Olá amigos, como estão? Espero que estejam bem apesar do momento não ser tão bom quanto deveria. Estamos vivendo um período considerado o pior da humanidade desde a Segunda guerra Mundial que é a pandemia de COVID-19, causada por uma nova cepa de um vírus da família Corona. A doença já vitimou mais de 14 mil pessoas e registrou mais de 335 mil casos pelo mundo (no momento em que escrevo). E com tanta tragédia pelo mundo, muita coisa mudou nas últimas semanas. O vírus é o principal assunto do momento. Por mais que haja pensamentos positivos por aí, muita gente trata a situação como o fim do mundo.Não chega a ser tanto, porém o momento é delicado. E o momento é de um futuro incerto.
A economia mundial já está sendo afetada e ainda será mais pelos próximos meses devido a uma série de países ter adotado como única solução para evitar um aumento exponencial de casos a quarentena. Populações de países inteiros, como a Itália e a Espanha, estão dentro de casa. E com mais gente dentro de casa, muitos setores da economia já pararam e muitos vão parar. Muitos analistas já dizem que a crise que o coronavírus trará será uma das piores já vistas, trazendo uma recessão global. Num mundo cujo o desemprego é um problema, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) prevê que mais de 25 milhões de pessoas podem perder o emprego nos próximos meses. Em um cenário mais positivo, haveria 5,7 milhões de desempregados. Mas mesmo assim o número é ainda mais alto do que a crise de 2008-09. E as perdas na economia chegariam a 2 trilhões de dólares segundo a ONU. Fora o desemprego, há a previsão de que entre 8 a 35 milhões de pessoas pelo mundo podem passar para a situação de miséria mesmo trabalhando.
Ainda não se sabe quanto tempo a pandemia irá durar. Alguns governos dizem que mais 2 ou 3 meses nas previsões mais positivas. Para o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta, o pico de casos deve ser junho (coincidindo com o inverno no Hemisfério Sul). Mas especialistas afirmam que a pandemia pode durar até anos, pois medidas de isolamento não são sustentáveis a médio e longo prazo e podem causar um impacto social, político e econômico muito grande. Uma vacina só ficaria pronta em pelo menos 1 ano a 1 ano e meio. A humanidade desenvolver imunidade natural contra a doença levaria 2 anos ou mais. Por conta disso, não está certo quanto tempo a atual pandemia durará, visto que ainda não se conhece totalmente o vírus e o seu comportamento no corpo.
Com essa incerteza ou não, muitos setores da economia perderam e perderão muito com toda a situação, causando perdas bilionárias e mais desemprego. Mas por outro lado, alguns setores podem ganhar nesse momento de crise ou saírem mais fortalecidos nesta crise, podendo mudar os rumos da economia nos próximos anos. Quer saber que setores são esses? Só continuar aqui para baixo.
A economia mundial já está sendo afetada e ainda será mais pelos próximos meses devido a uma série de países ter adotado como única solução para evitar um aumento exponencial de casos a quarentena. Populações de países inteiros, como a Itália e a Espanha, estão dentro de casa. E com mais gente dentro de casa, muitos setores da economia já pararam e muitos vão parar. Muitos analistas já dizem que a crise que o coronavírus trará será uma das piores já vistas, trazendo uma recessão global. Num mundo cujo o desemprego é um problema, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) prevê que mais de 25 milhões de pessoas podem perder o emprego nos próximos meses. Em um cenário mais positivo, haveria 5,7 milhões de desempregados. Mas mesmo assim o número é ainda mais alto do que a crise de 2008-09. E as perdas na economia chegariam a 2 trilhões de dólares segundo a ONU. Fora o desemprego, há a previsão de que entre 8 a 35 milhões de pessoas pelo mundo podem passar para a situação de miséria mesmo trabalhando.
