terça-feira, 25 de novembro de 2014

Breve análise da Copa América 2015

Olá amigos! Sabiam que 2015 será um ano cheio de competições entre seleções? Sim, teremos por exemplo a Copa Africana de Nações, a Copa Asiática e a Copa Ouro da Concacaf. E é claro, dentro do nosso continente, digo, de parte dele, teremos a Copa América entre seleções da América do Sul. Para não ser injusto, no ano do centenário da Copa América, que é em 2016, haverá um competição envolvendo toda a América, do Norte, Central e do Sul, que aí faz jus ao nome. Será a Copa América Centenário, que vai ser realizado nos EUA. Mas só irei comentar mais sobre ela no ano que vem.
Nos preocupemos com nossa competição doméstica daqui da Conmebol, uma entidade tão preocupada com nosso futebol. A Copa América ocorre a cada 4 anos, desde 2007, e reúne todas as seleções filiadas a Conmebol e mais duas seleções convidadas, geralmente da Concacaf (que reúne times da América do Norte, Central e do Caribe), mas seleções de mais longe já foram convidadas, como o Japão. Ano que vem, ela será realizada no Chile, que ganhou o direito que seria do Brasil, mas o nosso país decidiu por hospedar a competição em 2019. A competição ocorrerá entre os dias 11 de junho e 4 de julho, em 9 sedes com 8 cidades-sedes (Santiago com dois estádios , Valparaíso, Antofagasta, Viña del Mar, Concepción, Temuco, La Serena e Rancagua).
A expectativa da competição futura é que ela seja das mais disputadas de todas. Claro que seleções como a brasileira, argentina e uruguaia sejam naturalmente favoritas, mas seleções que até então eram consideradas medianas, como Chile e Colômbia, possam fazer bonito. Mas as outras seleções e até mesmo as convidadas, possam surpreender. Na Copa do Mundo deste ano, as seleções sulamericanas foram muito bem e apresentaram uma ótima evolução, com exceção do Brasil, que terá na competição a chance de dar a volta por cima depois da vexaminosa eliminação para a Alemanha.
As seleções são divididas em três grupos com 4 equipes. Classificam-se as duas primeiras e os dois melhores terceiros colocados. O atual detentor do título é a seleção uruguaia, que terá a difícil missão de manter o título e ainda ser a seleção que mais ganhou títulos da competição, num total de 15. Para se ter uma ideia, a Copa América é a competição continental mais antiga que existe, datando de 1916. Mais antiga  que a própria Copa do Mundo (1930) e até mais que a Eurocopa (1960, a primeira edição).
O sorteio para a definição dos grupos ocorreu ontem, em Viña del Mar. Cada pote continha 3 seleções, definidas pelo ranking da FIFA de outubro. O blog fará uma breve análise dos grupos e suas seleções, seus destaques e as expectativas para cada seleção no torneio.

Grupo A- Chile, México, Equador e Bolívia

O Grupo A contém os donos da casa como cabeça de chave e seleções que nunca ganharam o título. A seleção chilena vive um bom momento, já que fez uma boa Copa do Mundo, sendo eliminada pelo Brasil nos pênaltis e após perder grandes chances de gol. Sem contar a grande partida contra a Espanha. A torcida vai lotar os estádios e apoiar o time, considerada a melhor geração surgida na história, com destaques no futebol europeu como o meio-campo Arturo Vidal (Juventus-ITA), o atacante Aléxis Sánchez (Arsenal-ING) e o goleiro Cláudio Bravo (Barcelona-ESP). Além desses, há ainda outros bons jogadores como o zagueiro Gary Medel (Internazionale de Milão-ITA), o volante Charles Aránguiz (Internacional-BRA) e o atacante Eduardo Vargas (Napoli - ITA). Além de Aránguiz, outros dois jogadores chilenos atuam no Brasil: o mais do que conhecido Jorge Valdivia (Palmeira - BRA) e o lateral-esquerdo Eugenio Mena (Cruzeiro- BRA). O grande responsável pela boa fase da seleção é o treinador argentino Jorge Sampaoli, ex-técnico da Universidad do Chile. O treinador corrigiu os problemas defensivos que o Chile tinha com o antigo treinador, o compatriota Marcelo Bielsa, mas sem esquecer de atacar com grande velocidade. Por jogar em casa e estar numa boa fase, é favorito a se classificar em primeiro. 
A seleção equatoriana evoluiu muito neste atual século, participando de todas as Copas do Mundo, menos a de 2010. Muito se deve ao fator casa, graças aos 2800 metros de altitude na casa da seleção, em Quito. Mas também deve-se a evolução de seus jogadores, que passaram a jogar em grandes ligas europeias e da própria liga local, tanto é que o futebol equatoriano ganhou sua primeira Libertadores em 2009 com a LDU. Mas apesar disso, a seleção Equatoriana não apresenta ainda grandes destaques no futebol europeu, sendo o maior destaque o meia Antonio Valencia (Manchester United-ING), que não participará da competição. Mas há jogadores com potencial de se destacarem como os meias Cristian Noboa (PAOK -GRE), Jefferson Montero (Swansea-ING) e o atacante Enner Valencia (West Ham-ING), além de jogadores que atuam no país como o atacante Miller Bolaños (Emelec). A seleção equatoriana conta com o argentino naturalizado boliviano Gustavo Quinteros, ex-treinador do Emelec. Lutará para se classificar na terceira colocação, mas pode surpreender uma seleção mais forte, como direi abaixo. Mas vai depender se esta seleção não trouxer um time alternativo.
A seleção mexicana participa mais uma vez como convidada. Mas é um convidado, digamos, indesejado, já que sempre faz boas campanhas. Porém, tal como em 2011, a expectativa é da seleção mexicana jogar com um time mais jovem e que atue na liga local. Isso se deve ao fato dos mexicanos valorizarem a Copa Ouro da Concacaf, que começará três dias depois do fim da Copa América. Apesar do México não contar com os bons jogadores que atuam fora do país, como o goleiro Guillermo Ochoa (Málaga-ESP), o atacante Javier Hernández (Real Madrid-ESP) e os meias Andrés Guardado (PSV-HOL) e Hector Herrera (Porto-POR). A equipe que virá para cá conta com jogadores da liga local, sendo o grande destaque o meia Marco Fabián (Chivas Guadalajara), além de jogadores experientes que jogam fora do país como o defensor Rafa Márquez (Hellas Verona - ITA). O técnico será a figuraça Miguel Herrera, que fez sucesso na última Copa com suas caras e bocas. O México pode se classificar em segundo ou ficar em terceiro, mas não se classificar. Tudo vai depender do time que Miguel Herrera levará para o Chile, já que na última Copa América, o time ficou em último lugar e perdeu todas as partidas levando um time sub-23. Em compensação, ganharam a Copa Ouro de 2011.
Para fechar o grupo, a seleção boliviana. A seleção da Bolívia sempre é tida como a pior do continente. Participaram de duas Copas (1930 e 1994) e só fizeram um gol nelas. Em Copas América, a seleção boliviana já ganhou uma edição no distante ano de 1963, disputada em casa. A Bolívia sempre teve grande vantagem em atuar nos mais de 3600 metros de altitude de La Paz, algo que a Fifa tentou proibir. Mas Maradona ignorou e não via problemas, até a Argentina ser goleada lá. Bom, histórias a parte, a seleção boliviana não tem grandes expectativas, podendo no máximo se classificar em terceiro. Os destaques do time são os atacantes Marcelo Moreno (Changchun Yatai - CHI) e o paraguaio naturalizado boliviano Pablo Escobar (The Strongest), conhecidos do torcedor brasileiro. O treinador boliviano é o ex-técnico do Blooming Mauricio Soria.

