outra saga filler), o discípulo de Katsu chamado Daigoro é um garoto que gosta de ler bastante. E um dos livros que ele é visto lendo na série é "Da Terra à Lua", escrito pelo famoso escritor francês Júlio Verne. O livro lido por ele antecipou em quase cem anos a viagem do homem a lua. Mas é também um livro que demonstrava o interesse japonês de evoluir como os países ocidentais do campo da tecnologia.

Gatling gun, arma usada por Takeda contra a gangue Oni.

Política

Raijuuta no anime tinha pretensões de voltar no tempo com o país.
A política é um tema bastante recorrente na série. De maneira direta e indireta, eventos políticos no Japão causaram uma boa parte das batalhas travadas por Kenshin durante a história. Isso é devido a insatisfação de muitos espadachins contra o governo Meiji por causa da proibição do uso da espada. E alguns inimigos de Kenshin tinham como objetivo final acabar com o governo Meiji. Mas cada um teve motivos diferentes para se revoltar contra o governo Meiji. O primeiro mostrado com este objetivo é Raijuta Isurugi (Sekido no anime), um samurai dominador da técnica denominada "Estilo Shinko". Embora no mangá seu objetivo é unificar os estilos de luta dos samurais, no anime é demonstrado que ele quer construir um novo reinando aonde quem manda são os espadachins. E para isso, usa o dinheiro da família Tsukayama, uma família rica da região, treinando o herdeiro da fortuna, Yotaro. Já outro megalomaníaco a querer derrubar o governo é Makoto Shishio. O mumificado Shishio foi um retalhador que substituiu Kenshin após a desistência do mesmo e trabalhava para o governo imperial. Mas após saber algumas coisas sórdidas sobre o governo Meiji, é queimado vivo, mas milagrosamente sobrevive. Considerando o governo fraco e que não suportaria uma invasão estrangeira, Shishio almeja tomar o governo. Conquista seguidores pelo caminho, especialmente espadachins que não conseguiam achar seu espaço na sociedade modificada da época e outros cidadãos marginalizados. Dentre eles, vemos algumas facetas que são oprimidas até hoje: o menor abandonado (na figura de Soujirou Seta), do ex-funcionário público desiludido com o trabalho (na figura de Houji Sadojima, o mais fanático seguidor de Shishio), transsexuais (como a espadachim Kamatari Honjo, apaixonada por Shishio) e de prostituas (como Yumi Komagata, namorada de Shishio e ex-prostituta). No fim, iria tomar o governo e estabelecer um governo forte e centralizado em suas mãos, aonde os mais fortes governariam, seguindo um darwinismo social.

Shishio organizou seu grupo querendo ajuda de pessoas excluídas socialmente da
sociedade japonesa no governo Meiji.
Embora tanto Raijuta quanto Shishio almejam derrubar o governo, ambos tem objetivos diferentes. Raijuta pretende retornar aos tempos do Xogunato Tokugawa, enquanto Shishio tinha um projeto de modernizar o país e torná-lo forte diante das potências. Se fossemos fazer uma breve relação com o Brasil atual, Dilma seria a figura do governo Meiji que todos querem derrubar. Raijuta seria daqueles que pedem os militares novamente no poder, enquanto Shishio seria alguém como Aécio ou mesmo Marina Silva, mas estaria próximos de figuras que querem o Impeachment a força.
Apesar destas duas personagens no mangá quererem o poder, há outras antagonistas no anime (em sagas fillers) que também almejam o poder. Entre elas estão o Cardeal Kaiyou, um homem que finge ser cristão e que estava por trás de Shogo Amakusa, espadachim de mesmo estilo de luta que Kenshin (Hiten Mitsurugi), que tinha como objetivo tornar o Japão um reino cristão. Outro mostrado é o empresário Saeke, junto com seu irmão Reisui que usando o Feng Shui (relação entre vento e água na China) querem causar distúrbios no país. Saeke é um empresário do ramo imobiliário que pretende comprar as casas destruídas para destruir o pentagrama criado a mais de 200 anos antes em Tóquio pelo governo Tokugawa, que já sabia sobre o Feng Shui e proteger a cidade de desequilíbrios. O clã do vento (representado por Jinpui) criou o pentagrama, de modo que o clã da água (que Saeke e Reisui são descendentes) foram para a China após perderem para o clã do vento. Voltando tempos depois, Saeke e seu irmão Reisui querem destruir o Japão desequilibrando a energia do vento e da água e por fim, dominar o país.

