terça-feira, 8 de julho de 2014

Apesar da vergonha, temos que evoluir. Mas calma, temos o 3° lugar!























Ainda não terminou o jogo, já está 5 a 0. Estou escrevendo na hora do intervalo, qualquer coisa coloco o resultado final aqui mais tarde. Mas serei sincero com vocês, a Alemanha não veio de brincadeira para as terras tupiniquins. Não é por acaso que o placar está assim. Surpreende o placar, mas não o futebol
. Mesmo sem Neymar e sem Thiago Silva, o resultado do jogo não seria tão diferente, poderia não ser vergonhoso.
A Alemanha se transformou no Brasil de 70. Já o Brasil virou a Alemanha de outros tempos, embora campeã, com um futebol pouco convincente, embora haja jogadores técnicos. Desde o fiasco da Eurocopa de 2000, os alemães investiram na base. Fizeram como os engenheiros alemães, produziram jogadores tecnicamente bons, eficientes e taticamente perfeitos. Mas assim como a tecnologia, demora um tempo para que os resultados apareçam. Começam nos protótipos, corrigem as falhas, os defeitos e ganham experiência para melhorarem sempre. E foi isso que aconteceu. Quatro semi-finais seguidas, bons resultados em torneios europeus e os clubes alemães aumentaram sua competitividade. A final Bayern de Munique contra Borussia Dortmund não foi por acaso. Investimentos nas bases dos clubes alemães fizeram surgir Lahm, Götze, Müller,  Kroos ( nome que pouco se comentava ), Schweinsteiger, Özil, Khedira e por aí vai. E olha que faltou nome para colocar nessa lista, Reus ficou fora da Copa do Mundo.
O Brasil achava que não teria que evoluir nada. Nem taticamente, nem mentalmente. Técnica temos de sobra, mas atualmente é mal aproveitada. A força física se tornou mais importante que tudo nas categorias de bases. E nossas categorias de base viraram mercados para empresários negociarem jogadores jovens para ir para países europeus, mas não necessariamente os países europeus de ponta do futebol. Os clubes hoje não influenciam em nada as categorias de base, oposto do que ocorre na Alemanha . Nossos treinadores seguem táticas ultrapassadas, tais como o 4-4-2, 3-5-2 e o 4-3-3 sem qualquer nova variação, embora já haja uma nova geração de técnicos que utilizem novas táticas em nosso país, tais como Marcelo Oliveira do Cruzeiro. Em suma, regredimos e não fomos humildes em admitir isto. Talvez a derrota de hoje faça isso mudar.
Já virou mania nacional após a derrota, colocar a culpa em alguém da derrota. Barbosa, Roberto Carlos e Felipe Melo são alguns exemplos desses culpados que a mídia põe. Nunca reconhecemos o mérito do adversário, que jogou melhor. Nesta Copa, Hulk e Fred sairão com todas as certeza, como culpadas, seja pelos comentaristas de TV ou pelas mídias digitais. Hulk e Fred não fizeram gols, aliás um gol de Fred, porém sempre voltavam para marcar. Cobriam espaços e trocaram os gols por marcação. Não cometeram muitos erros, mas não acertaram. Mas francamente, não vi motivos para os dois serem considerados vilões. Temos que reconhecer que a Alemanha foi muito superior, marcaram pressão, não desperdiçaram chances e principalmente, anularam o jogo intenso do Brasil.Um time compacto que deixa poucos espaços aos adversários. O técnico tem sua parcela de culpa de escolher erroneamente x ou y, porém o time brasileiro sofreu um "apagão" justamente o Mannschaft. Não era a Colômbia, nem Chile ou México. Era a jovem e renovada Alemanha, mais forte que nunca.
Agora o brasileiro irá cair na real, vai mudar por causa de um agora 6 a 0. Talvez no futebol e na vida prática. O clima de festa acabou. Mas esquecemos que temos o 3° lugar, mas quem tá ligando? O brasileiro que sempre paga-pau pra estrangeiro, vai pagar mais ainda. O brasileiro sempre quer a vitória, especialmente no futebol. Mas a lição desse jogo é de que devemos reconhecer o mérito do adversário e que foram competentes e simpáticos conosco. A torcida reconhece, benzadeus. Mas para o futuro, muito terá que ser feito. Mas e sábado, podemos nos vingar quem sabe, da Argentina? Mas depois dessas, procurar evoluir, já dizia Chorão!
Só não coloquem a culpa na Dilma!

* Terminei o texto e já estava 7 a 1 para a Alemanha

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