terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A Origem dos nomes das estações das Linhas da CPTM: Linha 7 - Rubi

Olá galera, como vocês passaram o natal? Bem, passei em família com churrasco e tudo. Pode não ter sido tão legal quanto a de muitos por aí, mas foi boa. Mas agora é hora de voltarmos ao trabalho depois da ceia e aqui, o trabalho não para (isso é, até voltar o semestre).
E continuamos a série de reportagens sobre a origem dos nomes das estações da CPTM. E vamos falar sobre uma linha bem conhecida de nós que é a linha 7 - Rubi. Esta linha foi construída pela antiga São Paulo Railway (SPR), empresa de capital inglês que foi responsável pela construção da famosa ferrovia Santos - Jundiaí, que foi uma das principais infra-estruturas criadas para o escoamento de café vindo do interior paulista para o resto do mundo, por meio do Porto de São Paulo entre os séculos XIX e XX. Hoje, a ferrovia virou duas linhas da CPTM: essa em questão e a Linha 10 - Turquesa, da qual falarei mais para frente. 
A linha 7 é a maior linha da CPTM, tendo mais de 60 km de extensão. Liga atualmente a estação da Luz em São Paulo e vai até Jundiaí, em sua extensão operacional, pois o normal é dos trens partirem da Luz e irem até a Estação de Francisco Morato. O trem sobe e desce a Serra da Cantareira, passa por municípios ao Norte da Região Metropolitana e é a única que vai para o interior de São Paulo. Junto com a Linha 10, possui as estações mais antigas do sistema ferro-metroviário de São Paulo e muitas de suas estações ainda conservam características do século XIX, embora a tendência seja de demolir estas estações e adaptá-las ao que há de melhor hoje. Mas respeitando a arquitetura das antigas estações, sendo muitas delas tombadas. Mas uma característica dessa linha permanece: a mão inglesa. Se vocês entendem, já que na Inglaterra se dirige do lado direito e não do esquerdo. Seria o contrário do que estamos acostumados a dirigir, mas vamos deixar que vocês concluam. 
A linha necessita de muito para melhorar, já que seus usuários a avaliam mal. E não é para menos, pois a linha sofre muitas vezes com falhas de energia, problemas com trens e acidentes. E isso irrita muitos usuários e os investimentos prometidos pelo governo ainda não foram suficientes.
História à parte, vamos pegar nosso trem da Estação da Luz e vamos rumo ao interior e passando pelos lugares, conhecer as suas origens (dos nomes) e nos divertir nessa viagem. Bora lá!

Luz

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Interior da Estação da Luz
Já revelada quando falei sobre a linha 1. Clique aqui.

Palmeiras-Barra Funda

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Interior da Estação
Já revelada quando falei sobre a linha 3. Clique aqui.

Água Branca

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Plataforma de Embarque
Essa estação é uma das mais antigas da linha, tendo sido inaugurada em 1867 e mantêm características do século XIX até os dias de hoje, embora tenha passado por reformas ao longo dos anos. A estação ainda mantem a única passagem de nível existente na linha (com a Avenida Santa Marina) recebeu o seu nome devido além do nome do bairro, do córrego Água Branca, que recebeu esse nome por suas águas limpas e que hoje corre escondido por debaixo de São Paulo. Futuramente, estará conectada com a Linha 6 - Laranja e devido a isso, a estação será reconstruída e modernizada.

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Bairro da Água Branca, com destaque ao Parque da Água Branca.

Lapa

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Interior da Estação.
Uma curiosidade é que esta estação também possui uma xará na Linha 8 - Diamante, mas a estação da Linha 7 não possui conexão com a Linha 8 e ambas estão distante por 500 m. Futuramente, elas serão unificadas, mas enquanto isso não acontece, vamos falar do nome mesmo. O nome Lapa veio de Nossa Senhora da Lapa, uma representação da Virgem Maria trazida pelos jesuítas portugueses. Uma Igreja dedicada a santa foi erguida no atual bairro em 1911. O bairro é dividido entre o Alto e o Baixo da Lapa, estando a estação na parte denominada Baixo.
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Igreja de Nossa Senhora da Lapa, que nomeia o bairro.