Drogas

As drogas já foram demonstradas do anime como um problema muito mais antigo que nós pensávamos. Isso foi demonstrado no episódio 8, o primeiro episódio em que aparece a bela Megumi Takani. No começo do episódio, Sanosuke perde um amigo por causa de uma overdose de ópio, um droga que era (e ainda é) muito consumida no oriente. Na China, a droga foi a causa das duas Guerras do Ópio, sendo a primeira entre 1839 a 1842 e a segunda entre 1856 e 1860, entre a China e a Inglaterra, com ambas vencidas pela Inglaterra, que traficava ópio para a China co o objetivo de não ficar no prejuízo no comércio com os chineses. Mas histórias à parte e voltando para o Japão, o ópio era muito consumido no Japão também. Megumi era uma mulher forçada a fazer ópio para Kanryu Takeda, um empresário e também traficante de drogas. Embora assistente de um médico que fazia drogas para Takeda, Megumi (cujo mentor foi morto por não querer mais fazer drogas para Taeda), continuou a fabricar drogas até se arrepender das vidas que estava tirando, quando deveria cuidar delas por ser médica. Fugindo de Takeda e ameaçada de morte por ele, é perseguida até ser achada por Kenshin, por quem se apaixona (assim como várias mulheres ao longo da série).

Flor de papoula, base para a fabricação de ópio
Megumi quase se mata e é impedida por Sanosuke, mesmo ele tendo a culpado pela morte de seu amigo. Mas o pior é o traficante Takeda. Ele é uma boa representação para os grandes traficantes de drogas, alguém com status e sem despertar suspeitas. Além disso, contrata a gangue de ninjas chamadas Oniwabanshu (ou gangue Oni em português), lideradas por Aoshi Shinomori, um dos grandes lutadores da série. Assim como muitos traficantes atuais, Takeda não excita em matá-los após eles falharem em sua missão (todos perderam para Kenshin e sua trupe) e com uma metralhadora Gatling (que trouxe dos EUA e desconhecida até pelo governo), ele resolve matar todos os presentes, mas os membros derrotados da gangue (Shikijo, Beshimi, Hannya e Hyottoko) se sacrificam para proteger o líder deles, Aoshi. Takeda ainda pronuncia uma das frases que eu mais lembro do Anime: "Dane-se o mundo enquanto eu tenho dinheiro!". Isso não adiantou quando as balas acabaram (ou no anime, em que Beshimi entupiu com seus dardos venenosos o sistema de alimentação da arma), em que Kenshin o deixou inconsciente de uma maneira bastante agressiva, fazendo Takeda um dos mais odiados inimigos de Kenshin na série. 
No fim de tudo, o anime mostra muito do tráfico de drogas e quem está por trás de tudo. Não é muito diferente dos traficantes brasileiros de hoje em dia, em que os verdadeiros traficantes são pessoas acima de qualquer suspeita, como Takeda.

Kanryu Takeda, um traficante muito parecido com alguns de hoje em dia.



