Oi galera, como vocês estão? Espero que estejam bem, cumprindo todos os protocolos para evitar o avanço da COVID-19 e estejam com a saúde mental em dia. Sei que é difícil manter tudo isso ao mesmo tempo, até porque eu mesmo não estive em bons bocados no ano passado. Tanto que fiquei muito tempo sem escrever por aqui devido a algumas coisas que se passaram em minha vida pessoal. Mas consegui superar alguns destes problemas e assim, volto a escrever no meu amado blog. Agradeço a todos vocês que acessaram o blog durante a pandemia e que puderam se divertir e ter mais conhecimento, de alguma forma, durante a quarentena.
Pois bem, muitos de vocês sabem que eu gosto de futebol. E já fiz matérias mais emotivas ou não sobre o epsorte, há algumas coisas que me fizeram questionar o futebol. Sabemos que países e cidades mais ricas dos países em geral sediam os clubes mais poderosos de cada região. Um exemplo é o campeonato brasileiro: dos 20 times que disputam a 1°divisão, metade deles está localizado na região Sudeste, que é a mais rica do Brasil, sem contar que os times dessa região ganharam todas as edições do torneio desde 2003. Na Espanha, Real Madrid e Barcelona estão nas duas cidades mais ricas do país. Na Inglaterra, as cidades de Londres, Manchester e Liverpool sediam os times que mais venceram o campeonato inglês e times fora dessa região são raridade de ganhar o campeonato. E na Alemanha, o time mais bem sucedido do país, o Bayern de Munichen, fica na região mais rica do país: a Bavária.
Mas não será sobre a relação entre capital e futebol que esta matéria tratará. Percebam que os países que citei acima foram campeões mundiais ao menos uma vez. E o que mais estes países tem em comum, além de serem ricos e bem sucedidos no futebol? Todos estes países estão entre os mais populosos do mundo. O Brasil é o 6° país mais populoso do mundo. A Alemanha é o país mais populoso da Europa Ocidental e Inglaterra e Espanha estão entre os mais populosos do continente. Além da economia, estes países contam com uma população grande em seus territórios. E com isso, tendo uma população grande e interessada em futebol (estes países tem no futebol o esporte mais popular), eles possuem mais probabilidade de formar grandes jogadores que depois formam seleções mais fortes. Por conta disso, foram campeões mundiais. E nesta conta, adicionem também outros países que foram campeões mundiais: Itália (60 milhões de habitantes), França (65 milhões de habitantes) e Argentina (45 milhões de habitantes), fora o Brasil (212 milhões), Alemanha (83 milhões), Inglaterra (60 milhões) e Espanha (46 milhões). Falei de todos? Não, de propósito me esqueci de um que é a exceção das exceções no rol dos países campeões mundiais. Iremos falar dele nesta matéria, mas adiantamos aqui que ele é um país pequeno em território e população em relação aos demais campeões.
E é sobre isso que vou falar aqui. Países que geograficamente são pequenos (em tamanho e território) que conseguiram algum sucesso no futebol, seja dentro de seu continente ou mundialmente falando. Em comum, todos estes países foram para a Copa do Mundo em algum momento. E chegaram a ganhar algum título de expressão ou não fizeram feio nos mundiais. Fora que estes países ainda revelam grandes talentos para o futebol (ou revelaram) e tem relevância no mundo futebolístico. Foram na contramão dos grandes países, ricos economicamente, com grandes populações e territórios. Um dia posso falar de alguns destes países, que reúnem características de países bem sucedidos no esporte, mas nunca foram grandes times.
Querem saber que países são estes? Então pegue seu passaporte e vamos viajar pelo mundo para saber quem são estes países e qual país, mesmo pequeno, já ganhou Copa do Mundo. Vamos lá!
Islândia
Área: 100.250 km²
População: 341.243 hab.