Piqueri

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Interior da Estação
Atravessando o Rio Tietê, a estação Piqueri é até recente se comparado a outras da linha, tendo sido inaugurada em 1960. A estação sofreu com o nome no começo, pois era chamado Nossa Senhora do Ó antes do nome atual ser adotado e antes disso, era chamada simplesmente de Quilômetro 88. Só em 1969 o nome atual foi adotado. O nome faz referência ao nome do bairro, sendo que Piqueri significa "Animal de pequeno porte".

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Vista área do bairro, próximo a Marginal Tietê


Pirituba

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Vista do exterior da Estação
A estação inaugurada em 1885 tem o seu nome derivado do bairro/distrito muito conhecido em São Paulo e apesar das polêmicas quanto a sua localização, oficialmente faz parte da zona Norte. Problemas geográficos a parte, o nome do bairro faz uma referência ao que o bairro foi no passado: uma lagoa. A palavra Pirituba tem dois significados possíveis e podem significar "ajuntamento de juncos" ou "vegetação de brejo", sendo a palavra de origem tupi.


Vila Clarice

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Vila Clarice.
Tal como a Estação Piqueri, é uma estação "nova", tendo sido inaugurada em 1955. O nome da estação localizada no distrito de Pirituba faz referência ao bairro de mesmo nome, originado do desmembramento dos antigos "donos" da região, os famosos amantes Rafael Tobias de Aguiar (fundador do ROTA na Rua) e da famosa Marquesa de Santos (dispensa apresentações).

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Rua do bairro.


Jaraguá

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Estação Jaraguá e suas plataformas separadas. Note o trem no fundo.
Aqui temos uma estação curiosa que mantém uma característica que outras estações tinham no passado: as plataformas não estão de frente para outra e sim, em posições diferentes. Isso acontecia devido as passagens de nível que existiam nas linhas de trem, mas que estão em extinção. Até bem pouco tempo atrás, a estação Jaraguá tinha uma passagem de nível bem no meio e que separava as plataformas. Foram construídos dois viadutos que fecharam a passagem de nível definitivamente, mas as plataformas separadas ainda estão lá. Mas tirando a fisionomia da estação, o seu nome vem do bairro/distrito do Jaraguá, que na língua Tupi-Guarani significa "Senhor do vale" ou também "Morros que dominam o campo" ou "água que murmura", sendo também nome de uma espécie de capim. A região é conhecida por abrigar o famoso Pico do Jaraguá, o ponto mais alto da cidade de São Paulo e que possui 1.135 m de altitude. A estação inaugurada em 1891 outrora era chamada de Parada de Taipas ou Taipas, que era o nome antigo da região.


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Bairro do Jaraguá e logo atrás, o proeminente Pico do Jaraguá.


Vila Aurora

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Estação Vila Aurora. Notem que ela é bem mais moderna que outras da linha
A estação Vila Aurora é a caçula da Linha e foi inaugurada em 2013 e por conta disso é bem diferente das outras estações da linha, com plataformas centrais (única da linha assim) e conta com toda a adaptação para receber pessoas com deficiência, além de bicicletários. A estação era uma reivindicação antiga dos moradores dos bairros entre as estações Jaraguá e Perus, além de preencher a enorme distância dessas estações que chegava a mais de 6 km. O nome da estação vem do bairro da Vila Aurora, sendo que Aurora "a que brilha como ouro" e nomeia fenômenos como a famosa aurora boreal (e austral), sendo de origem grega. Porém, a estação está localizada no bairro do Jardim Santa lucrécia e não na Vila Aurora.
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Vista do bairro.


Perus

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Estação Perus.
A última estação localizada em São Paulo, mas já bem distante do centro. E o nome do bairro e da estação está realmente ligado ao animal peru. Segundo a história de origem do bairro, havia uma senhora chamada Dona Maria que criava perus para alimentar os tropeiros que passavam pela região. Há quem diga que o nome do bairro veio das palavra Tupi "Pi" e "Ru", que juntas significa "Pôr -se". A estação continua a mesma inaugurada em 1867 e que infelizmente presenciou duas tragédias envolvendo colisões de trens, sendo a mais recente do ano 2000.
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Vista do bairro de Perus, atualmente.


