quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A origem dos nomes das estações de metrô - Linha Amarela


Esta é mais uma reportagem da série "A origem dos nomes das estações de metrô". Para ler as outras reportagens, clique nos links abaixo:
Linha Azul
Linha Verde
Linha Vermelha
Linha Lilás: Em breve!


Olá amigos, faz tempo que não escrevo. Resolvi tirar uma folga lá na casa dos meus tios em Mato Grosso do Sul. Já falei sobre isso em um post passado, mas eu diria as mesmas palavras sobre este ano. Mas não são sobre minhas férias que eu quero falar aqui com vocês.
O Blog está fazendo uma série de reportagens sobre a origem dos nomes das estações de metrô. Uma interessante análise sobre os nomes que vemos pronunciados pelos maquinistas ou agora, por vozes eletrônicas. Não pensamos sobre eles quando estamos dentro do metrô (até porque pensamos em coisas mais importantes). Mas o Blog está aqui para responder algumas coisas. Agora, falaremos da mais moderna linha de metrô de São Paulo.
A linha 4 - Amarela, é a mais moderna linha de metrô. Ainda incompleta, mas em pleno funcionamento no trecho que vai da Estação Luz até o Butantã. Esta linha se diferencia-se das outras por causa de sua administração, que está nas mãos da iniciativa privada, mais precisamente da VIA QUATRO, empresa que é administrada pela CCR e pela construtora Camargo Corrêa. Além disso, os trens da linha não possuem separação por vagão, ou seja, os vagões estão todos unidos, permitindo o usuário se movimentar livremente pela composição. Sem contar que seus trilhos não são eletrificados como em outras linhas, estando a parte elétrica acima dos trens, como ocorre nas linhas da CPTM.
Envolta em tragédias (como a que matou 7 pessoas em 2007, nas obras da Estação Pinheiros), além de outros acidentes durantes suas obras e polêmicas diante de muitos atrasos, já que a Linha deveria estar pronta em 2007 e suas primeiras estações (Paulista e Faria Lima) só ficaram prontas em 2011. Quatro estações ainda estão em obras e a previsão mais otimista diz que elas ficarão prontas em 2018. Otimistas, já que as obras estão comprometidas devido a brigas entre o governo estadual e as construtoras, envolvendo rompimento de contrato. Difícil para o cidadão...
Apesar dos problemas, a linha já faz parte do cotidiano de muita gente. A linha que terá 12,8 km e 11 estações se interliga com as linha 1, 2 e 3 do metrô e com as linhas 7, 9 e 11 da CPTM. Com tantas interconexões, há várias possibilidades de passar por esta linha, que ainda está em expansão. 
Apresentações feitas, iremos falar dos nomes das estações, inclusive as que ainda estão em construção. As estações em construção estão em itálico nos subtítulos. 
Vamos lá, para nossa viagem:

Luz

Luz
Interior da Estação

República

República
Plataforma da estação

Higienópolis - Mackenzie

Falta pouco, minha gente...
O nome é composto pelo nome do bairro aonde está a Universidade Presbiteriana Mackenzie, que será a primeira universidade a ter uma estação dentro de seu campus (mesmo que fique pronta em 2100). O nome do bairro, Higienópolis, um dos mais nobres da cidade e reduto de muitos judeus e aristocratas portugueses, significa "cidade da higiene ou da limpeza", devido ao fato do bairro ser mais alto que alguns outros bairros vizinhos e de não ocorrer enchentes no local, que facilitaria a higiene e evitaria a contaminação por doenças. Devido a isso, o bairro que pertencia antes a Companhia de Jesus, foi loteado e urbanizado nos moldes mais avançados no século XIX. Já o nome Mackenzie, vem da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Quer dizer, o nome vem do advogado estadudinense John Teron Mackenzie, que fez um doação a até então Escola Americana, por meio da Igreja Presbiteriana, criada pelo casal de missionários estadudinenses presbiterianos George e Mary Ann Chamberlain. A doação deste advogado deu origem a Escola de Engenharia Mackenzie, a primeira do Brasil em caráter privado, inaugurado em 1896. Ao longo dos anos, novos cursos foram inaugurados na instituição e em 1952, a instituição recebe o status de Universidade.
Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde a futura estação estará.