Ainda não se sabe quanto tempo a pandemia irá durar. Alguns governos dizem que mais 2 ou 3 meses nas previsões mais positivas. Para o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta, o pico de casos deve ser junho (coincidindo com o inverno no Hemisfério Sul). Mas especialistas afirmam que a pandemia pode durar até anos, pois medidas de isolamento não são sustentáveis a médio e longo prazo e podem causar um impacto social, político e econômico muito grande. Uma vacina só ficaria pronta em pelo menos 1 ano a 1 ano e meio. A humanidade desenvolver imunidade natural contra a doença levaria 2 anos ou mais. Por conta disso, não está certo quanto tempo a atual pandemia durará, visto que ainda não se conhece totalmente o vírus e o seu comportamento no corpo.
Com essa incerteza ou não, muitos setores da economia perderam e perderão muito com toda a situação, causando perdas bilionárias e mais desemprego. Mas por outro lado, alguns setores podem ganhar nesse momento de crise ou saírem mais fortalecidos nesta crise, podendo mudar os rumos da economia nos próximos anos. Quer saber que setores são esses? Só continuar aqui para baixo.
Quem perde
Turismo
Desde o começo das medidas restritivas para conter o novo coronavírus, o turismo é um dos setores que primeiro sentiu o impacto e ainda sentirá por muito tempo. Para evitar aglomerações, muitos pontos turísticos ao redor do mundo foram fechados. Lugares que antes ficavam cheios, como o Museu do Lovre e a Torre Eiffel, em Paris, o Cristo Redentor no Rio de Janeiro ou mesmo as Muralhas da China foram fechados. O acesso às prais foi restrito em muitos países, inclusive no Brasil. E mesmo alguns museus, como o MASP e a Pinacoteca em São Paulo, que estavam antes restringindo o número de visitantes em suas instalações, agora fecharam. E tudo isso só tem a piorar com diversos países pelo mundo restringindo a circulação em suas fronteiras ou por meio de suas vias aéreas como medidas para restringir a circulação do vírus.
As agências de turismo já sentiram o impacto. Só neste mês, mais de 85% das viagens foram canceladas. Ações de grandes agências, como a CVC, caíram mais de 81% na Bolsa de Valores. Embora haja uma campanha para a remarcação das viagens quando a situação melhorar, não há tantas boas notícias ao curto e médio prazo. A tendência, segundo especialistas, é haver uma onda de falências e recuperações judiciais nos próximos meses, pois muitas agências (especialmente as menores) não tem como continuar funcionando nos próximos meses. Já é esperado a demissão de mais de 115 mil pessoas nos próximos meses.
O setor é um dos principais a pedir socorro ao governo e foi incluído no pacote de medidas em resposta a crise causada pelo novo coronavírus anunciado na semana passada pelo ministro Paulo Guedes. As medidas incluem prazos mais longos para pagamento de dívidas e financiamentos, além de incentivar a remarcação das viagens em vez do cancelamento.
Transporte aéreo
Juntamente com o setor do turismo, a aviação civil é certamente uma das mais afetadas. Com o cancelamento de muitas viagens mundo afora e com a restrição de voos internacionais em praticamente todo o planeta, o setor prevê perdas colossais como jamais visto antes. Embora possa haver um crescimento no transporte de cargas, o transporte de passageiros já foi afetado. Só neste mês, o número de voos internacionais diminuiu mais de 80% no Brasil. Já o voos domésticos caíram quase 50% neste mês.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) prevê um prejuízo no setor aéreo de mais de 113 bilhões de dólares (mais de 565 bilhões de reais) só em 2020 por causa da pandemia de COVID-19. As perspectivas ainda são incertas, pois inicialmente se previa uma perda de 30 bilhões de dólares considerando apenas a China, país onde o vírus começou a circular. O número ainda pode aumentar com o aumento do número de casos nos continentes ao longo deste ano.
Com isso, muitas empresas do setor já começam a sentir o impacto, uma vez que o custo de operação das empresas aéreas é caríssimo e são atrelados ao dólar, cuja cotação não para de subir. Empresas como a Qantas Airway já solicitaram que os seus quase 30 mil funcionários peçam licença. A Lufthansa, outra gigante do setor aéreo mundial, já afirmou que sem auxílio estatal será impossível continuar,
Medidas para evitar maiores impactos no setor aéreo já estão sendo elaboradas pelo mundo. No Brasil, no pacote de medidas anunciado pelo ministro Paulo Guedes, empresas aéreas estarão isentas de impostos relativos à folha de pagamento. E no pacote de estímulo à economia de Donald Trump, presidente dos EUA, quer aprovar junto ao Congresso certamente haverá incetivos para amenizar a crise das companhias aéreas.