Caieiras

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Plataformas da Estação Caieiras
Saímos de São Paulo e chegamos a Caieiras, município localizado na parte Norte da Região Metropolitana de São Paulo. A região que hoje se chama Caieiras se emancipou em 1958 de Franco da Rocha, mas já existia desde o tempo em que a estação de trem foi inaugurada em 1883. A estação tem o seu nome, bem como a cidade, originários dos fornos de cal que no singular, se chama caieira. Como existiam dois, a cidade tirou seu nome daí: Caieiras. A cidade que começou sendo importante na fabricação de tijolos, hoje se destaca na produção de papel e celulose.

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Caieira de Tijolos. Embora fosse usada para cal, deu nome a cidade.
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Vista da atual cidade

Franco da Rocha

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Estação de Franco da Rocha, totalmente reformada.
Indo mais para cima, chegamos a cidade de Franco da Rocha. A estação foi inaugurada em 1888, mas recente foi reconstruída e reinaugurada em 2014, com todas as modernidades possíveis. O primeiro nome da estação e também da cidade foi Juqueri, nome do rio que passa por toda a cidade e também pela vizinha Caieiras. Mas a cidade que se separou de Santana do Parnaíba em 1944 tem o seu nome (bem como a estação) originários do médico e psiquiatra Francisco Franco da Rocha (1864-1933), reconhecido por seus métodos de tratamento a pacientes com distúrbios mentais, além de ser um dos primeiros médicos brasileiros a entrar em contato com as teorias do famoso figura Sigmund Freud e também da eugenia. Ele foi o fundador do Hospital Psiquiátrico do Juqueri, que se tornou referência no tratamento de pessoas com distúrbios psiquiátricos. Chegou a receber mais de 14 mil pacientes no seu auge, mas atualmente encontra-se em desativação. Mas a cidade recebeu o nome do seu médico fundador, embora não tenha sido ele o fundador da cidade e sim o italiano Filedeo Beneducci. Atualmente, Franco da Rocha é conhecida por ser uma cidade dormitório, que em outras palavras são cidades em que grande parte da população sai para trabalhar em outras cidades e apenas tem seu endereço na cidade. Localmente, a cidade tem seu forte no comércio, que emprega boa parte da população. A cidade infelizmente é conhecida por suas enchentes, devido ao Rio Juqueri e que por muitas vez afeta a linha de trem, que passa perto do rio. No mesmo rio fica a represa Paiva Castro, uma das que compõem o Sistema Cantareira.
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Atual cidade de Franco da Rocha

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O médico Franco da Rocha, que dá o nome atual da cidade.


Baltazar Fidélis

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Plataforma da estação
A estação está localizada em Franco da Rocha e foi inaugurada em 1955. Essa estação é conhecida popularmente como "paradinha", sendo o seu primeiro nome Parada km 113. Mas seu atual nome homenageia um supervisor de tráfego da antiga São Paulo Railway (SPR) chamado Antônio Baltazar Fidélis. 


Francisco Morato

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Entrada da Estação, uma das mais movimentadas da linha
Saindo de Franco da Rocha, chegamos a Francisco Morato. A cidade está localizada entre a Megalópole de São Paulo e o interior paulista. A cidade se emancipou de Franco da rocha em 1965 e tem o seu nome homenageando o xará de Franco da Rocha, o advogado e jurista Francisco Antônio de Almeida Morato (1868 - 1948). Ele foi um proeminente advogado que fundou e presidiu a Ordem dos Advogados de São Paulo. Foi também membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, professor da Faculdade de Direito da USP e deputado federal. Além da cidade, nomeia uma importante avenida na Zona Oeste de São Paulo. A cidade hoje depende muito da estação de trem, já que boa parte da cidade trabalha fora da cidade e a cidade depende do comércio. Tornou-se uma cidade-dormitório e é uma das mais carentes da Região Metropolitana. A estação é normalmente o ponto final da linha, pois o resto da viagem é feito em outro trem. Os modelos que serão usados mais para frente são mais antigos e com intervalos de partida maiores. Rumo ao interior.

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Vista da Cidade
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O Político Francisco Morato, que empresta o seu nome à cidade.

Botujuru

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Estação Botujuru.
Quase 7 km depois, chegamos a estação Botujuru. Pelo caminho, passamos pelo túnel que liga a estação Botujuru a Francisco Morato e é conhecido por sua lenda fantasmagórica. Mas histórias de assombrações à parte, o nome da estação localizada em Campo Limpo Paulista, inaugurada em 1908 e é um nome de origem tupi-guarani e significa "boca do vento" ou "garganta por onde passa o vento".