Perseguições religiosas

Depois do ocorrido na Parada Gay de São Paulo este ano, quando uma modelo transsexual se crucificou em um dos carros alegóricos, causando revolta em religiosos cristãos, muitos utilizaram o termo cristofobia em oposição ao termo homofobia, afirmando que os cristãos estão sendo perseguidos na atualidade. Bem, palavras de Silas Malafaia e Marco Feliciano a parte, eles falaram a verdade. Mas no Japão do século XIX, e que duas religiões estavam sendo perseguidas na época. O cristianismo é uma delas.
Mas antes de mostrar a cristofobia na época, mostraremos antes a "Budofobia". Um dos mais fortes seguidores de Shishio é Anji Yukuzan, conhecido como "Deus da Destruição". Antes de ser um dos mais fortes guerreiros da série, era um pacífico monge que cuidava de um orfanato. Com o decreto do Governo Meiji de que o Xintoísmo passou a ser a religião oficial do Estado, outras religiões foram perseguidas. Quando estava longe do orfanato, ele foi incendiado pela população local com as crianças lá dentro. Enquanto elas morriam queimadas, Anji tentou salvá-las, mas foi barrado e deixado inconsciente. Após os eventos, tornou-se uma pessoa vingativa e um tanto cruel, bem diferente do pacifista que era. Tornou-se fisicamente forte e desenvolveu a técnica conhecida como Duplo Extremo, que era capaz de destruir até pedras com dois golpes rápidos, um para se quebrar a resistência e outro para finalmente destruir o alvo. Anji demorou 10 anos para dominar sua própria técnica, mas não tardou tanto para matar os algozes das crianças e o prefeito da cidade, que autorizou todo o horror presenciado pelo monge. Após estes eventos, se aliou a Shishio, acreditando em seus ideais e largando Buda de lado. Após perder para Sanosuke (para quem Anji ensinou sua técnica, não sabendo que ele era aliado de Kenshin), ele decidiu se entregar à polícia e foi condenado a 25 anos de prisão por seus assassinatos.

Anji foi vítima de perseguição religiosa. Após isso, virou um criminoso e
viu em Shishio alguém capaz de lhe entender e de fazer um país melhor
A cristofobia na série é mostrada na saga dos cristãos, que não está no mangá e foi criada exclusivamente para a TV. Embora as sagas que não estão no mangá sejam consideradas fracas, esta foi a melhor. E o adversário de Kenshin é Shogo Amakusa, um espadachim cristão que pretende transformar o Japão em um Reino de Deus (antes da Universal do Edir Macedo). Shogo domina o mesmo estilo de luta de Kenshin, que fora lhe ensinado por seu tio, que disputou o título de mestre do estilo com o Mestre de Kenshin, Seijuro Hiko XIII. Shogo pretende também se vingar daqueles que mataram seu pai por ele ser cristão. A perseguição cristã realmente ocorreu no Japão, na época do Xogunato Tokugawa. No episódio em que se mostra o passado de Shogo, o mesmo presencia a morte de seu pai e depois de sua mãe, por causa da tuberculose (doença mortal na época). Ele foge para a China com seu tio e sua irmã, Sayo (conhecida também como Lady Magdalia ou Madalena). Na viagem, ele vê diversas crucificações feitas pelo governo contra os cristãos. Denominado um Messias e chamado pela população local de "Filho de Deus", ele chegou a cegar Kenshin com uma técnica que ele mesmo inventou e que também cegou seu tio, Hyoei Nishida, denominada Rairyussen (conhecida como Dragão do Trovão). Embora Shogo não fosse uma pessoa má, ele matou três pessoas poderosas ligadas ao governo, embora uma profecia escrita em português foi a base dos ataques. Estas profecias em português fazem referência ao fato de que jesuítas portugueses foram os introdutores do cristianismo no Japão, no século XVI. Os jesuítas estiveram presentes na catequização não só de japoneses, como presentes na China. E o cristianismo esteve presente no sul do país, na região de Shimabara (em que irei contar tudo mais tarde).

Shogo e sua irmã Sayo (Madalena), perseguidos por serem cristãos.