Equipes Base:
Chile: Bravo, Jara, Silva e Medel; Isla, Díaz, Aránguiz, Vidal e Mena; Sánchez e Vargas.
Equador: Domínguez, Paredes, Erazo, Achilier e Ayoví; Noboa, Lastra e Montero; Martínez, Bolaños e Valencia.
México: J. Corona, Valenzuela, Márquez, Domínguez, Belardes e Flores; Medina, Aquino e Fabián; Esqueda e R. Jiménez.
Bolívia: Quiñónez, Rodríguez, Eguino, Zentenos e Morales; Bejarano, Chumacero (Gamarra), Smelberg-Dalence, Lizio e Escobar; Moreno.


Sánchez, Valencia, Ochoa e Moreno, os destaques de suas seleções.

Grupo B - Argentina, Uruguai, Paraguai e Jamaica

Dentre os grupos da Copa América, esse talvez seja o da "morte". Reúne três campeões da competição e dois campeões mundiais. E os dois campeões mundiais são os maiores vencedores desta competição. O Uruguai tem um título a mais e é o atual campeão. A Argentina vem logo atrás com 14 e o Paraguai possui 2. Já a Jamaica faz sua estreia no torneio, sem delongas.
A Argentina, a cabeça de chave, é uma das grandes favoritas para ganhar o torneio. Para se ter um ideia, o último título argentino em competições foi em 1993,justamente um Copa América, ou seja, um grande tabu de mais de 22 anos precisa ser derrubado. Não foi na Copa, quando foi vice, mas teve chances de ganhar o jogo da Alemanha. Mas no continente, Messi e cia terão trabalho na primeira fase contra dois adversários tradicionais (Uruguai e Paraguai), mas certamente serão os primeiros da chave. Embora os destaques da equipe estejam no ataque, como o próprio Lionel Messi (Barcelona-ESP), Ángel Di María (Manchester United - ING), Sergio Agüero (Manchester City - ING)  Carlitos Tévez (Juventus - ITA), a equipe demonstrou ser bem montada na defesa, contrariando as expectativas. A defesa argentina foi comandada pelo zagueiro-volante Javier Mascherano (Barcelona - ESP), com a ajuda dos bons defensores Marcos Rojo (Manchester United - ING) e Ezequiel Garay (Zenit - RUS). A seleção trocou o comando técnico após a Copa, saindo Alejandro Sabella para entrar Gerardo Martino. Martino manteve boa parte do time da Copa e busca novos jogadores, o que não será muito difícil, pois assim como o Brasil, a Argentina sempre tem boas renovações. Mesmo perdendo para o Brasil no pós-copa e para Portugal, a Argentina goleou a seleção alemã na casa do adversário sem o principal jogador. Uma boa prova de que a Argentina não é dependente de Messi.
O Uruguai luta para defender o título. Depois de muitos anos, o principal jogador da equipe na Copa de 2010, Diego Forlán deu adeus à seleção. Após a classificação heroica para a segunda fase da Copa passada, a seleção uruguaia foi eliminada pela Colômbia. E mostrou que agora é dependente do craque Luiz Suárez (Barcelona - ESP). Luisito foi suspenso após a mordida no italiano Chiellini e ficou 4 meses afastado do futebol. Embora foi um dos destaques da grande temporada do Barcelona, não irá jogar a Copa América por causa da suspensão em partidas oficiais da seleção. Sendo assim, a equipe aposta no excelente centroavante Edinson Cavani (Paris Saint German - FRA), o zagueiro Diego Godín (Atlético de Madrid - ESP) e o lateral-esquerdo Álvaro Pereira (Estudiantes - ARG) para a competição. A equipe uruguaia certamente passará de fase, mas não pode vacilar e classificar-se na bacia das almas, como foi para as duas últimas Copas nas repescagens. A equipe comandada por Óscar Tabárez há 8 anos precisa ainda encontrar um meio-de-campo ideal, pois a equipe tem problemas com meias-armadores. Mas quem sabe a revelação Giorgian De Arrascaeta (Cruzeiro - BRA) não possa ser a solução.
A seleção paraguaia sempre complicou para os adversários mais fortes. Mas após a Copa América passada, quando foi vice-campeã empatando quase todos os jogos e perdendo na final para o Uruguai. Após a saída de Gerardo Martino do comando da seleção, o Paraguai passou por três trocas de técnico nos últimos três anos. O atual técnico é o argentino Ramón Díaz, ex-treinador do River Plate. As trocas de treinador fizeram o Paraguai ter o pior desempenho do país nas eliminatórias, ficando em último lugar, atrás mesmo até de seleções mais fracas tradicionalmente, como Bolívia e Venezuela. Os destaques ficam por conta dos jogadores experientes e bastante conhecidos por aqui, como o centroavante Roque Santa Cruz (Cruz Azul - MÉX), o goleiro Justo Villar (Colo-Colo -CHI) e o meia Victor Cáceres (Flamengo - BRA). Um jogador que pode surpreender é o atacantes Derlis González (Basel - SUI). Equipes paraguaias chegaram nas duas últimas finais da Libertadores, sendo elas o Olímpia e o Nacional, que podem revelar bons nomes para o futuro da seleção. terão de provar na Copa América, se podem ficar com a terceira vaga do grupo.
Por fim, temos a seleção jamaicana, convidada pela entidade organizadora do torneio. Ao contrário da seleção mexicana, a seleção da Jamaica não tem muito o que acrescentar. Ao contrário do atletismo, que rende fama ao esporte do país, o futebol não tem muita importância na Jamaica. Mas a ilha do Caribe já se classificou para uma Copa do Mundo, isso em 1998 com o treinador brasileiro Renê Simões, que virou ídolo no país. Os jamaicanos foram eliminados, mas pelo menos venceram um jogo contra o Japão. Embora a equipe treinada pelo técnico alemão  Winfried Schäfer (ex-treinador de Camarões) tenha sido campeã da última Copa do Caribe, em termos mundiais ainda não é muito significativo. Os principais jogadores jogam na Europa, com destaques para o zagueiro Wes Morgan (Leicester City - ING), o também zagueiro Daniel Gordon (Karlsruher - ALE) e o atacante Girles Barnes (Houston Dynamo - EUA). No mais, a maioria dos jogadores atuam em ligas europeias de menor expressão e na MLS (principal divisão do futebol dos EUA). Como a Jamaica irá disputar a Copa Ouro da Concacaf, tal como o México, não se sabe se estes jogadores virão ou será com um time alternativo. Mas de qualquer forma, o time não teria muitas chances num grupos com três seleções fortes como o Grupo B. Mas vai que a história com a Costa Rica se repita com os Reggae Boys...