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O túnel de Botujuru, do qual a lenda conta.


Campo Limpo Paulista

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Plataforma da Estação.
A estação localizada no centro da cidade e inaugurada em 1881, no tempo em que a cidade pertencia a Jundiaí. O nome da cidade e da estação tem a mesma origem que o bairro Campo Limpo, da cidade de São Paulo, que já foi explicada na matéria sobre a Linha 5 (clique no nome para descobrir), mas foi adicionado um Paulista para diferenciar. As margens do Rio Jundiaí, a cidade que se emancipou de Jundiaí em 1965 depende do setor de serviços e da indústria.

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Vista da cidade, a primeira do interior.


Várzea Paulista

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Plataforma de embarque da estação
Mais seis quilômetros depois, chegamos a estação de Várzea Paulista, homônima a cidade. A cidade foi fundada em 1867, mas emancipou-se de Jundiaí em 1965 e a estação foi inaugurada em 1881. O então distrito que se chamava Secundino Veiga, um jornalista da região, passou a se chamar Várzea Paulista devido a várzea do Rio Jundiaí. As várzeas são as regiões planas localizadas próximas dos rios, que durante o período de chuvas, alagam. Nas épocas secas, em São Paulo, regiões como essas permitiram a construção de campos de futebol chamados de "Campos de Várzea", a principal diversão de muitos bairros até hoje (sobretudo nas periferias). Mas voltando a cidade, Várzea Paulista se tornou conhecida por ser a maior exportadora de orquídeas do país e possui o maior Orquidário da América Latina, além de possuir diversas indústrias e além disso, é uma das cidades mais limpas de São Paulo, tratando 92% de seu esgoto.

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Vista da Cidade de Várzea Paulista.


Jundiaí

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Entrada da estação, que conserva muito do prédio original
E finalmente chegamos a cidade de Jundiaí, de onde saia o café para chegar ao Porto de Santos. Localizada no bairro de Vila Arens, a estação ainda conserva o prédio original de 1867 e é o ponto final dos trens que saem de Francisco Morato, embora alguns trens venham direto de São Paulo. A estação também faz parte do Expresso Turístico, que liga a estação da Luz a Jundiaí sem paradas. Falando um pouco do nome da estação e da cidade, Jundiaí é o nome do rio que banha a cidade e na língua Tupi significa "rio dos Jundiás", sendo jundiá uma denominação regional ao bagre, peixe comum na região. A cidade é atualmente o centro da região entre São Paulo e Campinas. Atualmente, a cidade é considerada uma das melhores do Estado para se viver (4° maior IDH do Estado) e conta com grandes empresas e indústrias em seu território, graças a sua localização estratégica e por ser cortada por importantes rodovias como a Anhanguera e Bandeirantes, além de ser conhecida como Terra da Uva, devido as suas famosas vinícolas. 

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Vista de Jundiaí, conhecida por sua qualidade de vida e crescimento.

Pronto galera, fomos até o interior de São Paulo nesta viagem. Mas essa foi só a segunda viagem pelas linhas da CPTM. Então é isso galera, até mais! 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A Origem dos nomes das estações das Linhas da CPTM: Linha 9 - Esmeralda