Colonização

Embora o Japão tenha se mantido independente, a Revolução Industrial mostrava-se ávida por matéria-prima da qual os países industrializados não dispunham o suficiente. Então, muitos países saíram novamente a colonizar regiões do mundo aonde obteriam matérias-primas para suas indústrias. E a África e a Ásia foram alvo da cobiça dos europeus, que invadiram estes continentes e fizeram delas suas colônias. A disputa pelas colônias foram um dos motivos para a Primeira Guerra Mundial em 1914. Mas vamos ater-se ao Japão e a Ásia.
Embora não muito citado, Shishio cita a colonização de vários países asiáticos como um dos motivos para tomar o governo Meiji. Ele destaca o fato na batalha contra Kenshin, de que a Índia é uma colônia 10 vezes maior que sua metrópole, a Inglaterra. Ele ainda cita a presença francesa na Indochina (Vietnã, Camboja e Laos) e da Holanda na Indonésia, além das Filipinas pela Espanha. Ele temia que isso poderia acontecer ao Japão e achava que o Imperador Meiji não iria conseguir proteger o país das forças estrangeiras e que por isso, deveria tomar o poder e modernizar o Japão ante os inimigos. Mas após a derrota de Shishio, a história mostra o contrário. Após as vitórias sobre a China e a Rússia, o Japão viria a ter colônias na China (na região da Manchúria) e na Coreia (tanto a atual Coreia do Sul quanto a do Norte).

Shishio comenta entre os 5 e 6 minutos do vídeo

Já na saga dos cristãos, por trás do guerreiro e herói do povo Shogo Amakusa estava o Cardeal Kaiyou. Embora demonstrado um religioso, ele não ligava para o cristianismo e estava interessado em tornar o Japão uma colônia de países estrangeiros, sendo a Holanda a provável metrópole (visto no Anime). Kaiyou odiava o Japão, pois assim como Shogo, fora perseguido e expulso do país por ser cristão. Quando voltou junto de Shogo, planejou que Shogo fosse morto pelo exército japonês e após isso, ele iria escrever uma espécie de "bíblia" com a história de Amakusa, afim de estabelecê-lo como Messias (no caso, Shogo) e Kaiyou sendo o pregador da palavra de Deus no país que seria colônia e ele,o governante supremo. Embora com o plano quase dando certo, ele foi morto por Shozo, um aliado de Madalena. Mas além do sentido religioso da morte do espadachim, Kaiyou queria deixar o Japão em um conflito interno intencionalmente afim de facilitar o trabalho das forças estrangeiras.

Choque de Civilizações

O medo da colonização, tal como aconteceu na Índia, era um dos motivos que fizeram alguns se revoltarem contra o governo Meiji. Isso intensificou o choque ainda maior entre Oriente e Ocidente na série, visto que Shishio, por exemplo, queria desenvolver o país de maneira isolada e sem interferência externa. O nacionalismo japonês era fortemente exaltado por ele e também por Raijuuta.
Embora no mangá, este choque de civilizações é mais indireto, no anime é apresentado uma saga em que fica mais evidente este choque. Trata-se da Saga dos Cavaleiros Negros, uma organização de origem alemã que tem como objetivo dominar o mundo. Para isso, eles queriam encontrar um elixir sagrado (uma planta) e monopolizar este elixir, capaz de curar qualquer doença. Para encontrar tal elixir, se aliaram (e depois traíram) a ninja Misanagi, líder do clã Sanada, uma organização de Ninjas. Na busca por tal elixir, os líderes da organização Mel Therz e Lenz, proferiram vários preconceitos em relação ao japoneses e sempre os inferiorizando. Constantemente, Lenz chamava o povo japonês de "Comedor de Arroz". Para eles, os japoneses eram um povo inferior e atrasado, além de rude. Apesar disso, sobrou tempo para o terceiro da hierarquia Schneider se apaixonar por Misanagi, dando a entender que nem todas as relações Oriente-Ocidente eram tão tensas. Mas na mesma saga, Yutaro (personagem da família Tsukayama e antigo discípulo de Raijuuta) reaparece depois de ir para a Alemanha se tratar do grave ferimento em seu braço causado pelo seu antigo mestre, que o fez perder o movimento dos braços. Quando retorna ao Japão com seu tutor, o Dr. Hans (que sabia sobre o elixir) , ele afirma que o Japão é um país atrasado em mais de 100 anos em relação a Alemanha, país aonde pretendia voltar e estudar medicina. O fato revoltou Yahiko e Sanosuke como um claro desrespeito a medicina japonesa. Não chega a ser mentira o fato, mas o garoto se comporta como os brasileiros que moram um tempo fora e quando voltam, desprezam o país aonde nasceram.
O choque de civilizações retrata a difícil relação que permanece até hoje entre Ocidente e Oriente. Embora mostrado de maneira tensa, mostrou que o Japão aprendeu bem com jovens que foram e voltaram da Europa no século XIX. Mas na vida real, a xenofobia do japoneses é um grande problema nos dias de hoje.