Confederação: UEFA (Europa)
Ranking da Fifa: 46°
Participou da copa: Sim (2018)
Principais títulos: Nenhuma
Participações de destaque: Quartas de final da Euro 2016 (8° lugar)
Esportes populares no país: Handebol, golfe e basquete
Abrimos a lista com o menor país em população a participar de uma Copa do Mundo. A Islândia, com pouco mais de 340 mil habitantes e localizada próximo ao Ártico, reunia condições bastantes complicadas para a prática do esporte: uma população pequena demais para formar um bom time, um clima frio e que impede a prática especialmente no inverno e a população preferindo outros esportes que podem ser feitos em espaços fechados, como o handebol (do qual o país já foi medalhista olímpico). Por muitos anos a Islândia foi uma das piores seleções da Europa e garantia de vitória para o time adversário. Mas ao longo dos últimos anos, o futebol semi-amador do país se profissionalizou, os jogadores locais aos poucos foram jogar em outras ligas europeias e também chegaram nas melhores ligas do continente como a alemã e a inglesa e a federação do país construiu campos de futebol fechados, que permitiram a prática do esporte mesmo sob as duras condições do inverno local. Graças aos investimentos da federação do país e do seu planejamento, os resultados apareceram aos poucos: a seleção conseguiu se classificar à Eurocopa de 2016 e a Copa do Mundo de 2018. Na Eurocopa, a seleção foi a grande surpresa da competição, na qual conseguiu mobilizar sua torcida de cerca de 30 mil torcedores (ou 10% da população do país) na França e dando show na arquibancada (quem lembra do grito da torcida, um cântico Viking). Com isso, a seleção conseguiu passar de seu grupo (com Portugal, Áustria e Hungria) e foi além, chegando às quartas de final após derrotar a seleção da Inglaterra por 2 a 1. Os islandeses só foram parados pela França (5 a 2). Já na Copa do Mundo, a equipe não passou da primeira fase, porém conseguiu empatar com a Argentina.
As glórias recentes da seleção islandesa foram possíveis graças a uma geração dourada que ganhou grandes centros do futebol, como Gylfi Sigurdson (Everton - ING), Alfreð Finnbogason (Augsburg - ALE) e Johán Gundmudsson (Burnley-ING), isso sem mencionar o pioneiro Eiður Guðjohnsen (ex-Chelsea e ex-Barcelona), considerado o maior jogador islandês. No entanto, a seleção atualmente vive um declínio, tendo ficado de fora da próxima Eurocopa e passando por uma renovação em seu plantel. É incerto se a Islândia poderá surpreender o mundo novamente ou se vai continuar participando de mais competições, mas a festa que sua torcida promoveu durante a Eurocopa de 2016 certamente nunca será esquecida.
Jamaica
Área: 10.830 km²
População: 2.961.167 hab.
Confederação: Concacaf (América Central, do Norte e Caribe)
Ranking da Fifa: 47°
Participou da copa: Sim (1998)
Principais títulos: 6 Copas do Caribe (1991, 1998, 2005, 2008, 2010, 2014)
Participações de destaque: 2 vice-campeonatos da Copa Ouro (2015, 2017), 1 terceiro lugar (1993) e 2 quarto lugares (1998, 2019)
Esportes populares no país: Atletismo, críquete e basquete
A caribenha Jamaica é mais conhecida no mundo pelo reggae, pelo rastáfari, pela marijuana (um mito) e por ser a terra dos maiores velocistas da história (Ulsain Bolt que o diga). Entretanto, o que poucos sabem é que a ilha também gosta de futebol. O esporte, apesar de disputar atenção com o premiado atletismo do país e com o críquete, é o esporte mais popular da nação. Apesar de não muito conhecida por isso, a Jamaica tem em sua história alguns feitos no esporte. A começar por ter participado da Copa do Mundo de 1998, sob direção do técnico brasileiro Renê Simões. Os "Reggae Boys" não passaram de fase, mas ao menos ganharam seu jogo de despedida do Japão (2 a 1). Em nível local, a seleção jamaicana se destaca por ser considerada a mais forte da região do Caribe e já ganhou 6 Copas regionais. E por fim, a seleção recentemente chegou a 2 finais da principal competição da Concacaf, a Copa Ouro, tendo ficado com o vice em 2015 e 2017, perdendo as finais para as duas seleções mais forte do continente, Estados Unidos e México. Mas apesar das derrotas, a equipe ainda provou que conseguiu formar bons times mesmo com uma população pequena em relação aos principais rivais do continente e que não conta com grandes craques a nível mundial, apesar de alguns jogadores conhecidos mundialmente serem de origem jamaicana, seja na atualidade como Raheem Sterling (Manchester City - ING e nascido na Ilha) e Kyle Walker (Manchester City - ING) ou do passado, como Sol Campbell, Andy Cole, John Barnes e Aaron Leenon. Um jogador nascido na Inglaterra e que escolheu defender a Jamaica foi o zagueiro Wes Morgan (Leicester - ING), que foi campeão inglês em 2015. Dentro da seleção, em 1998, os destaques eram Theodore Whitmore (hoje treinador do selecionado), Andy Willians e Ian Goddison. Atualmente, os grandes destaques da seleção são o meia-atacante Leon Bailey (Bayer Leverkusen - ALE) e o zagueiro Michael Hector (Fullham - ING). Ainda não sabemos quando a Jamaica voltará a uma Copa do Mundo, porém saberemos que ela pode aprontar novamente em uma Copa Ouro.