Oi amigos, há quanto tempo. Faz tempo que vocês me viram escrever aqui. Fiquei muito tempo fora por diversos fatores: faculdade mais pesada que nunca, estágio e imprevistos que não me permitiram postar nada aqui no blog. Agora que estou de férias da faculdade, estou com um tempo maior para me dedicar a este blog aqui. E quero agradecer a você leitor que sempre está presente, pois mesmo na minha ausência, os números do blog continuam subindo.
Pois bem, a matéria de hoje será sobre um velho assunto, mas com novos protagonistas. Lembram-se das matérias a respeito da origem dos nomes das estações de metrô? Pois bem, um ano depois dessa série, vou fazer uma nova série de reportagens a respeito das estações de trem da CPTM, que passam por boa parte da região metropolitana de São Paulo, exceto esse fim de mundo chamado Guarulhos. Isso até agora, pois a nova linha da CPTM (13 - Jade) será aqui dentro de pouco mais de 20 anos pelo caminhar da carruagem.
Brincadeiras a parte, as linhas da CPTM são herdeiras das grandes ferrovias que no fim do século XIX e começo do século XX transportavam a economia do país, que se resumia basicamente a café. Os trechos nas cidades foram reaproveitados tempos depois para o transporte de passageiros. A CPTM possui atualmente 6 linhas em operação e como já dito, mais uma linha em construção. Apesar da ordem das linhas, já que a primeira é a Linha 7 - Rubi, começarei pela Linha 9 - Esmeralda pelo simples motivo de que eu quis e também por ser a linha que mais utilizo, já que meu estágio fica próximo (mais ou menos) de uma de suas estações.
A Linha 9 pode ser considerada uma das mais modernas da linha, já que possui o menor intervalo regular entre os trens na plataforma (menos de 5 min) e trens novos e em bom estado. Quase um metrô, tão lotado quanto (especialmente a estação Pinheiros). A linha é um dos ramos da antiga Ferrovia Sorocabana, que ligava o Interior do Estado ao Porto de Santos. Essa ramificação facilitava o acesso de quem estava na Capital a Santos. A linha foi inaugurada em 1957 e liga a cidade de Osasco com o extremo sul da Capital, embora ela esteja em expansão atualmente. Outrora chamada de Linha C- Celeste, a linha foi assumida pela CPTM em 1994 e as estações da linha foram reformadas e reinauguradas, e a bitola da linha que era métrica (1,00m) passou para 1,60 m, além da mudança de nome para uma pedra preciosa.
Pois bem galera, feita a apresentação da linha que anda em paralelo em quase toda a sua com o Rio Pinheiros, eis que vamos saber um pouco mais do que as estações tem a revelar mais sobre a história do lugar onde estão localizadas ao longo dos seus 32,9 km.

Grajaú

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Interior da estação Grajaú
A primeira estação da nossa viagem. A estação mais ao sul entre todas do sistema, ela atende ao distrito mais populoso da cidade. O Grajaú tem 500 mil habitantes e que dependem da estação para irem ao resto da cidade, já que o distrito está distante até mesmo de Santo Amaro. A estação, a mais recente da linha (inaugurada em 2008), tem seu nome derivado do tupi-guarani e significa "Rio dos Carajás". Ainda que o distrito fique longe dos grandes centros, ele vem se desenvolvendo e recebendo grandes investimentos para infraestrutura. Além da estação, o distrito conta com um Terminal da SPTRANS e integrado a estação. Por enquanto, é a primeira estação da linha, já que outras duas estações estão em construção e mais ao sul: Mendes-Natal e Varginha.

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Grande avenida do Grajaú

Primavera - Interlagos

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Entrada da estação
Inaugurada junto da estação do Grajaú em 2008, a estação atende aos dois bairros que dão nome a esta estação. São eles o Jardim Primavera e o bairro de Interlagos. O nome Interlagos significa "entre lagos", já que está entre as represas Guarapiranga e Billings, que são responsáveis por parte do abastecimento de água da cidade de São Paulo.
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Vista do Bairro de Interlagos.

Autódromo

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Plataforma da Estação.
O nome é uma referência um tanto óbvia: o autódromo de Interlagos, oficialmente chamado de José Carlos Pace, que dentre tantos eventos, recebe anualmente o GP do Brasil de Fórmula 1. Buscando facilitar o acesso de quem vai ao autódromo, a estação foi inaugurada em 2007 e foi uma das primeiras estações consideradas modernas da CPTM. Em sua proximidade, fica a entrada para a ciclovia do Rio Pinheiros e diferente das outras estações da linha e da CPTM, é uma estação elevada.
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Autódromo de Interlagos, que recebe anualmente a F1.

Jurubatuba

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Entrada da estação.
Distante quase 4 km da estação Autódromo, essa estação está localizada no distrito do Campo Grande e foi por muitos anos o ponto final/inicial da linha. Junto das estações de Osasco e Presidente Altino, é uma das poucas da linha que possuem plataformas laterais (mas ao contrários das citadas, não possui plataforma central). O nome da estação faz referência ao Rio Jurubatuba, um dos rios que junto com o Rio guarapiranga, forma o rio Pinheiros. O nome Jurubatuba era o nome usado pelos indígenas para nomear o Pinheiros e o nome significa "Terra dos Jerivás", sendo que Jerivá é o nome de uma palmeira comum ao longo do rio e da cidade. O Rio Jurubatuba, também chamado Rio Grande, nasce na cidade de Rio Grande da Serra e o seu represamento forma a Represa Billings, a maior represa da Capital e concebida para armazenar água para a Usina Hidrelétrica Henry Borden, localizada em Cubatão. Embora ela seja hoje responsável por parte do abastecimento de água da Capital e de outras cidades vizinhas, a represa enfrenta um grave problema de poluição na maioria de seus braços.
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Rio Jurubatuba, que como outros rios paulistas, sofre com a poluição.