Feminismo?

Os animes costumam deixar personagens femininas em segundo plano, exceto em animes femininos como Sailor Moon, Sakura Card Captors, Slayers ou até mesmo Tenchi Muyo. Mas apesar de personagens femininas serem secundárias ou apegadas a algum protagonista (como Kaoru com Kenshin), Samurai X tem como característica de que suas personagens femininas trabalham, enquanto as protagonistas masculinas sequer tem um emprego.
Entre as personagens femininas recorrentes, apenas Misao não tem um emprego fixo, mas apesar disso é a líder da gangue Oniwabanshu depois da traição de Aoshi. Isso tendo apenas 16 anos. Kaoru Kamiya é instrutora do dojo Kamiya, herança de seu pai. Mestra do estilo Kamiya-Kashin, sempre sofreu preconceito por liderar um dojo de Keijutsu. Tanto que sofreu com os irmãos Hiruma (Gohei e Kihei) que queriam comprar o dojo a qualquer custo, chegando a sequestrar Kaoru, que no fim foi salva por Kenshin, além de contratarem Sanosuke (no começo, um lutador de aluguel) para dar um jeito na moça. Apesar disso, Kaoru se manteve como mestra, embora não ganhasse nada por isso, já que seus alunos a abandonaram. E Yahiko aprende de graça. Mas apesar disso, é ela quem trabalha para sustentar Yahiko e Kenshin, que fazem o serviço de casa. Eles passam e lavam a roupa, limpam a casa, fazem as compras e Kenshin é quem cozinha. Cozinhar não é forte da valente Kaoru, alvo de constantes zoações por parte dos homens (especialmente de Sanosuke) por não saber cozinhar. Ela sofre por isso, já que as outras mulheres da série cozinham e ela não. Ao mesmo tempo em que supera o machismo em liderar um dojo, ela sofre do mesmo por não saber cozinhar. 
Megumi Takani, trabalha salvando a vida dos lutadores do Anime.
Outra que venceu foi a médica Megumi Takani. Após quase ter se matado após se arrepender das drogas que fazia para Kanryu Takeda, ela vira médica-assistente do Doutor Gensai, o médico da região. Além de mostrar ser uma ótima médica e atrair os pacientes (por causa de sua beleza), mostra-se interessada em estudar e de tentar consertar sua paixão, o desajustado Sanosuke. O pretendente de Megumi é um retrato de boa parte dos homens da série, pois além de não trabalhar (embora fosse antes de ficar na região um lutador de aluguel, pago para brigar), ele nunca arranja trabalho, vive perdendo jogos de azar (devendo para muitos) e além disso, nunca pagou a conta do restaurante e vive constantemente devendo para ele, embora a gerente do local, Tae Sekihara, vive sempre perdoando as dívidas causadas por Sano.
Kaoru Kamiya, dura na queda...menos na cozinha.


Em uma das sagas fillers, a raiva que Kaoru sente por ter que sustentar os homens os fazem procurar emprego em um navio. Kaoru também acabando indo coincidentemente, mas ambos são surpreendidos por piratas. O líder na verdade era uma mulher, chamada Shura. A pirata teve a chance de matar Kenshin, mas não o fez por acabar se apaixonando por ele. O sentimento é difícil para Shura, que nunca desejou se casar desde que seu pai e antigo líder dos piratas lhe falou sobre uma roupa em que ela usaria se ela se apaixonasse. Muitos do grupo de piratas tentaram se envolver com a líder e até lhe usurparam o posto. Mas Shura sempre se manteve ética apesar de ser uma pirata. Outra vilã filler e líder de seu grupo é a bela ninja Misanagi. Líder do clã de ninjas Sanada, é bastante respeitada entre eles. Tanto que mesmo após errar e ser traída pelos Cavaleiros Negros, acreditando que eles lhe ajudariam em seus objetivos de dominar o Japão, o grupo decide que só ela pode liderar o bando.