Equipes Base:
Argentina: Romero (Andújar), Zabaleta, Garay, Otamendi (Demichellis) e Rojo; Mascherano, Bánega e Pastore; Messi, Di María e Aguero.
Uruguai: Muslera, M. Pereira, J. Giménez, Godín e A. Pereira; Arévalo, González, Lodeiro e Rodríguez (Sánchez ou De Arrascaeta); Rolan e Cavani.
Paraguai: Villar, Piris (M. Cáceres), Da Silva, P. Aguilar (Balbuena) e Samudio; V. Cáceres, Ortiz e Ortigoza; Benítez, Haedo Váldez e Santa Cruz.
Jamaica: Kerr, Mariappa, Gordon e Morgan; Austin, Watson, McCleary e McAnuff; Lawrence, Gordon e Mattlocks


Messi, Santa Cruz, Suárez e Morgan, os grandes nomes no momento de suas seleções.

Grupo C- Brasil, Colômbia, Peru e Venezuela

O Grupo C pode ser chamado o grupo da "morte", embora o grupo não tenha seleções tradicionalíssimas, isso sem o Brasil, tem seleções em melhor fase. Sabe-se que o grupo terá jogos bem equilibrados, com uma grande seleção querendo se recuperar após sofre a sua maior derrota na história, ainda atuando em casa contra seleções que vivem boas fases e querem ir além nesta competição.
A começar pelo sempre favorito, a seleção brasileira. Após a goleada histórica sofrida para a Alemanha, a seleção brasileira apresenta uma renovação e uma certa evolução em relação ao desempenho na Copa. A saída de Felipão e o retorno de Dunga causaram uma certa revolta. Mas o Brasil voltou a jogar bem os últimos amistosos, com destaques para a vitória sobre a Argentina e vitórias contra a rival deste grupo, a Colômbia. O Brasil conta com bons jogadores para todas as posições, mas o atacante Neymar é o que vive melhor momento. jogando bem pela seleção brasileira e pelo Barcelona. Mas o Brasil não pode depender só de Neymar. Apesar do destaque ao craque brasileiro, outros jogadores vem conquistando seu espaço como os meias Oscar e William do Chelsea, o zagueiro Miranda (Atlético de Madrid - ESP) e o atacante Diego Tardelli (Shandong Luneng - CHI)). Há outros jogadores que já há algum tempo se destacam, como o zagueiro David Luiz (Paris Saint German - ESP) e outros que podem ajudar a equipe e voltar bem, como o meia Philippe Coutinho (Liverpool - ING). A expectativa do time que só foi vazado em cobrança de pênalti contra a Áustria depois de tomar 10 gols em 2 jogos na Copa melhorou para a Copa América. Mas o torcedor ainda tem desconfiança e a seleção quer usar a Copa América para provar que o Brasil se redimir. Mas terá que superar os cortes de três jogadores tidos como titular: o volante Luiz Gustavo (Wolfsburg - ALE), de Oscar e do lateral Marcelo (Real Madrid - ESP).
A Colômbia promete complicar o caminho da seleção brasileira. Embora tenha perdido os dois últimos jogos contra o Brasil, a Colômbia vive um bom momento e quer mostrar a que veio na Copa América. A equipe do técnico argentino José Pekerman, que já foi campeã do torneio em 2001, mostrou na Copa um ótimo futebol, bem técnico e bem organizado taticamente. A equipe foi eliminada pelo Brasil, mas complicou a vida da seleção. Dentro de campo, os responsáveis pela boa fase da seleção colombiana são os meias Juan Cuadrado (Chelsea - ING) e James Rodríguez, uma das estrelas do Real Madrid da Espanha. No ataque, conta com bons nomes como Jackson Martínez (Porto-POR), Teófilo Gutiérrez (River Plate - ARG), Carlos Bacca (Sevilla - ESP) e o goleador Radamel Falcão Garcia (Manchester United - ING). A equipe colombiana é favorita para passar, seja em segundo ou até em primeiro lugar. Uma eliminação seria frustrante para um time que possui alguns nomes estrelados no futebol europeu.