Bairro de Higienópolis

Paulista

Paulista
Entrada da estação, indicando sua conexão com a Linha 2 - Verde
O nome desta estação que fica na rua da Consolação (enquanto a estação consolação fica na Avenida Paulista), faz referência ao fato de estar na esquina com a Avenida Paulista, a mais famosa avenida da cidade. Aberta em 8 de dezembro de 1891, foi inicialmente construída para abrigar os ricos da cidade e seus casarões, com seu nome, nas palavras do engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, uma homenagem a todos os paulistas. Ao longo dos anos, os casarões deram lugar ao prédios e a Avenida cresceu e virou o centro financeiro da cidade. Mais que isso, virou o palco de expressões culturais, sede de protestos e outras coisas muito legais.
Avenida Paulista, que dá nome a estação que fica na Rua da Consolação

Oscar Freire

Um grande avanço, ao menos....
Outra estação que ainda não está pronta. Mas seu endereço é conhecido. O nome da estação faz referência a rua Oscar Freire, considerada a rua mais luxuosa da cidade e uma das 8 mais luxuosas do mundo. Mas antes de ser o antro de milionários e boutiques, Oscar Freire foi um médico baiano e também um dos primeiros professores da atual Faculdade de Medicina da USP, inaugurada em 1912.
Rua Oscar Freire, uma das mais luxuosas do mundo.
O verdadeiro Oscar Freire, o doutor!


Fradique Coutinho

Fradique Coutinho
Entrada da estação.
A estação, que fica no bairro de Pinheiros, foi a última a ser inaugurada das estações que estão funcionando, em outubro de 2014. O nome da estação faz referência ao seu endereço e ao bandeirante Fradique de Melo Coutinho, um dos bandeirantes que estavam na expedição do famoso bandeirante Raposo Tavares, que conquistou a cidade de Guaíra, atualmente no Paraná.

Rua Fradique Coutinho, que homenageia o bandeirante.

Faria Lima

Faria Lima
Entrada da estação.
A estação Faria Lima está na avenida de mesmo nome, a Brigadeiro Faria Lima, que foi inaugurada em 1970. O nome da estação e da avenida está diretamente ligado a José Vicente Faria Lima ou simplesmente, Brigadeiro Faria Lima. O engenheiro militar da aeronáutica foi prefeito de São Paulo entre 1965 e 1969 e deu início as obras da avenida que levaria o nome de radial Oeste, mas com sua morte em 1969, a avenida levou seu nome. Além desta avenida, Faria Lima promoveu inúmeras obras viárias, como das Marginal Tietê e Pinheiros, da Avenida 23 de Maio, Rubem Berta, radial Leste, Avenida Sumaré e iniciou as obras para a construção da Linha 1 - Azul.

Avenida Brigadeiro Faria Lima, um dos mais importantes centros
financeiros de São Paulo.

O verdadeiro Brigadeiro Faria Lima

Pinheiros

Pinheiros
Entrada da estação
Estação em que ocorreu uma grande tragédia, onde 7 pessoas morreram durante suas obras, ao caírem em uma enorme cratera aberta por suas obras em uma rua próxima. Apesar da tragédia, a estação que está ligada a Linha 9 da CPTM e bastante movimentada, tem seu nome tirado do Rio Pinheiros, que está próximo a estação (no qual a Linha 4 passa por debaixo de seu leito). O nome Pinheiros vem dos jesuítas, que ao chegarem na região, perceberam a enorme quantidade de araucárias ou pinheiros-do-paraná que cobriam a área próximo do rio, que até então, os indígenas nomeavam Jurubatuba (que significa lugar "Lugar com muitas jerivás", sendo jerivá uma espécie de palmeira muito comum na Mata Atlântica. A versão da origem do nome é um tanto polêmica, já que o nome Pinheiros na verdade seria Pi-ierê, que significa na língua tupi "derramado", sendo uma referência aos alagamentos constantes do rio. Seja como for, o rio Pinheiros nomeou o bairro, que segundo muitos historiadores, foi o primeiro bairro da capital.



Bairro de Pinheiros, aonde está a estação.