Shura teve que negar sua paixão por Kenshin para continuar seus planos.

Misanagi se mostrou dura na queda...menos no amor!


O anime, mesmo centrado na luta entre homens, acaba mostrando a importância das mulheres na sociedade em diversos trabalhos. No mangá, ainda temos a lembrança de Tomoe Yukishiro, ex-esposa de Kenshin. Querendo se vingar do samurai por ter matado seu ex-noivo Akira Kiyosato, ela acaba se apaixonando por ele, mas ele acaba matando sem querer. Foi ela quem fez uma parte da famosa cicatriz de Kenshin, antes de morrer. Graças a ela, Kenshin jurou nunca mais matar alguém.

Figuras nem tão fictícias

Samurai X é uma obra fictícia como disse antes. Mas as personagens do anime são baseadas em figuras que realmente existiram no Japão do século XIX. Embora muitos não tragam o nome real, alguns tem até o mesmo nome. Seja no mangá e também nos fillers do anime, isso traz um realismo ainda maior para a história.
Aoshi Shinomori...
...e sua verdadeira forma, Toshizou Hijikata.
  
Para começar, o frio e confuso Aoshi Shinomori, que embora seja um ninja, foi inspirado em Toshizou Hijikata (1835-1869), espadachim e subcomandante da Shinsegumi, uma tropa policial do antigo Xogunato. Se juntou ao grupo em 1863 e permaceu até 1869, quando foi morto por um tiro em uma batalha. O próprio Hijitaka apareceu brevemente na série.

Sanosuke Sagara, não encontrei a imagem do verdadeira.
  
O esquentado Sanosuke Sagara foi inspirado em Sanosuke Harada, seu xará de data de nascimento ainda desconhecida. Foi o comandante da 10° unidade da Shinsegumi, sendo um dos mais belos e fortes guerreiros do grupo. Morto em 1868, na batalha de Ueno, mas há quem diga que viveu mais alguns anos na China. Assim como o Sanosuke do anime, tinha uma personalidade forte e um pavio curto. Sem contar a origem humilde.

Saitou...

...e o verdadeiro!
Hajime Saitou foi inspirado no samurai de mesmo nome. Capitão da terceira unidade do Shinsegumi (tal como o Saitou do anime), seu nome de nascimento era Yamaguchi Hajime. Sempre com cara de poucos amigos, Saitou era um dos líderes do Shinsegumi mais temidos. Assim como o Saitou do Anime, mudou de nome e se tornou um policial usando o nome de Goro Fujita. Morreu em 1915, aos 71 anos, vítima de uma úlcera de estômago.

Makoto Shishio, um dos melhores vilões de todos os tempos.
Infelizmente, não achei imagens de sua contraparte real.



O vilão Makoto Shishio foi inspirado em Kamo Seriwaza (1826?-1863?), o primeiro comandante do Shinsegumi. Embora incertos o seu nome verdadeiro e sua data de nascimento e morte, foi um dos mais temidos samurais japoneses. Foi misteriosamente assassinado, provavelmente por disputas internas. Kamo ainda inspirou Jin-E-Udou, espadachim que também faz parte do passado de Kenshin e que é capaz de paralisar pessoas com seu olhar.