O Peru já viveu grandes dias, especialmente nos anos 70 quando atuava Teófilo Cubillas, um dos grandes jogadores sulamericanos. Após a saída de Cubillas, o Peru nunca mais foi a Copa (a ultima foi em 1982). Nas competições sulamericanas, ganharam suas Copas América em 1939 e 1975, fazendo poucas campanhas de destaque. Mas na edição passada, chegaram em 3° lugar, surpreendendo as expectativas. O destaque da seleção peruana, que inclusive foi o artilheiro da edição passada foi Paolo Guerrero (recém contratado pelo Flamengo), muito bem conhecido por aqui, especialmente pelo seu ex-clube, no qual foi campeão mundial. Outros destaques da seleção comandada pelo argentino Ricardo Gareca (ex- Palmeiras) são o zagueiro Carlos Zambrano (Eintracht Frankfurt - ALE), o meia-atacante Jefferson Farfán (Schalke 04 - ALE) e o atacante André Carrillo (Sporting Lisboa - POR). Vale destacar também os experientes Juan Vargas (Fiorentina - ITA) e Claudio Pizarro (Bayer de Munique - ALE). A seleção peruana pode até surpreender, mas ficará com a terceira vaga do grupo, caso passe como um dos melhores terceiros. Mas vai ter um rival a altura pela vaga.
A Venezuela melhorou bastante nos últimos anos. Mesmo sendo o único país sulamericano em que o futebol é o 2° esporte em popularidade (perdendo para o Beisebol), a Venezuela deixou de ser o saco de pancadas das seleções do continente. Embora a seleção venezuelana seja a única da América do Sul que jamais foi a Copa, esteve perto de ir para a de 2014. Além disso, a seleção vinho tinto fez uma boa Copa América passada, sendo a 4°colocada. Mas apesar disso, pegou um grupo complicado e a equipe dirigida por Noel Sanvicente não vem tendo bons resultados este ano. Apesar disso, a seleção venezuelana  tem condições de surpreender os adversários, mas vai ter que contar com seus destaques em dias inspirados. Entre eles, o bom atacante Salomón Rondón (Zenit - RUS) e o experiente meia Juan Arango (Tijuana - MEX). Apesar de sua crescente, a seleção venezuelana vai disputar com o Peru uma terceira vaga no grupo.

Equipes Base:
Brasil: Jefferson, Danilo, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Fernandinho, Elias (Fabinho), Philippe Coutinho e William; Neymar e Roberto Firmino (Diego Tardelli).
Colômbia: Ospina, Zuñiga (Arías), Zapata, Murillo (Franco) e Armero; Sánchez, Valencia (A. Mejía), Cuadrado e J. Rodríguez; Falcão e Martínez (Bacca).
Peru: Gallese (Penny), Advíncula, Zambrano, J. Sánchez e Céspedes (Yotún); Balón, Lobatón (Hurtado), Farfán, Ascues (Vargas) e Cuevas; Guerrero.
Venezuela: Baroja, Rosales, Vizcarrondo, Amorebieta e Cichero; Guerra, Seijas, Arango, Rincón e Martínez; Róndon.


Neymar, James, Guerrero e Rondón, os destaques e goleadores de suas seleções.

Ainda tem tempo para o dia 11 de junho de 2015, quando o jogo Chile e Equador abrirá a Copa América. A seleção brasileira vai estrear pelo torneio no dia 14, contra o Peru em Temuco. Até lá, não saberemos como será a convocação das seleções, mas certamente grandes craques, bons lances e aquela garra em campo vão marcar a competição. Tudo pelo título e uma vaga na Copa das Confederações da Rússia em 2017. Até la, muito chão vai ter que ser percorrido.


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Uma homenagem aos engenheiros negros

Hoje, 20 de novembro se celebra o dia da Consciência Negra. A data foi escolhida em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo de Palmeires, que lutou contra a escravidão no longínquo séc. XVII, mas acabou morrendo nesse mesmo dia pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.
Apenas mais de 200 anos depois da morte de Zumbi, foi assinada a Lei Aúrea, que libertou os negros. Mas não os integrou completamente a sociedade e uma grande dívida se formou para seus descendentes a ser paga. Na educação, as Cotas, um tema para lá de polêmico. Mas de certa forma, o número de negros aumentou nas universidades brasileiras nos últimos anos.
Mas antes mesmo de Cotas, libertação de escravos e inclusão social, dois engenheiros negros e baianos se destacavam no Brasil Império. E hoje, o blog presta homenagem a esses dois grandes homens, que tem seus nomes bem conhecidos por ruas, avenidas e cidades do país.