Butantã

Butantã
Totem da estação no seu exterior.
Do outro lado do rio Pinheiros, chegamos a estação Butantã. O nome da estação é uma referência a sua localização, no bairro/distrito/subprefeitura de Butantã. Na língua geral paulista, Butantã vem de ybyatã-atã que significa "terra duríssima", em alusão ao solo da região (yby significa terra ou cheão e atã significa duro, sendo duas vezes, duríssimo). O distrito é um dos mais antigos da capital e já teve diversos nomes, homônimos ao atual: Ybytatá, Uvatatan, Ubitatá e Butantan, antes do nome atual. Inclusive este nome "Butantan", dá nome ao Instituto Butantan, que junto da Cidade Universitária, ajudou a desenvolver o bairro e na pesquisa de remédios para várias doenças que assolavam (e ainda assolam) a capital.

Bairro do Butantã, que nomeia a estação.

São Paulo - Morumbi

Obras na estação...
A estação, que ainda está em obras e bastante atrasada (e ainda será ligada a futura linha de monotrilho), também tem um nome composto e que homenageia um time de futebol. O São Paulo é o São Paulo Futebol Clube, uma das equipes mais vitoriosas do futebol brasileiro e que joga no bairro, no popularmente Estádio do Morumbi, que fica a 1 km da localização da estação, na esquina da Avenida Francisco Morato com a Avenida jorge João Saad, esta última dando acesso ao estádio. O último time a ser homenageado pelo metrô, como falado antes, joga no estádio do Morumbi, que fica no bairro de mesmo nome. O bairro possui duas origens para seu nome, sendo que na língua tupi significaria "Mosca Verde" ou na língua geral paulista (língua falada pelos bandeirantes paulistas),  significaria "Rio das Marombas (Peixes grandes)" ou "lagoa das taboas", este último em referência a uma herbácea que nasce próxima a regiões de várzea. Seja como for, as confusões do bairro que fica na Zona Oeste e erroneamente é colocado na Zona Sul de São Paulo, são só essa. Atualmente, é um dos mais nobres bairros paulistanos (mesmo com enorme desigualdade social) e da sede do governo Estadual.

Estádio do Morumbi, pertencente ao São Paulo futebol Clube. Está a mais de 1 km da futura estação. 
Bairro do Morumbi, reduto de mansões de ricos e famosos, além
de luxuosos apartamentos

Vila Sônia

Estação Vila Sônia, onde já funciona o pátio de manobras da Linha.
Por fim, a estação Vila Sônia, que ficará no bairro homônimo. Bairro pertencente a Subprefeitura do Butantã e que faz divisa com a cidade de Taboão da Serra (aonde é prevista a expansão desta linha), é de desenvolvimento recente e que foi criado a partir de loteamento de antigas fazendas. As propriedades de um médico chamado Antônio Bueno e de Joaquim Manuel da Fonseca, sendo que o nome Sônia foi tirado de uma das filhas de Antônio Bueno.

Bairro da Vila Sônia.
Amigo, este ano foi muito bom. Para mim e para o Blog, que chegou a mais de 7500 acessos. Muito obrigado a vocês, leitores. E encerramos 2015 com este belo post desta série de reportagens. Mas ela ainda não acabou. Em 2016, outros posts virão. Até logo!



segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A origem dos nomes das estações de metrô - Linha Vermelha

Esta é mais uma matéria da série, "A origem dos nomes das estações de metrô", para ver as outras matérias, acesse aqui:
Linha Azul:http://engenheirodevida.blogspot.com.br/2015/12/a-origem-dos-nomes-das-estacoes-de.html
Linha Verde:http://engenheirodevida.blogspot.com.br/2015/12/a-origem-dos-nomes-das-estacoes-de_4.html
Linha Amarela: http://engenheirodevida.blogspot.com.br/2015/12/a-origem-dos-nomes-das-estacoes-de_30.html
Linha Lilás: Em breve!

