Olá amigos, esta será a primeira postagem do Engenheiro em 2015. E começarei falando de algo que quase nunca fiz na vida, mas finalmente consegui após ter sido um bom menino em 2014: viajar. E junto da família, fomos até a minha querida avozinha, que mora lá em Mato Grosso do Sul, em uma pequena localidade chamada Ivinhema.
Para chegarmos até lá, utilizamos o tipo de transporte mais usado no país: o rodoviário. Seja para cargas ou viagens, as rodovias são as mais usadas. Não importa a viagem, seja ela até o interior de SP ou até o Oiapoque, seja ela de carro, moto ou ônibus, utilizado por mim e pela minha família nesta viagem.
Vou dividir a viagem em duas partes e dar um parecer pelo que observei em dois estados distintos. Um é o que resido, o mais que rico São Paulo. O destino é para o emergente Mato Grosso do Sul, com crescimento a todo vapor e se desenvolvendo aos poucos, com um certo planejamento. Certo amigos, vamos pegar a estrada pelos mais de 800 km de enjoo por aí pela frente .
Por terras paulistas, ótimas rodovias
Depois da rodoviária da Barra Funda, por meio da Marginal Tietê, chegamos a primeira de muitas rodovias até Ivinhema. A primeira foi a Castelo Branco, que liga a capital ao interior, passando por importantes cidades até Santa Cruz do Rio Pardo.
A rodovia é estadual e como tal, possui algo que incomoda muitos motoristas: o pedágio. Foram umas seis praças de pedágio no sentido interior, de três empresas diferentes, como a ViaOeste que administra o primeiro trecho e que pertence ao consórcio CCR, comandadas pelas grandes construtoras Andrade Gutiérrez e Camargo Côrrea, a Rodovia das Colinas e por fim, a SPVias. Se fosse de carro, gastaria pelos 315 km da rodovia algo em torno de 47,90 pelos pedágios. Caro, mas incrivelmente abaixo da média mundial, embora 100 km da Castelo Branco estejam acima da média mundial e custem R$ 15,21. Embora o custo seja alto, os processos de concessão de rodovias que começaram com o ex-governador e engenheiro Mário Covas, valeram a pena. 19 das 20 melhores rodovias do país ficam em São Paulo. Pistas duplicadas, asfalto em ótimas condições, bons serviços de atendimento e excelente sinalização são mantidos graças aos pedágios pagos as empresas. Um aspecto positivo do neoliberalismo brasileiro da década de 90, mas isso não significa que euzinho concorde com o raio privatizador de Paulo Batista. Mas isso é outra discussão para outro dia.
Apesar das mais que excelentes condições da Castelo Branco e ela estar longe dos trechos urbanos após sair da Região Metropolitana, o clima fica um tanto estranho por estar isolada. E o pior acontece. Calma, nenhum saque na rodovia. Mas o problema foi um grave engavetamento que enfrentamos na altura de Sorocaba. Mais de 10 carros bateram e interditaram a rodovia por 3 horas para que o destroços fossem recolhidos e a pista fosse liberada. Por incrível que pareça, as estatísticas não mentem: a maior parte dos acidentes em rodovias foram em trechos com ótimas condições. O acidente fez a menina do meu lado querer voltar pra casa. Foi feio, mas felizmente nenhum ferido. E a viagem segue, passando por plantações e anúncios de novos condomínios, longe dos grandes centros e com todo o conforto para a nova e velha classe média. O interior de SP cada vez mais próximo da capital e mais urbano também. Mas sem perder o ar puro.
Após o fim da Castelo Branco, pegamos a SP-225 e fizemos uma parada as 4 da madrugada em um posto de parada em Ourinhos. E seguimos em frente pela também famosa Rodovia Raposo Tavares. Administrada pela mesma CCR e pela CART, a rodovia mantém o mesmo padrão da Castelo e a viagem segue tranquila. Mesmo dormindo algumas vezes, acordava para ver a região. E até Presidente Prudente, as cidades era pequenas e como passávamos longe das zonas urbanas destas, o que se via eram plantações de cana-de-açúcar, café e criações de gado. Na dita Terra Roxa, tudo nela plantado dava certo. A vermelhidão da terra era bem bonita de se ver. E a viagem segue com vários pedágios, que somados aos que se pagássemos na Castelo Branco, dariam 80 reais. Apesar do valor, 100 reais a menos que o valor que foi pago na passagem de ônibus. Ônibus este que foi trocado em Presidente Prudente, a grande cidade do Oeste Paulista.