Socorro

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Exterior da estação.
A estação foi reinaugurada em 2000, mas é da década de 60. A estação localizada no distrito da Capela do Socorro recebe o nome do distrito e que dá nome a subprefeitura da região tem seu nome originado de uma pequena Capela dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro que ficava na região que era parte do antigo município de Santo Amaro. Essa representação de Maria é de origem grega e embora descoberta no século XV, era adorada já há muito tempo. É considerada a Virgem da Paixão. O bairro foi reduto de muitas famílias alemãs, que vieram no século XIX habitar a região. A região foi crescendo e por estar às margens da represa de Guarapiranga, 90% da região está localizada em área de proteção. Porém, muitas habitações irregulares (de baixo e alto padrão), ocupam irregularmente a região e prejudicam a qualidade da água da represa.
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Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
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Bairro do Socorro e na vista, a Represa de Guarapiranga
      

Santo Amaro

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Plataforma da estação.
Conectada a Linha 5 - Lilás, sua origem já foi explicada aqui

Granja Julieta

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Vista da estação da ciclovia do Rio Pinheiros.
A estação fica ao lado do bairro de mesmo nome, localizado na região de Santo Amaro. A estação, apesar de ter sido inaugurada em 2000, já existia desde a década de 50. A Julieta que dá nome ao bairro era esposa de um antigo proprietário de terras da região, o açoriano Manoel Justino de Almeida. Já o nome granja é provavelmente uma referência a antiga "Parada do Galinheiro" que existia na região na época da Companhia de Carris de Ferro de São Paulo a Santo Amaro, que ligava São Paulo a Santo Amaro. A região se converteu em uma área de classe-média alta ao longo dos anos.
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Bairro da Granja Julieta atrás da estação

Morumbi

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Entrada da estação.
Embora não tenha qualquer conexão com a futura estação São Paulo - Morumbi, o seu nome já foi decifrado aqui. Futuramente, terá conexão com a linha 17- Ouro, do Metrô. 

Berrini

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Estação Berrini e seu exterior ao lado da Marginal Pinheiros
É uma estação bastante frequentada pelo autor da matéria e de seus colegas de empresa, que também é recente (de 2000). Mesmo não ficando do lado da avenida de mesmo nome, fica próximo dela. O nome da estação e da própria avenida vem do Engenheiro Luis Carlos Berrini (1884-1949). Nascido em Petrópolis, no Rio de Janeiro, veio para São Paulo e se formou em engenharia civil pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Estudou nos EUA e por lá se formou em mecânica e elétrica, seguindo na área de motores e hidráulica. Se dedicou a uma empresa de parafusos que inaugurou, trabalhou na produção de café e na construção civil. Escreveu o livro "Análise Vetorial Elementar" e outras publicações para revistas especializadas. Por suas contribuições, virou o nome de uma avenida que estava começando em uma região pantanosa e desvalorizada no ano de 1965. Mas três arquitetos, Carlos e Roberto Bratke e Francisco Collet apostaram na região, que anteriormente ligava nada a lugar nenhum e que tinha muitas favelas. Isso na década de 70. Mas com o apoio da prefeitura com a operação urbana Água Espraiada, a região se desenvolveu rapidamente e se transformou em um importante centro empresarial e sede de muitas empresas multinacionais.