Pois é minha gente, nossa viagem literária sobre trilhos continua. Agora, pegaremos carona e pagaremos R$ 3,50 na passagem para irmos pela linha mais movimentada do sistema: a linha 3 do metrô de São Paulo. Além de ser a mais movimentada, é a mais longa (por enquanto), se estendendo por 22 km. Liga as Zonas Leste e Oeste, passando pelo Centro de São Paulo.
A linha mais lotada do metrô possui boa parte de suas estações em superfície, sobretudo na Zona Leste, aproveitando boa parte da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA), sendo a linha parte da antiga Central do Brasil. Embora tenha o nome Linha 3, foi a segunda linha a ficar pronta, lá em 1979, com o trecho indo do Sé ao Brás. A linha só ficou do tamanho atual em 1988, com a inauguração do trecho que vai da Barra Funda à Santa Cecilia. A linha ainda ficou incompleta, pois o seu projeto original previa sua extensão a Guaianases, mas os moradores do bairro só se contentaram mesmo com a linha da CPTM.
Bom, chega de lamentos. Nossa viagem vai começar!

Palmeiras-Barra Funda

Estação Palmeiras - Barra Funda
Totem de entrada.
Começamos pela estação inaugurada em 1988. Isso é, a de metrô, já que o bairro da Barra funda tinha duas estações de trem. A primeira, inaugurada em 1875, pertencia a Estrada de Ferro Sorocabana e a outra foi inaugurada em 1892, pela São Paulo Railway. Apesar disso, as duas estações não eram próximas entre si e a estação de metrô fica sob a antiga estação da Sorocabana.. A estação, uma das mais movimentadas do sistema (mais de 200 mil pessoas por dia), graças as linha 7 e 8 da CPTM e seu terminal rodoviário, leva o nome do bairro, que por sua vez se origina do fato da região estar próxima da margem do Rio Tietê, estando abaixo dos bairros ao redor. Daí, a Barra Funda. Já o Palmeiras é mais uma equipe de São Paulo homenageada, já que seu estádio, sede e centro de treinamento ficam próximos da estação. Por causa disso, é normal ver seus torcedores indo para o novíssimo estádio palmeirense saindo da estação.
Estádio do Palmeira, a Allianz Parque, próximo da estação.
Barra Funda, antigo bairro industrial que hoje está se modernizando.

Marechal Deodoro

Estação Marechal Deodoro
Interior da Estação
A estação que fica no bairro da Santa Cecília, é prima das estações Paraíso e São Bento por ser sobreposta, ou seja, uma via sob a outra. Detalhes técnicos a parte, o nome da estação vem de seu endereço, a Praça Marechal Deodoro, que faz referência ao Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente da história do Brasil, governando-o entre 1889 e 1891.
Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do país (1889-1891)
Praça Marechal Deodoro

Santa Cecília

Estação Santa Cecília
Ao fundo, a Igreja que dá nome a estação
A estação, uma das poucas da linha com plataformas laterais, recebe o nome do bairro aonde está, que nesse caso é o da Santa Cecília. A Igreja dedicada a Santa está muito próxima da estação, sendo que ambas estão no lardo da Santa Cecília. Santa Cecília é a padroeira dos músicos e a igreja atual é de 1901, embora ela existisse antes, já que seu endereço original era no Largo do Arouche, em uma área mais alta. Mas uma disputa pelo terreno onde ela ficava, fez com que ela descesse morro abaixo e ficasse aonde ela está atualmente.

República

Estação República
Ao fundo, a secretaria estadual da educação.
Muito fácil! O nome vem do seu endereço, da Praça da República, uma das maiores praças de São Paulo e que dá nome ao bairro que faz parte do chamado Centro Novo (o velho é na Sé). Mais ou menos. O nome do lugar antes era Largo dos Curros, local onde aconteciam touradas e rodeios, além de abrigar um hospício e área para doentes com varíola. Mas tudo mudou em 1889, quando antes de receber a denominação atual devido a república recém-proclamada no Brasil, ela se chamou Largo da Palha, Praça das Milícias, Praça 7 de Abril e Praça 15 de novembro. Atualmente, a estação tem ligação com a Linha 4 - Amarela.
Praça da República, em São Paulo.


Anhangabaú

Estação Anhangabaú
Entrada da estação.
A estação se localiza próxima ao Vale do Anhangabaú, grande espaço público de São Paulo onde ocorrem diversos eventos e funcionando como um grande calçadão. Mas o nome Anhangabaú e um tanto sinistro. Todo aquele lugar era o Rio Anhangabaú, formado da união de três rios, que como o Anhangabaú, estão escondidos debaixo de nós: o ribeirão Itororó (hoje, a Avenida 23 de Maio), o córrego das Saracuras (hoje, a Avenida 9 de Julho) e o córrego do Bixiga (que está abaixo da Rua Maria Paula). O nome possui várias interpretações, mas o nome de origem tupi significa "Rio do Diabo", "Rio ou água do malefício" e outros nomes do estilo. Tudo isso devido a sua água salobra, imprópria para o consumo e se consumida, provocava doenças. 