Kuwait
Área: 17.820 km²
População: 4.270.571
Confederação: AFC (Ásia)
Ranking da Fifa: 148°
Participou da copa: Sim (1982)
Principais títulos: 1 Copa da Ásia (1980) e 10 Copas do Golfo (1970, 1972, 1974, 1976, 1982, 1986, 1990, 1996, 1998, 2010)
Participações de destaque: 1 vice-campeonato da Copa da Ásia (1976), 1 terceiro lugar na Copa da Ásia (1984) e 1 quarto lugar (1996)
Esportes populares no país: Críquete e basquete
O pequeno país localizado no Oriente Médio e que foi palco da Guerra do Golfo no começo da década de 1990, o Kuwait é conhecido mundialmente por este triste fato e também por ser um dos maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo. Mas o que poucos sabem é que o país no passado chegou a ser uma das melhores seleções de futebol da Ásia. Entre o final da década de 70 e da década de 80, o país viveu o auge do futebol quando chegou em duas finais da Copa da Ásia, tendo ganhado a edição de 1980 disputada em seu território e sendo vice em 1976, e na época foi a Copa de 1982 dirigida por Carlos Alberto Parreira, mas foi eliminada na primeira fase em um grupo difícil (França, Inglaterra e Checoslováquia). Nessa copa, a seleção ficou mais conhecida por uma situação inusitada, quando o sheik Fahad Al-Ahmed Al-Jaber Al-Sabah entrou em campo armado por causa de um gol marcado em favor da França que ele tinha achado ilegal e fez o juíz voltar atrás. Entretanto, isso não ajudou os kuwaitianos que foram derrotados por 4 a 1 neste jogo. Mas após a Copa da Ásia de 1984 (quando foi 3° colocada), a seleção do país entrou em decadência e foi se tornando uma força menos relevante no continente e viu seus maiores rivais, em especial o Iraque, conseguirem resultados melhores. A equipe até consegue se classificar para a maioria das edições da principal competição asiática, porém com exceção de 1996 (quando foi 4° lugar) não passou da fase de grupos. E ainda sofreu com suspensões da FIFA que impediram a seleção do país jogar devido a interferências do governo na confederação de futebol local. Isso contribuiu para o time hoje ser o pior desta lista na atualidade. Apesar da decadência do país no esporte, a equipe que tinha Jasem Yaqoub, Faisal Al-Dakhil e Saad Al-Houti entre seus craques não será esquecida pelos seus feitos em um país tão pequeno em relação os que o cerca (Iraque, Arábia Saudita e Irã) no futebol.
Qatar
Área: 11.610 km²
População: 2.881.053 hab.
Confederação: AFC (Ásia)
Ranking da Fifa: 59°
Participou da copa: Não (mas vai em 2022)
Principais títulos: 1 Copa da Ásia (2019) e 3 Copas do Golfo Árabe (1992, 2004, 2014)
Participações de destaque: 2 quartas de final na Copa da Ásia (2000 e 2011)
Esportes populares no país: Críquete, handebol e automobilismo
O país que será sede da próxima Copa do Mundo em 2022 não quer fazer feio em casa. Para isso, o pequeno país do Golfo Pérsico, que será o menor país a ter sediado uma Copa, investiu pesado na evolução do seu futebol, seja em seus clubes e também na sua seleção. Isso começa a dar resultados justamente quando os qataris queriam. Os clubes do país atualmente estão entre os mais fortes do continente asiático e a seleção venceu seu primeiro título, a Copa da Ásia de 2019, após anos sendo coadjuvante de seus rivais (Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos) e com uma campanha avassaladora: ganhou todos os seus jogos e só sofreu um único gol, na final contra o Japão. A ascenção do Qatar no futebol ainda causa polêmicas, especialmente ao fato que boa parte dos seus jogadores não nasceram no país (assim como a maioria da população) e o fato de jogadores estrangeiros serem naturalizados, o que rendeu acusações de seus rivais. Apesar disso, os qataris só querem fazer bonito em casa e por não disputarem as eliminatórias (estão na Copa por serem o país sede), estão participando de outras competições, como fizeram na Copa América passada e farão na próxima edição, além de participarem como convidados na Copa Ouro e até disputarem as eliminatórias europeias. Os resultados ainda são pouco animadores, já que o Qatar foi o último colocado da Copa América. A pequena nação árabe ainda tem que fazer muito esforço para ir além das fronteiras de seu continente, contando com seus craques Almoez Ali e Akram Afif para isso.