Setor hoteleiro
Juntamente com as agências de turismo e companhias aéreas, o setor hoteleiro também é um dos fortemente afetados pelos impactos causados pela COVID-19. Com a baixa nas viagens de turismo e também no chamado turismo de negócios, além das viagens aéreas, os hotéis começaram a registrar uma queda de ocupação nos leitos e o cancelamento de reservas.
Grandes redes de hotéis já sentem o impacto rapidamente. É o caso da rede de hotéis Sheraton, que possui algum dos maiores hotéis corporativos de São Paulo. Na última semana, a taxa de ocupação na rede foi de apenas 7%. Com o cancelamento e adiamento de muitas feiras de negócios, fora reuniões presenciais em grande empresas, o setor já faz contas. Atualmente, o setor hoteleiro emprega 380 mil pessoas diretamente e mais de 1,3 milhão indiretamente no Brasil. As perdas no setor são estimadas até o final do mês em até 3,5 bilhões de reais. Nos EUA, as perdas são estimadas em 1,5 bilhão de dólares (quase 8 bilhões de reais) e mais de 1 milhão de empregos por lá ligados ao setor hoteleiro serão cortados, segundo estimativas de Chip Rogers, CEO da American Hotel & Lodging Association. Muitos hotéis já encerrarão suas operações na próxima semana.
O setor hoteleiro será mais um que dependerá de muita ajuda estatal neste momento para conseguir se manter e ainda manter seus funcionários recebendo mesmo sem trabalha, além de reduções nas jornadas de trabalho e consequentemente, corte nos salários. Tudo isso está no pacote de estímulos do governo federal.
Transporte público e por aplicativos
Com a quarentena forçada, há menos gente circulando pelas ruas das grandes cidades. Independente se as pessoas estão fazendo home office ou não, empresas de transporte já começam a sofrer perdas com a redução do número de passageiros. Com menos gente na rua (chegando a zero), várias empresas estão diminuindo a circulação da frota. Ou até mesmo não colocando nenhum ônibus na rua como forma de conter o vírus.
Exemplo disso são as 7 cidades da região do ABC Paulista (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) que anunciaram recentemente que os ônibus irão parar de circular no dia 29 de março nestas cidades como medida para evitar a circulação de pessoas e com isso, do vírus. Isso inclui os ônibus municipais e intermunicipais. Outra medida vem do Rio de Janeiro, onde o governador Wilson Witzel (PSC-RJ) proibiu a entrada de ônibus interestaduais vindos de estados onde há circulação do novo coronavírus e ainda impediu a entrada e saída de transporte das 22 cidades da Grande Rio (Região Metropolitana do Rio de Janeiro) para o resto do Estado.
Além do transporte público, o transporte por aplicativos como Uber e 99 Táxi também está sendo prejudicado. No próprio Rio de Janeiro, o governo proibiu corridas que saiam das cidades. Ou seja, é proibido ir do Rio de Janeiro para Niterói por exemplo. Além da restrição, com menos gente saindo de casa para ir a eventos, shows, viagens e outros compromissos, essas empresas tiveram prejuízos. Na cidade de Seattle, nos EUA, uma das mais atingidas pelo novo coronavírus nos EUA, a queda do número de viagens foi de 80%. Isso veio em um momento onde a Uber divulgou um prejuízo de mais de 8 bilhões de dólares no seu último balanço em fevereiro deste ano. Mas a companhia diz conseguir sobreviver mesmo com queda de 80% da sua receita. É pagar para ver (mas pode ganhar em outras frentes como veremos a seguir).
Esportes
Para conter a COVID-19, uma das medidas adotadas para conter o vírus foi o isolamento social. E uma das primeiras medidas adotadas aqui no Brasil e em países da Europa e na China (onde a região de Wuhan foi isolada) foi a proibição de grandes eventos que reúnem milhares de pessoas. Isso inclui por exemplo partidas de futebol e de vários esportes, além de shows, exibições de cinemas, teatros e museus.