Na estrada novamente, um longo caminho para se chegar a divisa com MS. A paisagem fica mais arcaica, com gado e plantações, mas aparecem algumas construções. E bem famosas, que são os presídios de Presidente Bernardes e o de Presidente Venceslau. São os presídios mais rígidos do país e abrigam os presos mais perigosos do Estado, entre eles, o líder do grupo de crime organizado PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Camacho, o Marcola. Esses municípios, embora muito pequenos, desenvolveram um certo comércio graças aos familiares dos presos. Mas a insegurança de um lugar aparentemente tranquilo a 600 Km da capital aumentou, por causa dos presídios. Imensos e da rodovia, não atrapalharam a viagem. E na cidade de Presidente Epitácio, com suas olarias antigas, vemos um rio imenso. Parecia o mar, mas era o Rio Paraná, um dos maiores rios do país. Não só pelo comprimento, mas pela largura na casa de quilômetros. Era a divisa do estado de SP com MS.
Estávamos perto.
Chegando a MS
Para acessar o estado de MS, atravessamos uma ponte sobre o rio Paraná, denominada Hélio Serejo. É uma das maiores pontes do Brasil, com pouco mais de 2,5 km de comprimento e na época de sua inauguração, em 1964, era a maior ponte do Brasil, mas foi superada pelos mais de 13 Km de comprimento da Ponte Rio-Niterói. Apesar disso, a Hélio Serejo, feita de concreto protendido, um concreto feito para resistir bem a tração, está em ótimas condições graças a protensão, que garante uma longa vida útil e outras vantagens, tais como grandes vãos e pouco ou até nenhuma mudança.
Características técnicas à parte, passamos mais 10 Km próximos do rio, por causa do aterro no rio Paraná que liga a ponte ao Estado de MS.
E chegamos ao Estado, pela cidade de Bataguassu. O trecho era da BR- 267, que liga a cidade de Leopoldina (MG) com a fronteira com o Paraguai. A rodovia atravessa a zona urbana da cidade como uma grande avenida principal, com várias lombadas e rotatórias. Após parar na rodoviária da cidade, bem pequena se comparada a da Barra Funda, em uma das rotatórias fomos para a MS-395. Essa rodovia estadual liga duas grandes cidades sul-matogrossenses: Três Lagoas mais ao norte até Nova Andradina, cidade que nós acessamos após passar pela pequena Anaurilândia, aonde a rodovia vira novamente uma avenida principal. A cidade não possui uma rodoviária, então o ônibus parou em um...bar. Isso, um pequeno bar com banheiro.
Já passando pela rodovia, já se notava as diferenças das rodovias estaduais de MS e SP. Em SP, o padrão FIFA das rodovias. Já em MS, as rodovias são controladas pelo Estado. As pistas não são duplicadas, sendo pistas simples e com muitos trechos sem acostamento. Apesar disso, o asfalto não tinha problemas. Duplicar seria difícil, principalmente pelas fazendas serem às margens da rodovias, com seus rebanhos bovinos, plantações de soja, café e cana. Mas investimentos recentes melhoraram a vida do motorista que passa na região. Mas as ultrapassagens são bem arriscadas e o próprio ônibus fez ultrapassagens proibidas, mesmo com o pouco movimento da rodovia. Apesar disso, arriscada com o risco de se envolver em graves acidentes com caminhões que fazem o transporte da região.
Pela MS-395 e MS-276, chegamos a grande cidade da região, que é Nova Andradina. Após passar por dentro da cidade, que cresce sem parar com comércios e indústrias, chegamos por suas avenidas centrais a BR-376, que liga a cidade de Dourados, grande cidade sul-matogrossense ao Paraná. Por meio dela, em pista simples e sem passar por dentro da cidade de Ivinhema, chegamos a rodoviária local. Sem a grandiosidade da Barra Funda, mas suficiente para proteger-nos e as malas da forte chuva que caia no dia. Mas não pensem que a viagem acabou.