Paraguai
Área: 397.300 km²
População: 7.132.538 hab.
Confederação: Conmebol (América do Sul)
Ranking da Fifa: 34°
Participou da Copa: Sim (1930, 1950, 1958, 1986, 1998, 2002, 2006 e 2010)
Principais títulos: 2 Copas América (1953, 1979)
Participações de destaque: Quartas de final (2010), 3 vezes nas oitavas de final (1986, 1998 e 2002) em Copa do Mundo, 1 medalha de prata olímpica (2004) e 6 vezes vice-campeão da Copa América (1922, 1929, 1947, 1949, 1963 e 2011)
Esportes populares no país: Vôlei, Basquete e Tênis
O país pode ser o maior desta lista em área e população, mas ainda está longe de ser considerado um país de grandes dimensões. Fora que no Brasil, o Paraguai sempre está relacionado com coisas ruins, desde produtos piratas e contrabandeados até a expressão "cavalo-paraguaio" (usada quando um time ou candidato está sempre na frente mas no final não ganha). Porém, este país pouco relevante mundialmente falando está entre as seleções mais fortes do continente e sempre mencionada como uma equipe que nunca se dá por vencida em campo. Alguém lembra da última vez que o Brasil ganhou do Paraguai de goleada? Bem, sempre são jogos sofridos e duros de serem ganhos. Isso não apenas com o Brasil, mas contra qualquer seleção que for enfrentar os valentes paraguaios. Após os grandalhões Brasil, Argentina e Uruguai, os paraguaios são considerados como a seleção mais bem sucedida do continente. Foram 2 vezes campeões da Copa América, além de terem feito boas participações em suas 8 Copas do Mundo. Os feitos vieram de duas gerações diferentes, sendo a geração que foi à Copa de 1986 e que ganhou a Copa América de 1979, sendo liderada por Júlio César Romero (o Romerito) que foi ídolo no Fluminense e a geração dourada entre os anos 90 e da primeira década dos anos 2000, que teve entre seus principais nomes o goleiro José Luís Chilavert, o zagueiro Carlos Gamarra (considerado um dos maiores zagueiros da história), o lateral Francisco Arce e o atacante Roque Santa Cruz que levou o país à 4 Copas do Mundo seguidas. Apesar de hoje a seleção paraguaia não conseguir ter ido às duas últimas Copas, o time sempre dá trabalho nas Copas Américas e ainda revela bons jogadores, sendo que alguns deles já jogaram ou jogam no nosso país, especialmente os zagueiros Fabián Balbuena (ex-Corinthians e hoje no West Ham- ING), Gustavo Gómez (Palmeiras) e Júnior Alonso (Atlético-MG), além do goleiro Roberto "Gatito" Fernández (Botafogo).
Croácia
Área: 55.960 km²
População: 4.105.267 hab.