No esporte o impacto foi muito significativo. Grandes competições foram paralisadas em todo mundo. Apesar de alguns eventos terem acontecido sem a presença do público, isso impactaria financeiramente clubes e associações. No Brasil, os campeonatos regionais foram paralisados, além das competições nacionais. Na América do Sul, a Libertadores foi paralisada até pelo menos o mês de maio, bem como as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2020 que começaria no final deste mês. Na Europa, muitos campeonatos foram paralisados, incluindo aí a maior competição de clubes do mundo, a Liga dos campeões da Europa. Há quem diga que uma das partidas da competição foi responsável pela explosão de casos na Itália e na Espanha que foi disputada entre Atalanta e Valencia (o resultado pouco importa aqui). Fora que grandes competições entre seleções que ocorreriam esse ano foram adiadas para o ano que vem, como a Eurocopa e a Copa América
Fora o futebol, muitos esportes foram afetados. Nos EUA, a NBA e a MLB foram paralisadas. A NFL provavelmente terá seu início atrasado. Além disso, as Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio estão ameaçadas. Embora o comitê organizador não queira adiar e manter como está programado (para Julho), muitos comitês olímpicos pelo mundo e associações esportivas querem o adiamento dos jogos para o ano que vem, não somente ao risco de novos casos, mas também pelo fato de que os calendários esportivos de competições para definir vagas aos jogos foram prejudicados. Dos 52 competições dos jogos olímpicos, apenas 10 definiram seus participantes. Fora o risco para os atletas paralímpicos, pois muitos sofrem com problemas de imunidade (e estão no grupo de risco para os casos mais graves da doença). Baita dor de cabeça para o Japão, que organiza os jogos. O país que já está em crise há anos, apesar de não ter tantos casos como seus vizinhos China e Coreia do Sul, terá prejuízos bilionários com o cancelamento dos jogos. O país investiu mais de 28 bilhões de dólares. As perdas com o turismo, venda de ingressos e patrocínios serão bilionárias com o cancelamento. Fora a complicação esportiva com o calendário de várias federações no caso de adiamento.
Isso também vale para o futebol. Muitas competições podem nem retornar nessa temporada e a decisão dos campeões pode parar nos tribunais. Um exemplo é na Premier League, cujo líder Liverpool tinha uma vantagem de 25 pontos para o segundo colocado Manchester City. Falta 9 rodadas para o fim do campeonato e somente uma tragédia impediria o Liverpool de ser campeão. Embora a Premier League esteja parada até abril, pouco provável ela voltar já nesta temporada já que o Primeiro Ministro britânico Boris Johnson admitiu que a pandemia no país durará até 12 semanas (ou seja, 3 meses). E com a paralisação, o campeonato inglês pode terminar sem campeão pois em todos os cenários segundo o regulamento, não haverá vencedor. Uma injustiça com o Liverpool, clube que é o atual campeão da Liga dos Campeões e não ganha o campeonato nacional há mais de 30 anos e que vinha fazendo uma campanha quase perfeita.
Mas saindo da área esportiva, os prejuízos econômicos no futebol serão catastróficos. Segundo a KPMG, só na 5 principais ligas da Europa (Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França) as perdas seriam em torno de 20 bilhões de reais. São perdas em bilheterias, patrocínios e transmissões televisivas. E no Brasil, muitos times menores que disputam os campeonatos estaduais já sentem o baque das paralisações, pois a maior parte de seus elencos assinam apenas para a disputa do campeonato. E sem jogos para gerar receitas, muitas rescisões acontecem e a sobrevivência de muitos deles está ameaçada.
Entretenimento
Como dito acima, muitos eventos culturais foram restringidos. Shows, exposições, festivais, cinemas e teatros estão fechados por todo o mundo. Novos lançamentos foram adiados por conta do fechamento dos cinemas pelo mundo, especialmente na China, cuja bilheteria é essencial para o sucesso financeiro de grande filmes. E produções que estavam na fase de filmagem foram canceladas.