André Rebouças

Retrato de André Rebouças

O baiano André Pinto Rebouças nasceu no ano de 1838, na cidade de Cachoeira (BA). Era filho de um famoso jurista e deputado, Antônio Rebouças e de Carolina Pinto. Teve como irmão, o também engenheiro Antônio Rebouças Filho.
Com 16 anos, a sua família se mudou para o Rio de Janeiro, então a capital do Brasil. Em 1860, ele se forma como Engenheiro Militar pela hoje Escola Politécnica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e após um ano, vai para Europa junto do irmão, afim de se especializar em Engenharia Civil.
Volta ao Brasil e atua como Engenheiro Militar na Guerra do Paraguai. Passado a guerra, volta a vida civil participando de obras de melhorias nos esgotos da capital carioca e nas obras de portos e docas do Rio. Junto de seu irmão, foram os primeiros engenheiros brasileiros a utilizarem o concreto armado na década de 1870, em uma ponte de Piracicaba.
O irmão de André, Antônio, falece em 1874, nas obras da ferrovia Curitiba-Paranaguá, cujo o idealizador foi o próprio. Após isso, André Rebouças ocupou cargos administrativos e se dedicou a causa abolicionista, junto de outros intelectuais como José do Patrocínio e Machado de Assis.
Simpatizante da Monarquia, André Rebouças deixa o país após a queda do Imperador Dom Pedro II, em 1889 e parte junto deste para a Europa. Após a morte de Dom Pedro II, André Rebouças trabalha por pouco mais de um ano em Angola. Volta para Portugal, onde tem um trágico fim. Acabou se suicidando em 1898, na cidade portuguesa de Funchal, deprimido e se atirando de um penhasco. Embora teve um triste fim, Antônio Rebouças foi eternizado na nomenclatura da Avenida Rebouças em São Paulo e na cidade de Rebouças, no Paraná.


Teodoro Sampaio


Retrato de Teodoro Sampaio

Nascido em 1855, na cidade de Santo Amaro da Purificação (BA), Teodoro Fernandes Sampaio era filho de uma escrava. Não se sabe ao certo quem era o seu pai, mas o mais provável era de um padre que lhe emprestou o nome. Foi separado de sua mãe aos 10 anos, e foi para São Paulo e depois disso, foi para o Rio de Janeiro concluir os estudos.
Graduado em Engenharia no ano de 1877, pela mesma Escola Politécnica do Rio De Janeiro, iniciou sua carreira ainda estudante, em 1875, como desenhista do Museu Nacional. Após se formar, consegue a alforria (libertação) de seus irmãos ainda escravos. Teodoro nunca chegou a ser escravo, por ser filho de branco.
Torna-se o único brasileiro no meio de engenheiros estadudinenses, na comissão hidrológica nacional, em 1879. Mas conviver com os gringos não era problema, pois Teodoro era um homem culto e falava fluentemente várias línguas. Participa da construção da ferrovia São Francisco-Salvador, que ligava a cidade de Salvador até Alagoinhas, cidade as margens do Rio São Francisco. Integra também, em 1886, a primeira comissão de levantamento geológico em São Paulo. Foi o primeiro engenheiro a utilizar a geodésia, que estuda o terreno com base no formato redondo do planeta. Isso tornou os seus levantamentos topográfico mais precisos.
Após isso, tornou-se um dos fundadores da Escola Politécnica de São Paulo (hoje, a POLI-USP) e do Instituto Geográfico de São Paulo. Depois de passar por São Paulo, volta ao seu estado natal e contribui para o atual urbanismo da cidade de Salvador, bem como é responsável pelo sistema de esgoto soteropolitano. Tornou-se deputado federal pelo Estado da Bahia em 1926 e 1928. Acabou falecendo em 1937, no Rio de Janeiro.
Teodoro Sampaio acabou também por influenciar o escritor Euclides da Cunha no seu livro Os Sertões, já que Sampaio ajudou Cunha na descrição da topografia, relevo e clima. Teodoro foi acima de tudo, um brasileiro que acreditava no potencial do país. Hoje, seu nome está em uma famosa rua de São Paulo, duas cidades (em SP e na BA) e também na dupla, Teodoro e Sampaio.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Aos Palmeirenses, meus parabéns!

Hoje é o dia da bandeira, vocês sabiam disso? Talvez sim, pois ainda temos patriotas por aqui, pedindo golpe militar e separação do Sul e de São Paulo do resto do país. Mas não falarei dessas questões por aqui, por enquanto. Hoje, dia 19 de novembro de 2014 é o dia de felicidade para um dos menores (desculpa, maiores tava brincando) times do Brasil. Hoje, o Palmeiras inaugura sua nova arena, considerado o melhor estádio do país e sem dúvidas, o mais bonito também.
O Palmeiras pode não estar vivendo seus melhores dias, lutando para não ir de novo para a Série B e tendo graves problemas internos. Mas apesar dos problemas, o clube se orgulha de estar inaugurando hoje o melhor estádio do país e da América Latina (e até se comparando aos melhores europeus). A Allianz Parque, nome escolhido pelos torcedores como um das sugestões feita pela empresa que batiza o nome do estádio por 20 anos, terá capacidade para 43.600 pessoas, com todos os lugares com cadeiras e cobertos. Os lugares terão vista para todo o campo, sem pontos cegos. Terá também 160 camarotes para 2800 pessoas, área de imprensa para 1000 jornalistas, capacidade de 55 mil pessoas em shows e outros espetáculos, restaurante, lojas, lanchonetes, centro de convenções e escadas e elevadores de acesso rápido aos anéis superiores. Além do estádio, estrá pronto também a nova sede administrativa do clube, um ginásio poliesportivo com capacidade para 1500 espectadores, um memorial do clube, um anfiteatro com capacidade para 12000 pessoas atrás de um dos gols e por fim, piscinas por fora do estadio, mas dentro de todo o complexo.
A nova arena demorou pouco mais de 4 anos para ficar pronta, desde o fechamento do antigo Parque Antártica e sua demolição para dar lugar ao novo empreendimento. Em 2011, os primeiros pilares foram instalados, dos 400 que sustentam a estrutura do estádio. Em 2012, a cobertura começou a ser instalada e no ano passado, os acordos de naming rights pela Allianz (mesma empresa que dá nome ao estádio do Bayer de Munichen)  e o acordo do Palmeiras com a AEG, empresa multinacional de administração de estádios e com a WTorre, que também vai administrar o estádio, além de ter sido a construtora responsável pela obra.
O estádio usa materias que dão destaque a sua fachada, como o aço inox. A cobertura está totalmente integrada a fachada, sem pilastras, o que facilita a circulação dos torcedores pela arena. A cobertura está acima de 33 m do nível do solo, que em torno do campo é constituída de policarbonato, com o objetivo de ter uma máxima insolação no gramado. A estrutura da cobertura, desenvolvida pela Usiminas, deixa o torcedor mais confortável em relação a temperatura e reduz o ruído externo. Além disso, permite que a o grito da torcida seja ouvido com maior volume (ou seja, a cantoria seria total). Durante a obra, mais de 1200 operários trabalharam simultaneamente para deixar tudo pronto. Infelizmente, um deles faleceu no ano passado, em um acidente durante a execução das obras para a estrutura da cobertura.