Confederação: UEFA (Europa)
Ranking da Fifa: 11°
Participou da Copa: 5 (1998, 2002, 2006, 2014 e 2018)
Principais títulos: Nenhum
Participações de destaque: Vice-campeã da Copa do Mundo (2018), 3°lugar de Copa do Mundo (1998), 2 vezes nas quartas de final da Eurocopa (1996, 2008)
Esportes populares no país: Basquete, Handebol e pólo-aquático
Antigamente integrante da extinta Iugoslávia, a Croácia é a seleção mais bem sucedida das repúblicas que compuseram a antiga nação socialista com relação ao Futebol depois da separação. Antes de sua independência, os croatas estavam entre as nacionalidades dentro do país que mais mandavam jogadores para a forte seleção iugoslava, juntamente dos sérvios. Desde que se afiliou a FIFA em 1995, a seleção conhecida por seu uniforme xadrez vermelho e branco só não participou da edição de 2010. A pequena nação Adriática tem participações marcantes nas Copas que jogou, mesmo na maioria das vezes sendo coadjuvante. Mas em 1998, surpreendeu o mundo em sua primeira participação como nação independente atingindo a 3° posição (quase indo a final, perdendo para a França no fim do jogo) e deixando para trás algumas das favoritas como a Alemanha. E na última Copa do Mundo, a equipe foi mais longe e ficou com o vice após perder na final para a França (onde parou em 1998), superando favoritos como a Inglaterra e a Argentina e ainda eliminando os donos da casa, a Rússia. Ambas as equipes possuiam grandes gerações, sendo a de 1998 tendo como destaques o zagueiro Slaven Bilic, o meia Robert Prosinecki e os atacantes Zvonimir Boban e Davor Suker, este último o grande astro da equipe. Já a geração de 2018 tinha entre os destaques os meias Luka Modric (eleito o melhor jogador do mundo em 2018 e também da Copa), Ivan Rakitic e os atacantes Ivan Perisic e Mario Mandzukic. Mesmo entre estas gerações, muitos outros bons jogadores croatas se destacaram no mundo (como Niko Kovac, Darijo Srna e Ivica Olic) e outros ainda continuam se destacando, sendo conhecidos por sua qualidade técnica e entrgea tática, tendo os times locais como o Dínamo Zagreb e o Hadjuk Split como grande formadores de jogadores. Mesmo sendo um país pequeno, a Croácia foi o segundo menor país em popuulação a alcançar uma final de Copa e dado o histórico do país de revelar bons jogadores que depois se destacam nas grandes ligas europeias, a Croácia certamente poderá ganhar um título para consolidar seu nome no futebol em algum momento. Só assim para se igualar ao Pólo-aquático, esporte do qual os croatas são os maiores campeões da atualidade.
Dinamarca
Área: 42.430 km²
População: 5.792.202 hab.
Confederação: UEFA
Ranking da Fifa: 12°
Participou da Copa: Sim (1986, 1998, 2002, 2010, 2018)
Principais títulos: 1 Eurocopa (1992) e 1 Copa das Confederações (1995)
Participações de destaque: Quartas de final de Copa do Mundo (1998), 2 semifinais de Eurocopa (1964 e 1984) e 4 medalhas olímpicas (3 de prata - 1908, 1912 e 1960 e 1 de bronze - 1948)
Esportes populares no país: Handebol, Ciclismo, vela e esportes da neve
Embora com uma população e territórios pequenos, os dinamaqueses nunca param de surpreender no futebol. Embora o país tenha como grande destaque o handebol (cujo são os atuais campeões mundiais e olímpicos), a Dinamarca também tem uma longa história no futebol. Nas eras amadoras do futebol, quando o torneio olimpico era a competição mais importante no começo do século XX, a Dinamarca já se destacava e chegou a ganhar medalhas olímpicas. Mas no futebol atual, a seleção dinamarquesa só passou a se destacar nos anos 80 quando teve um bom resultado na Eurocopa de 1984 (3° lugar) e chegou na Copa de 1986 com ótimos resultados e conhecida como "Dinamáquina". Chegou a derrotar o Uruguai por 6 a 1, mas não foi além após ter perdido de 5 a 1 para a Espanha nas oitavas-de-final do torneio. Poderia ser o fim para a Dinamarca no futebol, porém em 1992 veio um surpreendente título europeu quando o país foi chamado após a desqualificação da Iugoslávia para o torneio. Sem nenhuma pretensão, os dinamarqueses ganharam a competição em cima da Alemanha (atual campeã mundial naquele momento) e se tornando o menor país a ser campeão europeu. Os anos 90 foram dourados para os dinamarqueses no futebol, tendo ganhado a Copa das Confederações em 1995 em cima da Argentina e feito a sua melhor participação em Copas do Mundo, tendo alcançado às quartas de final e parado em um jogo duro que fez contra a seleção brasileira (3 a 2). A geração dourada, que tinha como destaques o goleiro Peter Schmeichel e os irmãos Brian e Michael Laudrup foram longe. Depois deles, a Dinamarca não chegou a alcançar os mesmos feitos, mas ainda segue revelando bons jogadores e indo para as competições europeias e Copa do Mundo com alguma frequência, continuando em evidência e feito boas campanhas, tendo ido para as oitavas-de-final do último mundial e só sendo eliminada nos pênaltis para a vice-campeã Croácia. Entre alguns destaques dinarmaqueses após a geração dos anos 90 estão Jon Dahl Tomasson, Kasper Schmeichel (também goleiro, filho de Peter, que joga no Leicester-ING), Christian Eriksen (atualmente na Inter de Milão-ITA), Ebbe Sand, Thomas Delaney (Borussia Dortmund-ALE) e Simon Kjaer (Milan-ITA).