Entre os filmes adiados, muitos eram Blockbusters aguardados com ansiedade pelo mundo. A Disney, por exemplo, adiou por tempo indeterminado o lançamento do live-action de Mulan e também do filme da Viúva Negra. O filme estrelado por Scarlett Johansson marca o início da Fase 4 da Marvel nos cinemas. Já a Warner/DC terá que adiar o aguardado Mulher Maravilha 1984. O filme estrelado por Gal Gadot e dirigido por Patty Jenkins estrearia em junho e foi cogitado que ele nem fosse lançado nos cinemas e sim no Streaming. Um filme como esse dificilmente adotaria tal solução, pois o investimento para ele foi de mais de 100 milhões de dólares. Mas muitos filmes de menor orçamento e com poucas chances de retorno nas bilheterias adotariam tais soluções.
Indo para a televisão, os prejuízos são tão grandes quanto os do cinema. Várias séries tiveram suas temporadas adiadas. E as novelas tiveram suas gravações suspensas. Isso levou uma inédita situação na Rede Globo, que não terá uma novela inédita ao ar pela primeira vez na história. As histórias atuais serão substituídas por reprises por tempo indeterminado. E adiamentos das histórias no ar pode levar a grandes prejuízos.
Hollywood já prevê um prejuízo ainda maior do que o que ocorreu na greve dos roteiristas entre 2007 e 2008, que provocou perdas no cinema e na TV de mais de 2,1 bilhões de dólares na época. E as perdas se estendem aos bastidores, pois a indústria estadunidense prevê até 120 mil empregos a menos com as produções paradas, sem garantia que muitos deles retornem mesmo com o fim da pandemia.
Grandes festivais de música foram afetados. Um exemplo é o Lollapallooza Brasil, que seria realizado no fim de junho até o começo de julho. Com a pandemia, foi adiado para dezembro (isso sem garantia). O Coachella, que seria realizado em abril passou para outubro. Isso sem garantias, claro!
Bares, restaurantes e eventos
Com as restrições, ir ao bares e restaurantes é um hábito que deixou de ser realizado por milhões de pessoas mundo afora. Sem a chance de comemorar aniversários (o meu inclusive foi prejudicado), Happy Hours, almoços e outros encontros, bares e restaurantes viram o movimento diminuir significantemente.
Mesmo sem restrições, muitas pessoas evitariam lugares que reúnem grandes aglomerações. Muitos bares Brasil a dentro perderam mais de 50% de clientes e muitos já fecharam as portas. Com o auge do número de casos, as perdas poderão ser de até 80%.
Muitos estabelecimentos lutam para sobreviver de outras maneiras, como com entregas a domicílio (veremos adiante) evitando o contato entre clientes. Essa é uma das maneiras para minimizar os impactos.
Varejo e serviços
Com as restrições impostas e o desemprego a mercê, o Varejo será outro setor da economia bastante afetado pelo coronavírus. Em um primeiro momento, muitas lojas e shoppings centers foram e serão fechados para evitar a aglomeração de pessoas e restringir a transmissão da doença. Mas com o passar do tempo, as perdas poderão ficar maiores que o isolamento, já que com o desemprego indo às alturas futuramente, o varejo será fortemente afetado.
No geral, as perdas no Varejo no Brasil em março foram de quase 5%, segundo a Cielo. As perdas referem-se a perdas no comércio de roupas, eletrônicos e nos serviços. Os número podem ser piores em São Paulo, onde a FIA (Fundação Instituto de Administração) estima uma perda semanal de 2 bilhões de reais no comércio paulista. Com grandes centros de comércio fechados, como a 25 de março e o Brás, a situação não é de melhora . Com a diminuição da renda, serviços de saúde e beleza devem ter perdas significativas.
O PIB do setor de serviços deverá ter recuo neste primeiro semestre. E uma recuperação dependerá de quanto tempo a quarentena irá durar. Se durar mais de 3 meses, haverá demissões em massa no setor segundo Guilherme Dieze, economista da Fecomercio -SP.