Vale do Anhangabaú, que esconde um rio por debaixo de seu piso.


Vide Parte 1.

Pedro II

Estação Pedro II
Entrada da estação.
A outra estação com plataformas laterais e que possui ligação com o Expresso Tiradentes, tem seu nome baseado no seu local, o Parque Dom Pedro II, que antes de estar degradado (e muito) hoje, foi uma bela área verde de épocas passadas. Seu nome, claro, vem do Imperador Dom Pedro II, o governante que mais tempo esteve a frente do país (49 anos no trono) e também o último monarca, já que após ele, veio a república.
Dom Pedro II, o próprio.
Parque Dom Pedro II.

Brás

Estação Brás
Totem da estação.
Outra estação pra lá de movimentada e com ligação a mais três linha da CPTM (10, 11 e 12), sendo que a antiga estação de trem é de 1845. O nome da estação vem do bairro, claro. Mas o nome Brás vem do antigo proprietário das terras que originaram o bairro, isso no século XVIII. O nome dele era José Brás. Já a estação de trem, chegou a ser renomeada em 1945 com o nome Roosevelt, em homenagem ao ex-presidente estadudinense morto naquele ano, Franklin Roosevelt. Mas em 1994, a estação de trem voltou a se chamar Brás.

Bairro do Brás, importante centro comercial de roupas do Brasil

Bresser-Mooca

Estação Bresser-Mooca
Entrada da estação.
Outra estação que foi renomeada com o tempo. O nome da estação ganhou o nome da rua onde está. Mas quem é Bresser? Na verdade, são vários, já que Bresser é o nome de uma família vinda da Alemanha que muito contribuiu com a cidade nos tempos de império. Mas o Bresser da estação é Karl Abraham Bresser, que depois virou Carlos Abrão. Este senhor foi um engenheiro e major da antiga Prússia, que fez a primeira planta de São Paulo e participou de obras como as retificações dos rio Tietê e Tamanduateí. Além disso, contribuiu com o desenvolvimento do Brás e da Mooca, já que próximo de sua chácara, construiu várias casas e galpões e ganhava a vida com seus aluguéis. Pelo fato de Bresser estar intimamente ligado a história da Mooca e o bairro estar próximo da estação, a estação foi renomeada em 2006. Já o nome Mooca vem do tupi e significa "Fazer casa". Provavelmente, uma expressão indígena sobre os colonos fazendo casas na região.  

O verdadeiro Bresser, Karl Abraham.
O famoso bairro da Mooca. Nome indígena, presença italiana.


Belém

Estação Belém
Totem de boas-vindas.
Mudando de bairro, a estação leva o nome daquela cidade onde surgiu o Calypso. Mentira! O nome do bairro que da nome a estação vem da Paróquia de São José do Belém, por onde o bairro se formou. São José é o santo católico que representa o pai de Jesus Cristo, além de ser o padroeiro dos pais, dos carpinteiros e da família. Já Belém não faz referência a Belém do pará e sim Belém, cidade que atualmente faz parte da Cisjordânia (Palestina). A cidade é o local de nascimento de Jesus e também do Rei Davi. 

Igreja de São José do Belém.

Tatuapé

Estação Tatuapé
Interior da estação.
Estação ligada as linhas 11 e 12 da CPTM, além de possuir dois Shoppings (um de cada lado). O nome do bairro é um tanto óbvio. Vindo da língua Tupi, Tatuapé significa "caminho dos tatus". 
Tatu, que deu nome ao bairro.
Bairro do Tatuapé, bairro que sofreu valorização ao logo dos anos.

Carrão

Estação Carrão
Interior da estação.
Não pense que os belos modelos de carros na região deram nome a região. Como diria aquele apresentador da RGT, Errrrrrrou! O Carrão da estação vem do fato desta estação, que fica no Tatuapé, estar na divisa com o bairro do Carrão. O Carrão do bairro é uma homenagem a João da Silva Carrão, conhecido como Conselheiro Carrão. O figura nascido em Curitiba foi presidente (hoje, governador) do Pará, deputado provincial, deputado federal e senador durante o Brasil Império. Além disso, foi advogado e jurista.