Uruguai
Área: 175.020 km²
População: 3.473.730 hab.
Confederação: Conmebol (América do Sul)
Ranking da Fifa: 8°
Participou da Copa: Sim (1930, 1950, 1954, 1962, 1966, 1970, 1974, 1986, 1990, 2002, 2010, 2014 e 2018)
Principais títulos: 2 Copas do Mundo (1930, 1950), 11 Copas América (1916, 1917, 1920, 1923, 1924, 1926, 1935, 1942, 1956, 1959, 1967, 1983, 1987, 1995, 2011), 2 medalhas de ouro olímpica (1924 e 1928) e 1 Mundialito (1980)
Participações de destaque: 3 quartos lugares em Copa do Mundo (1954, 1970 e 2010), 6 vice-campeonatos da Copa América (1919, 1927, 1939, 1941, 1989, 1999) e 2 quarto-lugares em Copa das Confederações (1995 e 2013)
Esportes populares no país: Basquete, Rugby e Boxe
Por fim, o maior caso de sucesso desta lista e o que inspirou a escrever esta matéria. O pequeno Uruguai é um caso a ser estudado até hoje, desde as Olímpiadas de 1924, quando a "Celeste Olímpica" ganhou a medalha de ouro e repetiu o feito em 1928. E em 1930, sediando a primeira Copa do Mundo venceu por 4 a 2 a Argentina na final e levou a primeira edição do torneio. Já em 1950, um jogo que nunca foi esquecido pelos brasileiros (até o 7 a 1): o Maracanazzo diante de 200 mil pessoas, com os uruguaios saindo do Rio com sua segunda Copa após um 2 a 1 de virada. As duas conquistas mundiais fizeram o Uruguai ser o país menos populoso a ganhar uma Copa, tendo apenas 1,75 milhão de habitantes em 1930. Mesmo hoje, sendo o menor país da Conmebol, o Uruguai pode ser considerado como o país mais bem sucedido em títulos da confederação, sendo o maior campeão da Copa América com 15 conquistas. Além dos títulos, o Uruguai coleciona também participações marcantes em Copas e Copas Américas, sempre se mantendo em evidência até hoje. Os grandes jogadores uruguaios atravessam gerações e o pequeno país sulamericano ainda segue revelando inúmeros jogadores de renome. Desde Héctor Scarone e Pedro Petrone, passando por Alcides Ghigia e Obdulio Varela, chegando em Pedro Rocha e Ladislao Mazurkiewicz, Rodolfo Rodríguez, Enzo Francescoli, Álvaro Recoba, Diego Fórlan e chegando na geração atual que tem como principais expoentes os atacantes Luíz Suárez (Atlético de Madrid-ESP) e Edinson Cavani (Manchester United -ING). Fora outros jogadores que se destacaram jogando no Brasil, que além dos já citados Rodolfo Rodríguez (fez carreira no Santos e Bahia) e Pedro Rocha (São Paulo), ainda tivemos a honra de acompanhar Diego Lugano (no São Paulo), Darío Pereyra (São Paulo, Flamengo e Palmeiras), Pablo Fórlan (São Paulo, pai de Diego Fórlan) e na atualidade Giorgian de Arrascaeta (Cruzeiro e Flamengo). Ainda não se sabe o porquê do Uruguai, muito menor em população que seus rivais Brasil e Argentina, ser tão competitivo e ainda revelar jogadores acima da média com uma população bem menor em relação aos vizinhos, ainda mais que o seu campeonato nacional seja um dos que menos pagam no continente e não esteja nem entre os maiores. Apenas a paixão do uruguaio pelo esporte e a disposição de quererem superar os rivais Brasil e Argentina, muito maiores e com territórios cercando sua fronteira, especialmente no futebol. Muitos podem dizer que o Uruguai ganhou a maioria dos seus títulos no passado, o que não é mentira. Mas o país segue sendo uma das melhores seleções do mundo e com boas participações nas competições que participa e ainda revelando grandes jogadores. Tudo isso dentro de uma nação que possui uma população igual a da Zona Leste de São Paulo.
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