Supply Chain
Com a esperada baixa na economia global este ano e prolongando isso para os próximos anos, muitos países irão ter perdas em suas balanças comerciais. Com a redução de exportações e importações, é certo que com essa queda o setor de cadeia de suprimentos tenha perdas significativas nesse período. Isso inclui o transporte por rodovias, ferrovias e transporte marítimo. Esse último é o que mais sofrerá.
O Coronavírus afetou a produção de muitos países, especialmente dois que produzem muitos produtos, bens e componentes para a indústria global: China e Coreia do Sul. Com a baixa nas atividades deste dois países devido a Covid-19, há uma significativa redução do transporte de contêineres pelo mundo. De acordo com a IGN, um de cada 4 contêineres que chegam aos dois maiores portos europeus, Rotterdam e Hamburgo, vem da China. E com a baixa produção naquele país causada pelo Coronavírus, uma redução de 25% é esperada. Esse número não contabiliza ainda as perdas na Europa e EUA, que ainda estão conhecendo os impactos causados pelo Coronavírus.
As perdas poderão não ser maiores caso a China consiga se recuperar rapidamente dos impactos da doença, o que está aos poucos acontecendo (mas a queda é inevitável). Além disso, com a baixa no preço do petróleo nos últimos tempos pode levar a uma redução de custos na cadeia de suprimentos e assim, minimizar as perdas.
Quem pode ganhar
Produtos de limpeza
O que você faria no caso de uma pandemia circulando por aí, ameaçando seus filhos? Sim, você faria de tudo para proteger todo mundo do contato com o vírus e tomaria medidas de precaução. Uma delas é limpar toda a casa e claro, se higienizar. Como uma das medidas de evitar a contaminação é a higienização de ambientes e do próprio corpo, seja com álcool em gel ou água e sabão (a forma mais eficaz de eliminar o vírus das mãos), a indústria de produtos de limpeza esperar ter avanços.
A pandemia levou o desaparecimento de álcool em gel das prateleiras. Embora haja histórias tristes de pessoas que tentam lucrar a qualquer custo com o produto, a falta do produto nos mercados é por causa da sua alta procura. O aumento das vendas fez as fábricas do produto aumentarem sua produção e contratar mais gente para garantir a fabricação em maior número e distribuí-los nos supermercados e farmácias. Só uma fábrica na cidade de Ibaté, no interior de São Paulo, viu sua demanda aumentar em incríveis 3.000% e passou a funcionar 24 horas por dia, contratando 21 funcionário. A procura aumentou tanto que o prazo de entrega passou a ser de 45 dias. Mundo a fora, a venda de gel desinfetante teve aumento de 70% nas vendas segundo a Nielsen
Mas fora o álcool gel, a indústria da limpeza vê suas ações valorizarem na bolsa de valores, na contramão de muitas outras. Empresas ligadas a fabricação de desinfetantes tiveram boas valorizações na bolsa e viraram investimentos seguros, como as gigantes Clorox, Procter & Gamble, Colgate Palmolive e Kimberly-Clark.
E-commerce
Se o comércio de rua e nos Shoppings estimam perdas, as vendas pela internet vem na direção contrária no momento. Com mais pessoas em casa, a possibilidade de comprar na internet é a única para aqueles que ainda tem condições de comprar nesse momento. E os e-commerces, que já tem um crescimento ano a ano passaram a crescer mais diante dessa crise.
Nos EUA, houve um aumento de 52% nas vendas por e-commerces durante o mês de março e coincidindo com a expansão da doença. No Brasil, a associação brasileira registrou um aumento de 40% nas compras pela internet em comparação ao ano passado. Houve grandes aumentos em muitos segmentos, especialmente no de alimentos e produtos de saúde. Grandes varejistas online, como a Amazon, já planeja a contratação de mais de 150 mil pessoas só nos EUA para dar conta da demanda com as compras do mundo virtual.
Apesar dos dados, não há um grande otimismo no setor devido a dois fatores. O primeiro deles é a preocupação com a cadeia de suprimentos, pois com o aumento da demanda nos sites, aos prazo de entrega tendem a ficar maiores e criar gargalos. Outra preocupação é com o ticket médio da compra, que no mundo online é menor do que em uma loja física. Com isso, o faturamento das empresas pode nem ser tão grande.
