domingo, 25 de janeiro de 2015

Parabéns São Paulo!



Há exatos 461 anos, um padre jesuíta chamado José de Anchieta vencia a temida Serra do Mar. Ao chegar no topo do Planalto, fundou ali uma construção feita de taipa de pilão (feita de argila) entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú. É o que hoje chamamos de Pátio do Colégio, que é o marco zero de São Paulo. Foi uma escola para catequização de índios, foi sede do governo paulista de 1765 até 1912 e hoje é um museu. Mesmo não sendo mais o prédio original (foi demolido em 1896), a construção abriga fragmentos da estrutura original.
E foi assim que nasceu a maior cidade do Brasil e do hemisfério sul, dona de uma das maiores economias do mundo, uma das maiores metrópoles do planeta e acima de tudo, uma cidade bastante cosmopolita: assim é mais ou menos São Paulo. A cidade que era muito pobre no começo da história deste país. Mandou bandeirantes por todo o Brasil para procura de ouro e escravos indígenas (os paulistas não tinham condições de comprar um escravo africano). Embora considerados heróis, estão mais para anti - heróis. Apesar disso, encontraram ouro e deram uma certa elevação no status de São Paulo. Com o fim do ciclo do ouro, o ciclo do café começaria. Assim como o Brasil independente que começara em São Paulo, às margens do Rio Ipiranga (ou um pouco longe dele). A primeira universidade do Brasil, a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco (hoje, pertencente a USP).
Junto do café, vieram as ferrovias que levavam o café até Santos. Vieram as indústrias. Vieram os imigrantes de várias partes do mundo. Italianos, portugueses, espanhóis, japoneses, árabes, alemães e muitos outros moldaram nossa cultura, jeito e sotaque (paulistano tem sotaque minha gente!). Vieram os museus, o Teatro Municipal, a Semana de Arte Moderna, os casarões dos barões e a revolução. Veio a revolução de 1932. São Paulo resistiu ao governo Vargas. Mudou a constituição.
E o tempo passa. Surge as primeiras grandes universidades (USP, Mackenzie, PUC, Casper Líbero e outras), os carros ocupam as ruas, a Paulista troca os casarões por empresas e arranhas-céu. Vem as grandes avenidas, hoje engarrafadas. Vieram os parques. Veio o regime militar. Veio o metrô e os migrantes nordestinos a ajudar no crescimento da cidade, dos grandes prédios residenciais aos novos viadutos. Foi nessa época que veio minha família para cá. E vive até hoje lá. Eu, moro em Guarulhos. Cidade da região metropolitana de São Paulo. Sou um dos mais de 20 milhões dessa região.
E hoje, São Paulo se orgulha de ser gigante em tudo. Gigante na economia. Gigante nos negócios. Gigante na diversão. Gigante com seus prédios. Gigante nos esportes, sobretudo no futebol com três grandes times com torcedores em todo o Brasil. Mania de grandeza temos demais, assim como os problemas da cidade: poluição do ar e das águas, trânsito, violência e transporte. Problemas causados pelo gigantismo de uma cidade com 11 milhões de habitantes.
Apesar disso, São Paulo é uma cidade que tem de tudo um pouco a te oferecer. Seja de Santana a Santo Amaro, do Butantã a Itaquera, sempre tem algo para se fazer e lugares para conhecer. Opções de trabalho em uma cidade sede de grandes empresas nacionais e internacionais. De estudo, como eu que estudei o Ensino Médio em um colégio jesuíta, a mesma ordem religiosa que fundou a cidade. E hoje estudo em uma grande universidade, também religiosa. Presbiteriana. De diversão tem aos montes, praças, parques, museus, quadras, ginásios e até mesmo, nas próprias ruas. Por fim, compras. Compras nos seus mais de 51 shoppings centers. Lugares que dá para se comprar e se divertir. Assim como comprar no comércio popular, que fica lotado todo santo feriado. Seja no Brás, no Bom Retiro ou na 25 de março, se acha de tudo. Ou nos mercadões. Ou na CEAGESP, local que distribui alimentos para todo país.
Embora São Paulo tenha problemas comuns a todas as cidades do Brasil e do Mundo, pequenos ou grandes, chega aos 461 consolidada. Entre amor e ódio, sempre há um lugar da cidade que não tem como não se apaixonar. Ao terminar o texto resumindo todo o parabéns a São Paulo, mesmo não nascendo na cidade, vivi por um bom tempo lá e vou pra lá quase todo santo dia, selecionarei as minha construções favoritas de São Paulo. Poderia fazer um post sobre elas, mas deixarei uma legenda sobre o porquê da minha escolha.
461 é para poucos. Parabéns São Paulo!

Masp, um museu com 70 metros de vão livre, graças a quatro pilares
concebidos do casamento entre arquitetura e engenharia.
Catedral da Sé, uma das maiores igrejas em estilo neogótico do mundo.
Suas torres tem 92 metros de altura.

A Estação da Luz, que atende a duas linhas da CPTM e duas linhas do metrô.
Construída nos tempos da ferrovia do café ao estilo inglês.
                                     
                                                     

Ponte Otávio Frias de Oliveira ou simplesmente Ponte Estaiada.
Com um pilar de quase 140 metros de altura e capazes de resistir ventos de mais de 160 km/h,
 é a única ponte estaiada do mundo com duas pistas curvadas sob o mesmo mastro.
                             
                                       
Teatro Municipal de SP. Inaugurado em 1912, foi palco da Semana de Arte Moderna de 1922.
Galeria do rock, um grande centro de compras para todas as tribos.
Cds, camisas, bonés e outros se encontram aqui, nesta belíssima arquitetura.
Avenida Paulista, sede de grandes empresas, eventos culturais
e ponto de encontro de várias culturas
                              

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