O famoso Conselheiro Carrão.

Penha

Estação Penha
Operação da estação.
Um dos mais antigos bairros de São Paulo, o bairro/distrito se formou junto da Igreja de Nossa Senhora da Penha, a padroeira de São Paulo. A Igreja foi construída em 1667 e o bairro começou a se expandir a partir dali. A padroeira recebeu o nome de Penha em razão dela ter sido encontrada numa penha (que significa monte, rocha, colina), na Espanha, estando escondida devido a guerra entre muçulmanos e cristãos. O bairro, que se chama oficialmente Penha de França, tem esse "França" em razão de, segundo a história, o peregrino que achou a imagem era francês. E por estar numa colina, Penha foi um nome que caiu bem.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da penha, que deu origem ao bairro.

Vila Matilde

Estação Vila Matilde
Totem da estação.
A região que dá nome a estação recebeu este nome em homenagem a uma das filhas de Escolástica Melchert da Fonseca, dona de uma grande gleba de terras na região do Parque do Carmo. A Matilde era filha de Escolástica e havia se casado com Macedo Soares, embaixador e ex-ministro de Getúlio Vargas. A parte principal da Gleba recebeu o nome da filha.

Vila Matilde atual.

Guilhermina - Esperança

Estação Guilhermina-Esperança
Apesar dos esforços, não consegui encontrar exatamente a origem dos nomes.
Neste outro ponto da Vila Matilde, veio a junção de dois bairros: a Vila Esperança e a Vila Guilhermina. A estação iria se chamar Rincão, mas a pressão dos moradores do bairro mudou o nome para Vila Esperança. Mas três meses depois da inauguração, a estação veio a ganhar o nome atual. 

Vila Esperança.
Vila Guilhermina.


Patriarca

Estação Patriarca
Totem da estação.
Mais uma do distrito da Vila Matilde. Desta vez, o bairro é a Cidade Patriarca, que dá nome a estação. Mas quem seria o Patriarca? O Patriarca nada mais é do que José Bonifácio de Andrade e Silva, conhecido como o "Patriarca da Independência" e foi uma personagem importante para que ela ocorresse, já que liderou as tropas de resistência a Portugal. Sem contar ainda, que após virar oposição ao governo de Dom Pedro I, se reconciliou com o próprio e foi tutor de Dom Pedro II. Isso antes de ser demitido em 1833.
Cidade Patriarca.
José Bonifácio, o Patriarca da Independência.

Artur Alvim

Estação Artur Alvim
Totem da estação.
Mais um engenheiro homenageado nesta linha (que lindo!). A estação, ou melhor o bairro/distrito, homenageia Artur Alvim, engenheiro que ajudou na construção da Ferrovia Central do Brasil (que ligava São Paulo ao Rio de Janeiro), sendo que ele inaugurou uma estação na região em 1888. Além disso, Artur construiu a primeira escola municipal da região e a partir daí, o bairro se desenvolveu.

Distrito de Artur Alvim

Corinthians - Itaquera

Estação Corinthians - Itaquera
Entrada da estação, uma das mais movimentadas da linha.
A última estação da linha é bastante movimentada, já que se conecta com a Linha 11 e no seu entorno, há um Shopping e um estádio. A estação leva o nome do bairro, Itaquera, que na língua tupi significa "Pedra adormecida" ou "Pedra Dura". Apesar do nome próprio, a estação de trem que foi inaugurada em 1875 se chamava São Miguel, já que o bairro de Itaquera não existia como distrito e era ligado a São Miguel Paulista. Já o nome do Corinthians tem a ver com o sonho do time construir um estádio próximo da estação, o que foi realizado 104 anos após a fundação do clube. A Arena Corinthians recebeu jogos da Copa do Mundo, incluindo a abertura. Apesar disso, o lugar já era ligado ao Corinthians antes, já que as categorias de base da equipe ficava no terreno que serviu de construção ao estádio. Lindo a linha terminar assim, com um rival em cada ponta, já que o grande rival dos corintianos estão do outro lado da linha.

Arena Corinthians
Bairro de Itaquera atualmente.