quarta-feira, 2 de julho de 2014

Como aproveitar o Espaço que nos resta ou como evitar o desperdício?

     A população da Terra cresce. Cresce sem parar, especialmente nas regiões menos desenvolvidas do mundo, pois suas taxas de natalidade e o número médio de filhos por mulher ão muito altos. Peguemos o exemplos de um país africano como o Niger, que apresenta um taxa de natalidade de 55,2 e o número de filhos por mulher chega a 8, em média. Já em um país europeu, como a Itália, as mulheres não chegam a ter um filho em média. E o crescimento de sua população fica negativo, ou seja, a população da Itália e de outros países europeus, por exemplo, está diminuindo. A falta de acesso a métodos anticoncepcionais, educação e de médicos em áreas carentes, bem como a necessidade das famílias pobres em terem muitos filhos para ajudarem no trabalho são alguns dos fatores que contribuem para taxas de natalidade tão altas em países mais pobres. Já o contrário ocorre em países desenvolvidos. Em países como o Brasil, um país em desenvolvimento, que misturas características de países mais ricos e mais pobres em suas áreas, a tendência é do número de filhos cair. E do crescimento populacional também, mas isto demorará alguns anos. Enquanto isso, moralistas do Facebook julgam que o número de filhos ou se as mulheres devem tê-los mais cedo, mas talvez nunca fizeram tal reflexão. Ou já fizeram, mas não chegaram a concluir bem o assunto.
      Ok, mas o que isto tem a ver com o assunto do título? Você não ia falar sobre espaço? Sim, já estou falando. Mas comecei por um fator importante para discutir a ocupação dos espaços. O número de pessoas em um espaço pré-determinado. Dividindo a população por uma área, teremos o que se chama de densidade populacional, seja por metro ou quilômetro quadrado. E no planeta, temos áreas densamente ocupadas. Ou seja, muita gente por km/quadrado. E pouca gente em determinadas áreas. Peguemos dois exemplos: na Ásia, temos um país chamado Bangladesh. Ele possui uma população de mais de 150 milhões de pessoas em uma área de pouco mais de 143.000 km². Já o Brasil, tem pouco menos de 200 milhões de habitantes por uma área de 8,5 milhões de km². Quem terá maior ocupação de espaços, densidade populacional maior e consequentemente, problemas com ocupação deste espaço? Se você respondeu o Bangladesh, acertou. Mas se você pensou no Brasil, também não se enganou. Nosso país tem áreas muito densamente habitadas, como a cidade de São Paulo ( densidade de 7.700 hab/km² contra 23,6 hab/km² do Brasil ). E em São Paulo, o problema com espaço é muito grande. Com muita gente para pouco espaço, sendo este espaço caro demais para a habitação, muitas pessoas foram para áreas distantes, sem condições básicas e com problemas no solo, tais como risco de deslizamentos de terra, alagamentos e erosão. Tais problemas se repetem no Bangladesh, Nova York, África ou até mesmo em lugares onde a população diminua.
      Para manter os mais de 7 bilhões de pessoas, precisamos de espaço para a agricultura. A agricultura ocupa pouco mais de 30% das terras deste planeta azul. Com o aumento da população, naturalmente esta área tem que ser aumentada para que todos os seres humanos tenham o mínimo para se alimentar, mas o que infelizmente não ocorre. Tanto pelo desperdício de comida como o de terras. Espaço temos bastante. Mas tudo isto é relativo, pois depende da extensão do país. Há países com terras suficientes para o aumento da demanda, tais como o Brasil. E muitos outros já chegaram no limite, tendo que importar alimentos básico de outros países. Mas por maior espaço que tenhamos, muitos problemas são causados pela agricultura, tais como a erosão, poluição da água e do solo por causa de fertilizantes, consumo alto de água para esta atividades, desmatamento, queimadas....enfim, inúmeros problemas causados pela agricultura e sua expansão violenta com o objetivo de sustentar a população de seres humanos. E a dos animais também, para a pecuária, outra atividade que ocupa muito espaço, junto com a agricultura ocupam mais da metade das terras do planeta. Boa parte do que se planta, especialmente milho, vai para o consumo de animais, tais como bois, galinhas e porcos. E especialmente os primeiros são criados com muito espaço, e para o espaço ser criado para eles, há o desmatamento e a queimada de áreas. Está ocorrendo isto na Amazônia, no cerrado e até na caatinga. Se a ambição por lucro e pela subsistência continuar agressiva, estas áreas citadas ficarão inóspitas para qualquer atividade, seja agrícola ou pecuária. E teremos problemas maiores se as áreas ficarem impróprias. Sem alimento, a população entrará em colapso. E se não resolvermos logo, o caos irá se instalar. Com mais espaço? Não, pois o mesmo não será suficiente. Espaço para as pessoas, para a agricultura, pecuária, atividade industrial, atividade x, y...