Vista interior da Arena. (Foto de Setembro de 2014)
O estádio teve na sua construção um reaproveitamento de 20 mil m³ de cimento e 4 mil toneladas de aço. O entulho do estádio antigo serviu para a obra do estádio do Corinthians (Arena Itaquera), o que serviu de piada para os rivais, mas dentro da ótica da engenharia, foi um grande ideia para o reaproveitamento do entulho. Torneiras que economizam água, um sistema de captação de água com mais de 23 mil m² que permite o reuso da água da chuva e remanejo de árvores fizeram parte das obras. O estádio também vai permitir a acessibilidade com pessoas com deficiência, tendo 1400 lugares para deficientes físicos, 66 banheiros acessíveis, 396 espaços para cadeirantes e 754 assentos para pessoas com mobilidade reduzido. Sem contar os 255 assentos para obesos e mais 49 cadeiras para pessoas com necessidades especiais. Haverá 500 antenas no estádio, com conexões de 3G, 4G e Wi-Fi. Sessenta e quatro câmeras serão usadas na segurança do estádio, em alta resolução. E mais 2 telões de alta definição serão usados.


Vista Aérea da Allianz Parque (Foto de Setembro de 2014)
O estádio foi o vencedor do 11°  edição do Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa, na categoria e do Prêmio Arquitetura Corporativa na categoria obra esportiva. O estádio fará sua estreia oficial no jogo entre Palmeiras e Sport Recife. Antes, já tinha recebido eventos testes, como o amistoso entre ex-jogadores do clube no mês passado. Já na semana que vem, receberá os shows de Paul McCartney. E cogitava-se da final da Supercopa da Itália fosse realizada ainda este ano na casa do Palmeiras, visto que o estádio foi definido pela mídia internacional como a nova joia contemporânea de São Paulo.Mas a partida entre Juventus e Napoli será realizada em Doha, no Qatar. Com isso, a Arena Allianz fica para a próxima, mas o novo estádio certamente sediará vários eventos e o Palmeiras terá muito o que ganhar, uma vez que a renda de jogos ficará com o clube. Eu digo, 100% da renda dos jogos.
Eu não sou palmeirense e nem vou revelar para que time torço. Mas fico feliz pelo time rival se atualizar, construindo uma nova arena, moderníssima e certamente o estádio mais bonito do mundo. O palmeirense, que após muito tempo jogando fora de casa, finalmente volta ao novo lar, renovado. Quem sabe não seja o início de uma nova era para o clube e ele volte a figurar entre os grande do Brasil? Mas só o tempo irá responder. Antes disso, o Palmeiras tem que se livrar da chance de rebaixamento. No mais, parabéns ao clube que completou seu centenário este ano e de presente (atrasado em 3 meses) um estádio novinho em folha.

Para maiores informações do estádio: http://www.allianzparque.com.br/site/projeto.asp

sábado, 15 de novembro de 2014

As 7 bandas de rock com os melhores instrumentistas

Fala galera, quanto tempo! Tava com saudade de escrever, semana de provas matam qualquer um. Agora que passaram as primeiras provas, arranjei um tempo para escrever aqui. E escolhi um tema leve e gostoso para discutir com vocês.
Gosto de vários ritmos, mas o rock é o que mais escuto e curto. Não, Engenheiros do Hawaii não é minha banda favorita e nem da maioria dos engenheiros, mas é um excelente banda. No geral, curto muita guitarra distorcida, silenciosa ou mais técnica. E são bandas técnicas, com os melhores de seus instrumentos entre seus integrantes. Nem todas as bandas que citarei aqui eu sou fã, mas de uma coisa é certa: baseada em análises em rankings de instrumentos, seus integrantes estão entre os melhores da história. Não sou músico, mas posso dar minhas opiniões como fã.
Como o mundo não é singular, cada um terá sua opinião de quais são as melhores bandas. Mas muitos podem concordar com esse post.

7° The Beatles



Começo pela maior banda de rock da história. Os Beatles revolucionaram não apenas o rock, mas também toda a história da música em geral. Os videoclipes? Eles criaram. As turnês? Idem. Populares em todos os lugares do mundo, os Beatles até hoje se fazem influentes. Seja pelos seu ex-membros vivos ou falecidos.
A banda reuniu quatro grandes talentos em seus instrumentos. Paul MacCartney sempre é citado como um dos grandes baixistas da história, e segundo a Rolling Stone é o 3° melhor baixista de todos os tempos (embora alguns contestem, mas é inegável sua influência). George Harrison é considerado pela revista Rolling Stone como o 11°melhor guitarrista do mundo. John Lennon, o mais conhecido Beatle é o 55° melhor guitarrista de todos os tempos e o 5°maior cantor da história, pela Rolling Stone. Ringo Starr, o baterista da banda é considerado o 10° melhor baterista da história, segundo a Gibson. 
Alguns contestam tais atribuições, pelo fato das músicas da banda não terem lá acordes e riffs complexos e sim, arranjos bem simples. Mas talvez seja o fato de serem simples para tais atribuições aos membros dos Beatles. Embora simples, tais músicas influenciaram o rock e o mundo da música para sempre. 