Avenida Luís Carlos Berrini com trânsito tranquilo



Vila Olímpia

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Plataforma da estação
A estação Vila Olímpia foi inaugurada em 2001 e fica próxima do bairro que lhe dá nome, além de próxima da Estação Elevatória da Traição. O nome do bairro é uma referência a cidade grega  de Olímpia e as Olimpíadas, sendo Olímpia a forma feminina de Olimpo, que significa "Montanha do Deuses". Claramente, uma referência ao Monte Olimpo, a montanha mais alta da Grécia (com 2917 m de altitude) e que segundo a mitologia grega, é a casa dos doze deuses principais. O bairro da Vila Olímpia, hoje um bairro nobre e conhecido pelas sua vida noturna agitada, foi um bairro pobre e com muitos alagamentos antes do problemas com alagamentos terem sidos resolvidos. Hoje, grandes centros comerciais, bares e prédios altos dominam a paisagem do bairro, embora próximo da estação haja um resquício do que fora o bairro antes: a Favela Funchal, oculta em meio a tantos prédios bonitos da região e pela polícia, com moradores mais antigos que outros do bairro. Desigualdades do nosso país, infelizmente.

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Os altos prédios dominam a paisagem da Vila Olímpia.

Cidade Jardim

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Entrada da Estação.
Inaugurada em 2000, a estação Cidade Jardim recebe o seu nome do bairro que fica na outra margem do Pinheiros. O bairro Cidade Jardim é conhecido por suas casas de alto padrão e por abrigar o Jóquei Clube de São paulo. O bairro foi criado na década de 1950, no lugar de antigas fazendas e seu nome vem do conceito dos chamados bairro-jardim ou cidade-jardim, criado pelo urbanista inglês  Ebenezer Howard no século XIX. A ideia era de cidade autônomas com um cinturão verde em volta e isolada das grandes cidades. O conceito influenciou muitos urbanistas pelo mundo, mas não foi totalmente bem adaptado, embora surgiram muitos bairros planejados dentro das grandes cidades, longes do centro, entre grandes avenidas e muito arborizados, os chamados bairros-jardim (ou garden city). Como o próprio bairro de Cidade Jardim e outros como o Morumbi, o Pacaembu, Higienópolis, Jardim América e Jardim Europa.

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O Jóquei Clube, o grande destaque da Cidade Jardim.

Hebraica - Rebouças

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Exterior da Estação
Também  inaugurada em 2000 e está localizada próximo ao Shopping Eldorado. Também leva um nome composto, sendo que Hebraica vem do nome de um clube, o Clube Hebraica, um ponto de encontro e de lazer inaugurado em 1957 com a intenção de ser voltado aos judeus paulistanos e está localizado próximo da estação. Já o nome Rebouças vem da avenida que liga a região da Paulista até a Marginal Pinheiros, mas no trecho entre a Marginal e a Avenida Brigadeiro Faria Lima, a via é bem menor em comparação com o restante da avenida. O nome vem de um dos maiores engenheiros civis brasileiros, André Rebouças, que já foi homenageado por esta página.
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Avenida Rebouças no cruzamento com a Faria Lima.

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Clube Hebraica, próximo a estação.

Pinheiros

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Entrada renovada.

Conectada com a estação de mesmo nome da Linha 4 - Amarela, sua origem já foi revelada aqui

Cidade Universitária

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Exterior da estação e a Passarela dos Estudantes, que liga a estação a Ponte Cidade Universitária
Passada a estação Pinheiros, chegamos a esta estação que possui um nome bem óbvio. A estação Cidade Universitária foi inaugurada em 1981 com o objetivo de facilitar o acesso dos estudantes da USP, localizada na Cidade Universitária, mesmo que ela fique longe de boa parte dela e ainda do outro lado do rio. A Cidade Universitária foi inaugurada em 1968, embora já fosse pensada desde a década de 30. É o principal campi da Universidade de São Paulo (USP), a principal universidade brasileira.

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Praça do Relógio, dentro da Cidade Universitária.