Supermercados e farmácias
Se as vendas no varejo caem, supermercados e farmácias veem suas vendas aumentarem. Isso se deve ao fato deles permanecerem abertos apesar de todas as medidas de restrição.
Além de estarem abertos, o aumento da demanda por alimentos e medicamentos nesses períodos sem sair de casa levou uma grande procura aos supermercados e às farmácias. O presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Ronaldo dos Santos, informou que houve um aumento de mais de 34% nas vendas dos supermercados de São Paulo nos últimos tempos. Os maiores aumentos foram causados pelo álcool gel (aumento de 300%), produtos de higiene em geral e pelos alimentos.
Entretanto, um comportamento criticado fez aumentar as vendas: o estoque de alimentos. Mundo a fora, muitas pessoas correram para os supermercados para comprar alimentos e outros itens básicos.Além disso, o crescimento das vendas pode ser prejudicado devido as dificuldades de reposição das lojas, já que há um descompasso entre as compras e a produção. O índice geral de desabastecimento nos supermercados paulistas está em quase 11%, no que os varejistas consideram alto e acima do normal (quem em momentos de grandes vendas é de 7%). Os varejistas garantem que não há motivo para pânico, pois não há risco de desabastecimento devido ao vírus.
Indústria Farmacêutica e médica
Quando ocorrem grandes epidemias, certamente correntes conspiratórias sempre apontam para a indústria farmacêutica como a que mais sairá no lucro. Embora seja verdade, não será tão fácil assim neste momento por muitos motivos. A descoberta de vacinas dura mais de 10 anos e envolvem muitos procedimentos, questões éticas e problemas no meio do caminho. O mesmo vale para os remédios. Para o novo coronavírus não existe nenhum tratamento eficaz ainda, embora alguns remédios estejam em fase de testes. Já uma vacina não sairá até 2021. Mas no caso da descoberta para tratamentos eficazes contra a doença pode trazer grandes ganhos a grandes empresas, superados os desafios iniciais.
Com a indústria médica não é diferente. A demanda por leitos de UTI para o atendimento de casos mais graves da doença aumentou em todo mundo e a falta deles prejudicou o tratamento da doença na Itália, cujo número de mortes ultrapassou o da China. Embora os hospitais e clínicas em todo o planeta estejam lotados, os ganhos a longo prazo para depois da pandemia podem aparecer. Primeiro com o aumento de leitos para atendimentos nas UTIs. Além disso, o exemplo que a China deu no combate a doença com a construção de um hospital em 10 dias para atender os infectados pelo novo coronavírus pode virar uma referência na construção de novos hospitais.
Serviços de entrega
Com menos gente saindo de casa por causa da quarentena, mesmo para os lugares abertos como supermercados e farmácias, uma alternativa para as compras é por meio dos aplicativos de entrega. Com o isolamento social e estabelecimentos fechados para evitar aglomerações, as entregas a domicílio se tornaram parte essencial para manter não só os restaurantes e bares, mas também ajudar na entrega de compras de e-commerce e dos supermercados e farmácias.
Por meio de promoções para não deixar o público parar de consumir, a procura por aplicativos de entrega aumentou no mundo No Rio de Janeiro, houve estabelecimentos que registraram aumento de 400% nas entregas a domicílio. O aplicativo Rappi registrou um aumento de 30% nas entregas na América Latina nas últimas semanas. E a Uber, para compensar as perdas no transporte de passageiros deve aumentar seus serviços de entrega, especialmente em farmácias.
Embora os serviços de entrega sejam o único contato com o mundo exterior para muitos neste período de isolamento, algumas dúvidas surgem. Uma delas é a segurança dos entregadores, pois como estão indo de casa em casa e andando pela rua, podem virar um vetor de transmissão da doença, pois o vírus pode vir nas embalagens dos produtos e é capaz de sobreviver até 3 dias. Fora os próprios entregadores ficarem doentes, um risco a mais para uma categoria que já convive com riscos diários e que fez os aplicativos de entrega e transporte virarem alvos de denúncias por subemprego e exploração do trabalho.