6° Black Sabbath



Mais uma banda revolucionária do rock. Do mais simples para o mais obscuro e pesado. Assim, a banda de Birmingham mudou o rock. O Black Sabbath surgiu na mesma Inglaterra dos Beatles, no fim da década de 60. Embora seus membros consideram a banda como Hard Rock, é inegável que o Black Sabbath criou o Heavy Metal (ou foi um dos seus criadores).
A banda inovou pelo simples fatos de aumentarem o som do blues que tanto gostavam. E adicionarem a ele um tom mais obscuro e sombrio, inspirados pelo filme italiano exibido na Inglaterra como Black Sabbath. Como eram fãs de magia e ocultismo, adicionaram isso aos temas da banda. Sem contar que os instrumentistas da banda colaboraram muito para isso. Tony Iommi, o único membro da banda em todas as formações é considerado pela RS como o 25° melhor guitarrista da história (embora eu ache que deveria estar no top 10). Geezer Butler é sempre considerado um dos grandes baixistas do heavy metal, influente até hoje. Bill Ward, embora nunca esteja nas posições mais altas entre os bateristas (na RS, está em 34°), sempre somou a banda, seja em suas composições e fazendo um bom papel na bateria. Sem contar os vocalistas que fizeram parte da banda, tais como Ozzy Osbourne, da formação original, Ronnie James Dio (falecido) e até mesmo Ian Gillan, mais conhecido por ter sido vocalista do Deep Purple. Todos eles entre os melhores vocalistas da história.
Seja como for, a influência do Black Sabbath se arrastou para muitas bandas até hoje e a banda é referência no que se refere ao heavy metal.


5° Pink Floyd



E os ingleses sabem reunir prodígios nos instrumentos. Na quinta colocação desta lista, está uma das bandas mais psicodélicas e progressivas da história. Trata-se do Pink Floyd, banda que surgiu na cidade de Cambridge (mesma da famosa universidade), por estudantes da própria universidade. Isso refletia nas letras é claro, cheias de teor filosófico e críticas sociais fortes.
A banda ficou marcada por seus shows marcantes e capas de álbuns marcantes, como o famoso The Dark Side of Moon (1973) e várias experiências musicais, típicas do rock progressivo. E para vários experimentos musicais, precisava de grande instrumentistas para realizá-lo. A banda contou com alguns dos mais notáveis instrumentistas da história. A começar e destacar os guitarristas, Syd Barrett (já falecido) e David Gilmour. Com o último, o Pink Floyd atingiu sua máxima popularidade e David Gilmour é considerado o 14° melhor guitarrista da história pela RS. Roger Waters, embora não esteja entre os grandes baixistas de todos os tempos, sempre é reconhecido como o líder intelectual do grupo e principal compositor da banda, após a saída de Barrett. Nick Manson está na 53° posição entre os melhores bateristas da história e estava sempre em boa sincronia com o baixo de Waters. E por fim, Richard Wright (já falecido) foi o tecladista da banda  e sempre presente nas listas feitas por fãs como um dos melhores tecladistas de todos os tempos. Mérito a sua importância na banda, pois sem ele, o som da banda não seria tão marcante assim.
O Pink Floyd influenciou gerações e apesar da banda ter acabado, ainda conquista novos fãs até hoje. Os integrantes ainda vivos tem carreiras solos bem sucedidas, especialmente Roger Waters. As letras da banda estão entre as melhores composições e vale lembrar o sucesso comercial da banda, que já vendeu mais de 250 milhões de discos durante a carreira. Graças ao talento instrumental da banda.




4° The Who


Ainda em território inglês, chegamos ao nosso quarto lugar. E na mesma época de Pink Floyd, Black Sabbath e Beatles, surgiu uma das bandas mais influentes do rock, em praticamente todos os gêneros. Falo de uma das bandas mais rebeldes da história, o The Who. 
O The Who surgiu nos anos 60 e se destacava por apresentações extremamente agressivas, sendo a primeira banda a quebrar guitarras e baterias nos shows. Os membros irreverentes nos palco, apesar da loucura, sempre são citados como alguns dos melhores em seus instrumentos. A formação original consistia em Pete Townshend (guitarra), Roger Daltrey (vocais), Keith Moon (bateria) e John Entwistle (baixo). Pete Townshend sempre é citado como um dos grandes guitarristas da história, estando em 10° lugar no ranking da RS e 15° lugar na lista feita pela Mojo. Roger Daltrey é conhecido como um grande vocalista e por girar o microfone nas apresentações. John Entwistle sempre é citado entre os maiores baixistas da história, considerado o melhor pela revista Rolling Stone e figurando sempre no top 10 das lista da Music Radar (8° lugar) e do site Ultimate Guitar (7° lugar). Por fim, Keith Moon, conhecido mundialmente como "Keith o lunático", sempre quebrando a bateria no fim das apresentações. Muitos o consideram o maior baterista da história, um dos mais influentes e como um dos melhores, estando em 3° na lista da RS e da Gibson, mesmo falecido há mais de 35 anos. Além disso, Keith foi autodidata em seu instrumento.
A rebeldia das músicas e das apresentações da banda influenciaram gerações a frente. O The Who é sempre considerado como um das origens do Punk Rock, do Opera Rock e do Art Rock. Talvez seja a banda mais alternativa da época.