Estátua construída em Shimabara em homenagem a
Shiro Amakusa


Outra figura, embora não presente no mangá, mas inspirado na vida real é Shogo Amakuza. O verdadeiro Shogo Amakuza é Shiro Amakuza, um cristão ronin (samurai sem mestre) da região de Shimabara. Viveu entre os anos de 1621 e 1638 e assim como Shogo, era tratado como um "filho de Deus" e capaz de milagres. Mesmo aos 16 anos, Shiro foi líder da Rebelião de Shimabara, uma revolta dos habitantes da região contra o Xogunato, por causa da pobreza e dos altos impostos. Embora resistindo por muito tempo, Shiro foi decapitado pelo governo Tokugawa e dai em diante, os cristãos foram perseguidos até o fim do governo Tokugawa. E isso fez o Japão se isolar mais ainda do resto do mundo. O país só viria a acabar como isolamento no seculo XIX, na revolução Meiji. 


  

Abaixo. o verdadeiro Okubo. Bem parecido, não?

Políticos também foram representados no anime. O primeiro foi Okuno Toshimichi (1830-1878), ministro do governo Meiji e um dos cinco nobres que encabeçaram a queda do regime Tokugawa. Foi morto devido a desavenças com o clã Satsuma, do qual tinha como rival o ex-samurai e político Saigo Takamori. Em Samurai X, Okubo também acaba sendo assassinado, mas por Soujiro Seta, braço direito de Makoto Shishio. Mas sua morte no anime foi assumida por fazendeiros que eram contra a restauração Meiji. Outro político representado no anime (mas em uma saga não baseada no mangá) é Katsu Kaishu, político e engenheiro naval japonês. Katsu foi um homem que estudou holandês e foi tradutor e negociador do governo Tokugawa. Foi ele quem garantiu uma transição mais pacífica entre o regime Tokugawa e a restauração Meiji durante a rendição de Edo. Foi vice-ministro da marinha por um breve período e consultar da mesma. Faleceu aos 76 anos em 1899. No anime, a questão da rendição de Edo foi bastante lembrada, além de fazer menção que Katsu queria desenvolver a tecnologia japonesa por meio de seus dois discípulos, Tetsuma e Daigoro. Além disso, guardava uma fortuna do antigo regime, que era reclamada por ex-aliados que sequestraram sua filha. Eles acusavam Katsu de roubá-los e largá-los na miséria, mas Katsu explicou que guardava o dinheiro para o futuro do país, como prometido ao antigo governo.



O verdadeiro Katsu Kaishu, responsável pela Rendição de Edo.
Por fim e não menos importante, a protagonista Kenshin Himura. O retalhador foi inspirado em outro retalhador, que se chamava Kawakami Gensai (1834-1872). Frio, calculista e violento, ele não aparentava a natureza cruel que tinha. Kawakami era confundido muitas vezes com um rapaz tranquilo ou até mesmo uma mulher. Mesmo que fisicamente parecesse fraco (assim como Kenshin), Kawakami foi o mais terrível retalhador da época e cometeu vários assassinatos encomendados, mas a maioria deles nunca foi comprovado. Apenas a do político Sakuma Shozan, assassinado em 1864 em plena luz do dia, foi comprovado. E o matou com apenas um golpe. Mesmo após de deixar de matar pessoas, continuou com ideias xenófobas e um tanto violentas. Acusado de crimes que talvez nunca cometeu, foi morto em 1871. Sua vida foi inspiração para descrever Kenshin Himura nos tempos em que era Battousai.

Kenshin Himura e sua verdadeira forma da vida real.
Apesar do caráter serem bem diferentes...

Pois é amigos, alguns cartoons (especialmente animes) são muito mais profundos do que imaginamos. Quando éramos crianças, só queríamos ver Kenshin enfiar sua espada em qualquer inimigo. Mas quando crescemos, percebemos que isso tinha ago a mais e muito a mais. Vimos que nem sempre heróis são heróis ou vilões são vilões. Bem dito por Kenshin no final da saga de Shishio: Shishio estava certo, mas com os métodos errados. Isso mostra como o mundo real é mais complexo do que simplesmente o mundo maniqueísta, em que sempre o bem é bem e o mal é mal. Samurai X nos mostra bem isso, assim como a história. Seja ela fictícia ou real.