      Espaço não falta no mundo. Ainda temos um bom percentual de terras não ocupadas por agricultura, cidades ou pecuária. Porém elas ficam em áreas como desertos, pântanos, montanhas, dentre outros. E o espaço que já ocupamos não é bem aproveitado, pois existem áreas muito ocupadas. E outras que nem ocupadas são. No Brasil mesmo, há grandes latifúndios voltados para o agronegócio. Para a monocultura, especialmente de alimentos que serão usados para a fabricação de outros, industrializados, como a cana-de-açúcar, soja, café e milho. Mas mesmo em áreas como esta. há muitas áreas não usadas para nenhuma atividade. E nestas áreas, os grande fazendeiros não querem dividir, pois enquanto existir a ideia de que a terra tem um valor, um dono e por aí vai, a agricultura nunca vai render o suficiente para todos. E muitas famílias que poderiam ocupar estes espaços vazios são expulsas. Aí vão para a cidade e descobrem que não há espaço. E ocupam o espaço que resta, que são as chamadas áreas de risco. Ao mesmo tempo que abusamos do uso do espaço, falta espaço para alguns construírem sua casa, plantar ou mesmo criar algum animal para a pecuária. Tudo depende de onde você está. Enquanto nas cidades, há a falta de espaços, nos campos do mundo há espaço de sobra, até para preservar a natureza. Mas as cifras não deixam.
     Lemos tudo isso e achamos que estamos perdidos. Perdidos, não estamos, para tudo existe solução. Ou técnicas que diminuam nossos problemas. Na visão de um engenheiro, talvez haja resposta. Na engenharia, tudo é feito para que tudo seja bem aproveitado, com menor custo e menor impacto possível, quase sem erros. E preservando muito espaço também, desde a construção de uma casa até a de uma represa. Nas áreas urbanas, já há muita falta de espaço. Deveríamos desperdiçar menos espaços. Nas áreas de risco, a solução seria melhorar as condições de quem vive ai. Esgoto, asfalto, saneamento e aumento na segurança dos barrancos e na preservação das áreas de várzea, tais como evitar o lixo, já ajudariam a melhorar estes espaços. Novos prédios para abrigar mais gente, com espaço suficiente para todos e a revitalização de áreas abandonadas, que ocupam espaço, mas não são aproveitados, como os prédios abandonados nos centros de muitas cidades, resolveriam o problema. Já na agricultura, além da ocupação de espaço vazios de grande latifúndios, a agricultura intensiva é a uma solução. Ocupando menos solos e aumentando a produtividade nos já existentes, tarefa complicada, porém com o avanço da tecnologia no aproveitamento da água, do solo e dos nutrientes, logo será possível e aplicável.Se teremos mais gente para ocupar mais espaço, não devemos aumentar a expansão de áreas agrícolas para causar mais problemas ambientais do que já existem. Além disso, a recuperação de solos degradados junto com a redução do desperdício de alimentos, ajudariam a matar dois problemas de vez: a redução de fome e a ocupação de espaço da agricultura. O que foi citado para a agricultura também deve ser feito pela pecuária, em resumo: aumentar a produtividade, evitar o desperdício e reduzir o espaço. A carne aumenta sua qualidade em espaços reduzidos, tal como ocorre com a carne de países como Japão. E aumentando a qualidade da carne, o desperdício será menor.
      Espaço, temos. Sobrando em alguns lugares e faltando cronicamente em outros. Porém, não aproveitamos bem o que se tem. E no futuro, a tendência é ocuparmos mais e mais espaço. Mas nada pode ser desordenado, para que no no futuro evite-se o que temos no presente, causados pelo passado. É preciso ter uma visão de aproveitarmos bem o que temos de espaço. E fazendo isso, poderemos ter u futuro melhor. Mas tudo começa pensando no bem de todos.    

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