3° Dream Theater



Deixamos a terra da rainha por enquanto. Hora de se aventurar um pouco pelos EUA, terra das bandas mais bem sucedidas da história. Aerosmith, Guns N´Roses, Kiss, Metallica e Van Halen surgiram na terra do Tio Sam. Embora estas bandas tenham muitos dos maiores instrumentistas da história, outra banda, um pouco menos conhecida, figura aqui na lista. A banda reuniu alguns dos melhores instrumentistas da atualidade e é conhecida por sua qualidade elevada e músicas longas. A banda em questão é o Dream Theater.
A banda surgiu na década de 80 e começou a fazer sucesso nos anos 90. A qualidade de seus músicos impressionou a todos e seus shows passaram a ser conhecidos. A qualidade de seus membros influencia os músicos atuais. A começar pelo ex-baterista Mike Portnoy, considerado o melhor baterista da atualidade, extremamente virtuoso e por tocar baterias gigantescas e cantar em algumas faixas, mesmo tocando uma bateria gigante. Além disso, Portnoy aprendeu sozinho a tocar. Na lista da Rolling Stone, ele aparece em 8° lugar entre todos os tempos. John Myung, conhecido por ser o membro mais calado da banda, é o melhor baixista da atualidade e com um grande presença de palco ao vivo. John Petrucci é um dos líderes da banda, e sempre apresenta grande variação nos solos da banda. Jordan Rudess é o tecladista, sempre citado como um dos maiores de todos os tempos em seu instrumento, contribuindo para a sonoridade da banda. Por fim, James Labrie, um vocalista que embora não seja brilhante, tem um vocal que combina bem com o estilo da banda.
Embora o melhor músico da banda, Mike Portnoy, tenha saído da banda recentemente, a banda continou bem e trouxe um substituto a altura, neste caso, Mike Mangini. A banda segue firme e forte até hoje, com seus álbuns bem conceituais e shows ao vivo incríveis. 



2° Led Zeppelin



Voltei para a Inglaterra. Vocês já devem estar de saco cheio de bandas inglesas no ranking. Pera lá, está acabando. Mas vai terminar em grande estilo, com um das maiores bandas de todos os tempos, um das mais influentes e que conquista muita gente até hoje. Foi um das bandas fundadoras do Hard Rock e Heavy Metal. Estou falando da banda surgida no fim da década de 60, o Led Zeppelin.
A banda, inicialmente impopular para os críticos, conseguiu vendas impressionantes, dominando as listas dos mais vendidos. Muito do sucesso deve-se aos seus integrantes, sempre apontados como os melhores da história em seus instrumentos. Começarei com o vocalista Robert Plant, considerado o maior vocalista da história do Heavy Metal e do Rock em geral (embora prefira Rob Halford, do Judas Priest), conhecido por sua voz extremamente aguda e capaz de imitar até orgasmos femininos (visto em Wholle Lotta Love). Jimmy Page é o lendário guitarrista da banda, citado como o melhor da história do Heavy Metal e um dos melhores da história, com riffs pesados e embalados e influenciados pelo blues. Está em 2° na lista da Rolling Stone (atrás apenas de Jimi Hendrix). John Paul Jones, o baixista e tecladista da banda, sempre considerado um expert nos seus instrumentos e um dos mais influentes instrumentistas da história, muitos consideram injusta a posição de número 6 que ocupa no ranking da Rolling Stone. Para terminar, o legendário John Bonham, considerado o melhor baterista da história e o mais influente até hoje, citado sempre pelos grandes bateristas atuais. O estilo de tocar de Bonham influenciou até mesmo os seus "rivais" nos rankings das revistas especializadas. O estilo pesado e rápido de bonham era essencial na banda. Tão essencial, que após sua morte, em 1980, a banda achou impossível continuar sem ele na batera. A banda chegou ao fim após o ocorrido.
Após a morte de Bonham, cada um foi para carreira solo, reunindo-se apenas em ocasiões muito especiais. Tão especiais que a banda só se apresentou junta apenas 5 vezes após seu fim, sendo a última vez em 2012. Apesar disso, o espírito da banda permanece vivo em cada fã ao redor do mundo.


1° Rush



O primeiro lugar desta lista não é inglês, tampouco estadudinense. A primeira posição vai para o Canadá. A banda em questão é uma das mais técnicas do mundo, influenciou bandas mundo afora (como o Dream Theater|) e continua viva até hoje contando história e fazendo shows pelo mundo. Sua letras filosóficas, baseadas em ficção científica e fantasia aliadas a técnica complexa de seus membros, tornou a banda uma das melhores da história. Pois é amigos, estou falando do Rush.
Na ativa desde 1968, a banda se firmou a partir de 1974, com a saída do baterista John Rutsey para a entrada de Neil Peart. E é por Neil que começarei a falar dos instrumentistas da banda. Neil Peart é considerado o maior baterista da história ainda vivo. Influenciado por Keith Moon e John Bonham, Peart desenvolveu um estilo único de tocar, aliando o peso do rock a complexidade e velocidade do jazz, sempre se destacando nas apresentações ao vivo e por ser o principal letrista da banda. Peart influenciou todos os bateristas que surgiram após ele. Os outros membros não ficam atrás. Geddy Lee é o vocalista e baixista da banda. Além de ter um ótimo vocal, que não se desgastou com o tempo, Lee é um dos maiores baixistas da história e é considerado o melhor baixista vivo, apesar da injusta 4° colocação dele no ranking da RS. O seu estilo rápido e com bastante pegada, combinou-se com o estilo rápido e complexo de Peart. Fazendo tudo isso ao mesmo tempo que ele canta. Alex Lifeson, o guitarrista da banda é um dos grandes da história. Imprimindo um estilo único de tocar, Alex sempre busca novas sonoridades e estilos, tanto que é conhecido como o "cientista" da banda. Além disso, talvez seja o membro mais injustiçados da banda, estando na posição 98 de 100 no ranking da RS, contestado por muitos fãs. Alex merceia estar pelo menos entre os 10 primeiros, em minha opinião.
O Rush é o melhor Trio da História. Reunindo os melhores em seus instrumentos, que foram influenciados por grandes nomes e influenciaram outros grandes nomes, a banda canadense é sem dúvidas a banda mais completa da história tecnicamente. Mesmo não obtendo recordes comercialmente, o que mais importa é a arte que eles deixam para o mundo.


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