EAD
Uma das medidas adotadas por governos pelo mundo para impedir a subida dos casos de COVID-19 foi o cancelamento das aulas na escolas e universidades, locais de grande aglomeração por si só. Creches foram restritas para filhos de funcionários da saúde e segurança. Com o cancelamento das aulas, os calendários escolares ficaram prejudicados e ainda incertos para 2020. Para minimizar esse quadro, escolas e universidades vem apostando nesse momento de crise no Ensino à distância (EAD) para minimizar as perdas e garantir o acesso ao conhecimento.
O crescimento do EAD é uma tendência mundial, visto que existem universidades que oferecem cursos quase que totalmente online e apenas as avaliações são offline E cursos presenciais podem ter até 40% de sua carga horária via EAD.. E até o Enem tende a virar online. Mas com o Coronavírus a solta por aí e cancelando aulas, para manter o calendário letivo em ordem o EAD tem sido recorrido e agora os governos estaduais querem disponibilizar conteúdos EAD. No caso de São Paulo, o governo aguarda aval do MEC para disponibilizar um aplicativo que disponibilizará as aulas.
Apesar desse crescimento no momento, o EAD vinha crescendo nos últimos anos. Entretanto o sistema ainda é alvo de críticas, pois muitos especialistas ainda creem que falta qualidade de ensino nestes cursos. Fora que na situação atual, especialmente na educação básico, o ensino ficaria ainda mais prejudicado e muitos alunos não tem acesso a meios digitais para acompanharem as aulas ou não possuem planos de dados ou Wi-Fi para conectar. Para contornar os problemas, o governo de SP promete que a plataforma de EAD não irá descontar do pacote de dados.
Embora muitas empresas tenham parado devido a COVID-19, outras não pararam suas atividades e substituíram os escritórios pelo Home Office Uma prática recentemente autorizada e regulamentada pelo governo, o Home Office já era uma tendência em crescimento pelo mundo, mas o coronavírus forçou um aumento exponencial. E a China foi palco da maior experiência de Home Office durante o pico da pandemia por lá.
Embora com alguns problemas, um estudo feito por universidades estadunidenses e britânicas em 80 empresas chinesas mostrou um aumento de 15,1% na produtividade de quem trabalhou em casa. Um número bastante positivo para quem ainda via com maus olhos o Home Office, pois sem uma pessoa observando quem está trabalhando ou não, as empresas podem futuramente repensar suas estruturas. Já existem empresas que não possuem sede fixa e só realizam Home Office por exemplo.
Com o isolamento, ferramentas de comunicação online viram suas ações subirem recentemente nas bolsas de valores pelo mundo como o Slack (+5,80%) e o Zoom (+5,47%). Por meio dessas ferramentas, é possível realizar reuniões e ligações, o que futuramente pode levar ao fim de salas de reuniões.
Por fim, ainda há os tours virtuais em diversos lugares. Alguns museus pelo mundo como o Louvre disponibilizaram acesso virtual ao seu acervo. Ou seja, é como se você não precisasse ir à Paris para ver a Mona Lisa. Isso vem sendo feito por algumas empresas. Um exemplo é a startup Loft (na qual eu ainda trabalho), que atua no mercado imobiliário (compra, reforma e vende apartamentos, além de ter uma plataforma de imóveis). É possível visitar os apartamentos de maneira remota, em sua maioria, por meio de tours virtuais 360° realizados pela empresa Overview, cujo resultado você pode visualizar aqui.
Pois é minha gente, enquanto muitos perdem com o a crise causada pelo Coronavírus, outros ainda podem sair ganhando. Mas esses são alguns exemplos. Mais alguém vai perder? Ou ganhar? Ou como diria nossa ex-presidente Dilma: "Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder"? Ainda veremos os próximos capítulos.
E claro, só saiam quando for necessário. Fiquem em casa!
Fontes:
https://exame.abril.com.br/economia/com-corrida-as-compras-supermercados-ja-tem-reducao-de-produtos/
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