Minha avó não mora na zona urbana da cidade. E sim num distrito chamado Vila Cristina, longe por 20 Km do centro da cidade. Para chegarmos lá, meu tio e seu cunhado já nos esperavam em seus carros. Pegaram nós e as bagagens e nos levaram até a rodovia novamente e em mais uma rotatória, fomos ao sul pela MS-141. Não era muito diferente das rodovias passadas pelo Mato Grosso do Sul, com pista simples, mas tinha acostamento e várias curvas. E para chegarmos a Vila Cristina, peguemos a estrada mais comum do Brasil: a vicinal ou de terra. Quase 90% das estradas brasileiras são, infelizmente, assim. E com a forte chuva, o barro dificultava a viagem e o lamaçal dominava a vista. Quando não choveu, como na volta e na minha ida a cidade, era o pó que incomodava. Apesar disso, passamos sem muitos problemas e finalmente chegamos a casa da vovó, sãos e salvo.
Foi uma aventura, nada épica, mas a paisagem muda junto com as construções. Os prédios paulistanos viram paisagens rurais que vão se tornando cada vez mais arcaicas. A Rodovia que passa entre morros e um relevo alto, desce e sobe sem parar após passar pelo interior e chega em Mato Grosso entre planícies e planaltos mais baixos do que São Paulo. As cidades diminuem de tamanho, porém é inegável dizer que elas sejam atrasadas. Ivinhema é um exemplo. A cidade não para de crescer e muitos condomínios estão sendo construídos aos novos moradores. Pelo programa Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal, mais um tanto de casas. Comércios surgem e a cidade também tem que asfaltar as ruas longe do centro. Segundo o que eu ouvi dos moradores, a cidade precisa mais que isso, precisa também de hospitais, escolas, creches e outras melhorias urbanas e de infraestrutura para comportar os migrantes que vem de diversas partes do país. Não só Ivinhema, mas outras cidades da região. Enquanto isso, a Vila Cristina continua rural. Com suas estradas vicinais, a pecuária e a agricultura, ela continua lá, um paraíso para minha avó e meus tios.
Mas a cidade continua crescer. Como na letra do Nação Zumbi: A cidade não para, a cidade só cresce, o de cima sobe e o de baixo desce.
Para chegarmos até lá, utilizamos o tipo de transporte mais usado no país: o rodoviário. Seja para cargas ou viagens, as rodovias são as mais usadas. Não importa a viagem, seja ela até o interior de SP ou até o Oiapoque, seja ela de carro, moto ou ônibus, utilizado por mim e pela minha família nesta viagem.
Vou dividir a viagem em duas partes e dar um parecer pelo que observei em dois estados distintos. Um é o que resido, o mais que rico São Paulo. O destino é para o emergente Mato Grosso do Sul, com crescimento a todo vapor e se desenvolvendo aos poucos, com um certo planejamento. Certo amigos, vamos pegar a estrada pelos mais de 800 km de enjoo por aí pela frente .
Terminal rodoviário da Barra Funda, onde nossa viagem começa |
Por terras paulistas, ótimas rodovias
Depois da rodoviária da Barra Funda, por meio da Marginal Tietê, chegamos a primeira de muitas rodovias até Ivinhema. A primeira foi a Castelo Branco, que liga a capital ao interior, passando por importantes cidades até Santa Cruz do Rio Pardo.