Villa Lobos - Jaguaré

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Exterior da estação.
A estação está localizado entre os seus dois nomes, embora se chamava Jaguaré até bem pouco tempo atrás. Na margem direito do Rio Pinheiros está localizado o Parque Villa Lobos, um dos maiores e mais frequentados da cidade. É administrado pelo governo do Estado e foi inaugurado em 1994 e logo virou um dos locais preferidos para o ciclismo. O nome do parque é uma homenagem ao compositor Heitor Villa Lobos (1887 - 1959), considerado um dos maiores nomes da música brasileira e o principal expoente da música durante o período do modernismo, misturando música erudita com música indígena e outras típicas do país. Indo agora para o outro nome, o nome Jaguaré faz referência ao bairro localizado na outra margem do Rio Pinheiros. O Jaguaré, que nomeia o distrito de mesmo nome, é um antigo bairro industrial projetado por Henrique Dumont Villares, que era dono da empresa e mesmo nome. Jaguaré significaria na língua tupi-guarani "local de muitas onças", já que o nome para onça em tupi-guarani era jaguar. Há outras origens para o nome, que poderia ser de outro animal ou mesmo significar "cão fedorento". Polêmicas a parte, o bairro que era até então uma fazenda virou um bairro industrial. As indústrias abandonaram o bairro pouco a pouco na década de 80, embora ainda existam muitas fábricas na região. O bairro pouco a pouco ficou mais residencial e comercial.

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Entrada do Parque Villa Lobos
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Compositor Villa Lobos.
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Vista do bairro do Jaguaré.


CEASA

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Interior da Estação
A última estação dentro da cidade de São Paulo é a do CEASA. A estação localizada no bairro da Vila Leopoldina tem no seu nome uma referência aos Centros de Abastecimentos que foram inaugurados pelo governo federal desde a década de 50. A CEASA era o antigo Centro Estadual de Armazenamento e após se fundir com a CAGESP (Companhias de Armazéns Gerais de São Paulo), virou a atual CEAGESP. O grande centro de distribuição de produtos do setor hortifrutigranjeiro centraliza boa parte do armazenamento dos produtos produzidos pelo setor no país e é um dos maiores do mundo. Apesar disso, há um plano de mudar o local da CEAGESP, que passaria a ficar no bairro de Perus. Mas a estação próxima a ela poderia guardar no futuro o que houve no local.

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Exterior da CEAGESP

Presidente Altino

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Plataforma da Estação.
A nossa viagem atravessa o Rio Pinheiros e sai de São Paulo rumo a Osasco. A primeira estação da cidade é a de Presidente Altino, localizada na avenida de mesmo nome e que se conecta com a Linha 8 - Diamante. O seu nome nome é a homenagem não a um presidente, do Brasil, e sim a um ex-governador de São Paulo. No século XX, os atuais Estados eram Províncias, com menos autonomia em relação ao governo federal e os governadores eram chamados de Presidentes das Províncias. O Presidente em questão era Altino Arante, nascido na cidade de Batatais e que foi o décimo governador do Estado de São Paulo, entre os anos de 1916 e 1920, sendo 1920 a inauguração da estação (a atual foi inaugurada no lugar em 1979) e Altino o escolhido para ser homenageado. A estação chegou a ser nomeada general Miguel Costa (falaremos mais sobre ele depois) entre 1930 e 1932, mas voltou ao nome original Além de governador, foi anteriormente Deputado Federal e também o primeiro presidente do antigo BANESPA, antigo banco público paulista, hoje privatizado. Outra homenagem a Altino Arantes muito famosa é o Edifício Altino Arantes, no centro de São Paulo e que era a sede do BANESPA e hoje, um mirante para se olhar São Paulo toda, já que é o terceiro maior prédio da cidade.

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O ex-governador Altino Arantes.

Osasco

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Entrada da Estação
A estação final da linha é a principal estação da cidade. Localizada no centro da cidade, ela é uma das mais antigas da linha e era parte da ferrovia Sorocabana, tendo sido inaugurada em 1895 (mas a atual estação foi inaugurada em 1979). A estação, bem como o nome da cidade, foi dada por um italiano chamado Antônio Agù, que era um grande empreendedor na época e considerado o fundador da cidade. O nome Osasco é o mesmo da cidade na Itália onde Anônio nasceu, sendo que a cidade era chamada de Vila de Quitaúna anteriormente. Apesar de ser considerado o fundador da cidade, Osasco só virou uma cidade em 1962. Anteriormente, era parte da cidade de São Paulo. Hoje se tornou uma das principais cidades do estado, com uma população de quase 700 mil habitantes e o segundo maior PIB do Estado de São Paulo. A estação também dá acesso a linha 8 - Diamante, juntamente com a anterior. Capital do cachorro-quente e tendo a sede de um grande banco no seu território, um conhecido time de vôlei feminino e a sede do SBT, a cidade recebe o ponto final da nossa viagem.
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A cidade de Osasco, na região de Piemonte, na Itália

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Vista aérea de Osasco