A rodovia é estadual e como tal, possui algo que incomoda muitos motoristas: o pedágio. Foram umas seis praças de pedágio no sentido interior, de três empresas diferentes, como a ViaOeste que administra o primeiro trecho e que pertence ao consórcio CCR, comandadas pelas grandes construtoras Andrade Gutiérrez e Camargo Côrrea, a Rodovia das Colinas e por fim, a SPVias. Se fosse de carro, gastaria pelos 315 km da rodovia algo em torno de 47,90 pelos pedágios. Caro, mas incrivelmente abaixo da média mundial, embora 100 km da Castelo Branco estejam acima da média mundial e custem R$ 15,21. Embora o custo seja alto, os processos de concessão de rodovias que começaram com o ex-governador e engenheiro Mário Covas, valeram a pena. 19 das 20 melhores rodovias do país ficam em São Paulo. Pistas duplicadas, asfalto em ótimas condições, bons serviços de atendimento e excelente sinalização são mantidos graças aos pedágios pagos as empresas. Um aspecto positivo do neoliberalismo brasileiro da década de 90, mas isso não significa que euzinho concorde com o raio privatizador de Paulo Batista. Mas isso é outra discussão para outro dia.
Rodovia Castelo Branco em Barueri |
Apesar das mais que excelentes condições da Castelo Branco e ela estar longe dos trechos urbanos após sair da Região Metropolitana, o clima fica um tanto estranho por estar isolada. E o pior acontece. Calma, nenhum saque na rodovia. Mas o problema foi um grave engavetamento que enfrentamos na altura de Sorocaba. Mais de 10 carros bateram e interditaram a rodovia por 3 horas para que o destroços fossem recolhidos e a pista fosse liberada. Por incrível que pareça, as estatísticas não mentem: a maior parte dos acidentes em rodovias foram em trechos com ótimas condições. O acidente fez a menina do meu lado querer voltar pra casa. Foi feio, mas felizmente nenhum ferido. E a viagem segue, passando por plantações e anúncios de novos condomínios, longe dos grandes centros e com todo o conforto para a nova e velha classe média. O interior de SP cada vez mais próximo da capital e mais urbano também. Mas sem perder o ar puro.
Parada em Santa Cruz do Rio Pardo, em clima de natal |
Após o fim da Castelo Branco, pegamos a SP-225 e fizemos uma parada as 4 da madrugada em um posto de parada em Ourinhos. E seguimos em frente pela também famosa Rodovia Raposo Tavares. Administrada pela mesma CCR e pela CART, a rodovia mantém o mesmo padrão da Castelo e a viagem segue tranquila. Mesmo dormindo algumas vezes, acordava para ver a região. E até Presidente Prudente, as cidades era pequenas e como passávamos longe das zonas urbanas destas, o que se via eram plantações de cana-de-açúcar, café e criações de gado. Na dita Terra Roxa, tudo nela plantado dava certo. A vermelhidão da terra era bem bonita de se ver. E a viagem segue com vários pedágios, que somados aos que se pagássemos na Castelo Branco, dariam 80 reais. Apesar do valor, 100 reais a menos que o valor que foi pago na passagem de ônibus. Ônibus este que foi trocado em Presidente Prudente, a grande cidade do Oeste Paulista.
Estávamos perto.
Rodovia Raposo Tavares perto de Presidente Prudente |
Chegando a MS
Para acessar o estado de MS, atravessamos uma ponte sobre o rio Paraná, denominada Hélio Serejo. É uma das maiores pontes do Brasil, com pouco mais de 2,5 km de comprimento e na época de sua inauguração, em 1964, era a maior ponte do Brasil, mas foi superada pelos mais de 13 Km de comprimento da Ponte Rio-Niterói. Apesar disso, a Hélio Serejo, feita de concreto protendido, um concreto feito para resistir bem a tração, está em ótimas condições graças a protensão, que garante uma longa vida útil e outras vantagens, tais como grandes vãos e pouco ou até nenhuma mudança.
Características técnicas à parte, passamos mais 10 Km próximos do rio, por causa do aterro no rio Paraná que liga a ponte ao Estado de MS.
Rio Paraná visto da Ponte Hélio Serejo |
E chegamos ao Estado, pela cidade de Bataguassu. O trecho era da BR- 267, que liga a cidade de Leopoldina (MG) com a fronteira com o Paraguai. A rodovia atravessa a zona urbana da cidade como uma grande avenida principal, com várias lombadas e rotatórias. Após parar na rodoviária da cidade, bem pequena se comparada a da Barra Funda, em uma das rotatórias fomos para a MS-395. Essa rodovia estadual liga duas grandes cidades sul-matogrossenses: Três Lagoas mais ao norte até Nova Andradina, cidade que nós acessamos após passar pela pequena Anaurilândia, aonde a rodovia vira novamente uma avenida principal. A cidade não possui uma rodoviária, então o ônibus parou em um...bar. Isso, um pequeno bar com banheiro.
Já passando pela rodovia, já se notava as diferenças das rodovias estaduais de MS e SP. Em SP, o padrão FIFA das rodovias. Já em MS, as rodovias são controladas pelo Estado. As pistas não são duplicadas, sendo pistas simples e com muitos trechos sem acostamento. Apesar disso, o asfalto não tinha problemas. Duplicar seria difícil, principalmente pelas fazendas serem às margens da rodovias, com seus rebanhos bovinos, plantações de soja, café e cana. Mas investimentos recentes melhoraram a vida do motorista que passa na região. Mas as ultrapassagens são bem arriscadas e o próprio ônibus fez ultrapassagens proibidas, mesmo com o pouco movimento da rodovia. Apesar disso, arriscada com o risco de se envolver em graves acidentes com caminhões que fazem o transporte da região.
Pela MS-395 e MS-276, chegamos a grande cidade da região, que é Nova Andradina. Após passar por dentro da cidade, que cresce sem parar com comércios e indústrias, chegamos por suas avenidas centrais a BR-376, que liga a cidade de Dourados, grande cidade sul-matogrossense ao Paraná. Por meio dela, em pista simples e sem passar por dentro da cidade de Ivinhema, chegamos a rodoviária local. Sem a grandiosidade da Barra Funda, mas suficiente para proteger-nos e as malas da forte chuva que caia no dia. Mas não pensem que a viagem acabou.
MS-276 |
Minha avó não mora na zona urbana da cidade. E sim num distrito chamado Vila Cristina, longe por 20 Km do centro da cidade. Para chegarmos lá, meu tio e seu cunhado já nos esperavam em seus carros. Pegaram nós e as bagagens e nos levaram até a rodovia novamente e em mais uma rotatória, fomos ao sul pela MS-141. Não era muito diferente das rodovias passadas pelo Mato Grosso do Sul, com pista simples, mas tinha acostamento e várias curvas. E para chegarmos a Vila Cristina, peguemos a estrada mais comum do Brasil: a vicinal ou de terra. Quase 90% das estradas brasileiras são, infelizmente, assim. E com a forte chuva, o barro dificultava a viagem e o lamaçal dominava a vista. Quando não choveu, como na volta e na minha ida a cidade, era o pó que incomodava. Apesar disso, passamos sem muitos problemas e finalmente chegamos a casa da vovó, sãos e salvo.
Típica estrada vicinal, comuns no país |
Foi uma aventura, nada épica, mas a paisagem muda junto com as construções. Os prédios paulistanos viram paisagens rurais que vão se tornando cada vez mais arcaicas. A Rodovia que passa entre morros e um relevo alto, desce e sobe sem parar após passar pelo interior e chega em Mato Grosso entre planícies e planaltos mais baixos do que São Paulo. As cidades diminuem de tamanho, porém é inegável dizer que elas sejam atrasadas. Ivinhema é um exemplo. A cidade não para de crescer e muitos condomínios estão sendo construídos aos novos moradores. Pelo programa Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal, mais um tanto de casas. Comércios surgem e a cidade também tem que asfaltar as ruas longe do centro. Segundo o que eu ouvi dos moradores, a cidade precisa mais que isso, precisa também de hospitais, escolas, creches e outras melhorias urbanas e de infraestrutura para comportar os migrantes que vem de diversas partes do país. Não só Ivinhema, mas outras cidades da região. Enquanto isso, a Vila Cristina continua rural. Com suas estradas vicinais, a pecuária e a agricultura, ela continua lá, um paraíso para minha avó e meus tios.
Mas a cidade continua crescer. Como na letra do Nação Zumbi: A cidade não para, a cidade só cresce, o de cima sobe e o de baixo desce.
Casa da vovó, na zona rural de Ivinhema (MS) |
Centro de Ivinhema (MS), conhecida como a "Terra Prometida", não para de crescer |
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